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08/12/2017

Ontinyent, uma cidade da Espanha, é uma triste exceção por ainda torturar animais

A matéria foi publicada na Coluna Opinião do Jornal Ontinyent Vilaweb e escrita por um morador desta cidade espanhola que ainda pratica tortura contra os animais. O texto é um protesto contundente sobre a barbárie....
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Ontinyent é uma exceção, já que somos os únicos em que a festa do galo também é realizada.

14/06/2017

Você realmente se preocupa com o seu gatinho?







Nosso patrocinador, Kitty Cat, escreveu um artigo bem interessante na Revista Pulo do Gato. Clique na imagem abaixo para ampliar.



02/05/2017

Perdi o meu amigo de 4 patas

Lembro tanto do trabalho que fazia quando estava conveniada com a Prefeitura do Rio....
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Dez dicas para ajudar a gerir a dor relacionada com a morte de um animal

As famílias são, hoje em dia, muito diferentes daquilo que foram no passado. O núcleo central pai/mãe/filhos/avós foi, muitas vezes, substituído por núcleos monoparentais, com filhos únicos. A distância física em relação aos familiares mais próximos, sobretudo avós, leva à fragmentação da família clássica em pequenos pedaços desagregados e isolados, sem referências familiares.

O aumento progressivo do número de divórcios, o isolamento social de idosos e menos filhos por família leva a que os humanos se encontrem numa situação nova de solidão afetiva. Amar, dar e receber afetos, proteger e cuidar, fazem parte da natureza humana. Na realidade, estes relacionamentos afetivos direcionados a outros seres humanos têm vindo a ser substituídos ou complementados por relacionamentos inter-espécie, nos quais os animais de companhia têm assumido um papel cada vez mais importante. São incluídos na logística familiar, habitam o mesmo espaço, são-lhes facultados cuidados médicos preventivos e curativos de qualidade e cada vez mais sofisticados, são alimentados de forma cuidada e adaptada à espécie.

A carência afetiva promove o desenvolvimento de relações de dependência entre tutores e seus animais. Idosos solitários, reencontram desta forma a possibilidade de cuidar, mimar, dar e receber amor, para além de se voltarem a sentir necessários, importantes e ativos. Famílias desfeitas e reconstruídas encontram o elo de ligação entre os elementos antigos e os novos. Crianças, com ou sem necessidades especiais, beneficiam do seu convívio como forma de melhorarem a sua autoestima, promoverem relações sociais e desenvolverem o sentido de responsabilidade e consciência sobre o mundo que os rodeia. Adultos ativos redirecionam a sua natural necessidade de criar família, ou acrescentam elementos ao núcleo familiar já existente.

Seja qual for o motivo, a realidade indiscutível é a de que os animais de companhia assumem, hoje em dia, um papel importantíssimo na estabilidade emocional dos humanos, papel esse que não deve ser desvalorizado nem desmerecido. Perante a certeza da existência de um vinculo emocional forte, não será difícil compreender que a morte de um animal de estimação poderá ser dramática e deixar marcas em todos os envolvidos. A dor da perda é compreendida e aceite por toda a sociedade, que se comporta de forma empática com a mesma.

O culto fúnebre está enraizado nas sociedades humanas e é um ritual social, em que todos os amigos e conhecidos se envolvem. Mas a dor da perda, quando relacionada com um animal de companhia, não só não é bem compreendida, como não é aceite pela sociedade em geral. Nesta sequência, os humanos envolvidos deparam-se com falta de empatia e desvalorização da intensidade e veracidade dos seus sentimentos, o que contribui para piorar o estado de verdadeiro sofrimento psicológico. Se podermos partilhar os nossos sentimentos e obtivemos compreensão dos nossos congéneres, a dor será mais fácil de suportar.

Caso contrário viveremos uma dor escondida, bastante mais difícil de ultrapassar. Como seres sociais que somos, precisamos da aprovação e inclusão pelos nossos semelhantes. Quanto mais cedo a sociedade se consciencializar e aceitar que a dor da perda de um animal é real, mais fácil será ultrapassar um momento tão devastador na vida dos tutores.

Não sou psicóloga nem pretendo imiscuir-me numa área que não me pertence. Os meus conselhos provêm da minha experiência pessoal e da vivência de anos a acompanhar humanos que sofrem com a perda dos seus amigos animais. Gostaria que este artigo ajudasse, de alguma forma, a gerir uma emoção tão forte, quanto negativa, mas completamente natural.

1 - ACEITE A DOR!
O primeiro passo para lidar com a dor da perda é aceitar que ela existe e que é natural senti-la. Não a minimize ou desvalorize. Cada pessoa é diferente e tudo acontece a um ritmo próprio. Não há um tempo de cura comum a todos. A forma como cada pessoa lida com o sofrimento depende de muito fatores psicológicos e físicos, bem como das experiências vividas ao longo da vida. A intensidade do vínculo afetivo com o animal, assim com a forma como morreu (se foi subitamente ou existiu uma doença progressiva, que fez prever o desfecho), também condicionam a intensidade da dor da perda, mas não de forma linear. Não existem fórmulas matemáticas ou certezas inquestionáveis. Cada caso é um caso e todos devem ser respeitados na sua individualidade. Não se atormente se não reagiu da mesma forma que o seu vizinho ou amigo. Respeite-se na sua diferença e permita-se sofrer, sem que isso signifique alimentar o sofrimento. Chore o que tiver vontade. Chorar lava a alma. Não é motivo de vergonha pessoal. Pelo contrário, mostra que é uma pessoa sensível e sentimental. Mas se, pelo contrário, não conseguir chorar, isso não significa que o seja menos. Simplesmente somos todos diferentes…

2 - EVITE A CULPABILIZAÇÃO E NEGAÇÃO!
O sentimento de culpa é inimigo da cura. Não se culpabilize por aquilo que poderia ter feito e não fez. Pare de pensar no que teria acontecido se tivesse feito algo de forma diferente. Quando existem dois caminhos e escolhemos seguir um deles, não saberemos o que teria acontecido se a nossa escolha fosse outra. Independentemente da causa da morte do seu animal, aceite-a. Não a questione ou negue. Esta é a única verdade inquestionável. Contra isso nada poderá fazer. Evite, também, culpabilizar terceiros. Atribuir responsabilidades não vai trazer o seu amigo de volta, acaba por fragilizar todas as partes envolvidas, estragar relacionamentos e afastar quem poderia ser uma valiosa ajuda na gestão dos sentimentos negativos, relacionados com a perda. Culpar o motorista que atropelou o animal, ou o veterinário que não o conseguiu salvar, ou o parente que o deixou fugir, não o trará de volta. Sentimentos negativos atraem sentimentos negativos e ao invés de se sentir aliviado no seu sofrimento, será assolado por acessos de frustração e raiva interior, que em vez de amenizar a dor, a potenciam ao máximo.

3 - LIBERTE A RAIVA!
A raiva e frustração são dos sentimentos mais comuns, quando perdemos alguém a quem estamos afetivamente ligados. Mas são, também, das emoções mais negativas que se podem experienciar. O ressentimento e fúria em relação a tudo e todos, advêm do facto de não nos conseguirmos libertar deste tipo de emoções. A curto prazo pode ser um escape para a dor. Mas a médio e longo prazo só trará prejuízos emocionais, uma vez que não permite a cura o “seguir em frente”, mantendo-nos prisioneiros de um estado emocional psicologicamente degradante. Liberte a raiva de forma saudável, com exercício físico frequente e passeios ao ar livre. Mas se se sentir muito angustiado, grite em plenos pulmões, esmurre um saco de boxe, ou dê uma corrida pelo bairro. Nunca reaja de forma agressiva em relação a terceiros. Só conseguirá sentir-se ainda pior consigo mesmo e perder o valioso apoio dos visados.

4 - FALE COM AMIGOS!
Como em tudo na vida, os amigos são imprescindíveis. Sentir o apoio e compreensão de alguém é meio caminho andado para nos sentir-mos melhor. Fale dos seus sentimentos, explique os seus anseios, comunique as suas decisões. Não precisa de opiniões. Só de ser ouvido e compreendido. Mesmo que não lhe apeteça estar com ninguém, aceite a visita ou o convite para um passeio. Alguns familiares e amigos podem não compreender a dimensão da sua perda, simplesmente porque não compreendem que sentimentos semelhantes sejam nutridos por um animal. Mas terão, com certeza, uma palavra de conforto, um gesto de carinho, uma atitude de solidariedade, que será reconfortante e ajudará a apaziguar a dor.

5 - COMUNIQUE COM AQUELES QUE PASSARAM POR EXPERIÊNCIA SEMELHANTE!
Falar com alguém que passou por uma experiência semelhante pode ser de extrema importância. Sentir que não somos os únicos a viver uma tal provação, ajuda muito à gestão emocional. Saber que aquela ou aquelas pessoas compreendem exatamente o que está a sentir, facilita a comunicação, a partilha de emoções e cria um vínculo emocional com as mesmas. Pode não ser fácil encontrar um grupo de apoio relacionado com a perda de um animal, à semelhança do que acontece com outro tipo de luto. Sobretudo em cidades pequenas, longe dos grandes centros urbanos. Mas hoje em dia, com o acesso fácil ao mundo virtual, poderá encontrar fóruns on-line, nos quais poderá partilhar os seus anseios, dúvidas, emoções e opiniões, sabendo que será compreendido em toda a dimensão da sua dor.

6 - MANTENHA-SE OCUPADO!
Por muito que lhe apeteça fechar-se em casa, sem ver ninguém, lute contra esse sentimento. Não se permita entrar numa espiral de emoções negativas, que poderão levar à depressão. Tente manter-se ocupado, equilibrando o tempo que passa sozinho e com os outros. Mime-se, desenvolvendo atividades prazerosas, como tomar um banho de espuma, fazer uma massagem, ler um livro que gosta, ver um filme interessante, cozinhar uma refeição deliciosa. Mas escolha, também, atividades em grupo, como ir jantar fora com amigos, ir ao cinema ou à praia, dar longos passeios ao ar livre, inscrever-se no ginásio ou em aulas de valorização pessoal (pintura, musica, culinária, etc.). Estar ativo, sentir-se ocupado, fazer coisas que dão prazer, melhora a autoestima, o humor e o estado de espírito. Consequentemente fará com que se sinta melhor e será mais fácil ultrapassar esta fase dolorosa.

7 - CONSULTE UM PSICÓLOGO!
A ajuda de um terapeuta poderá ser indispensável. Alguém que simplesmente, ouça sem criticar ou julgar. Se possível encontre um psicólogo especialista em luto. Sobretudo se se sentir impotente e incapaz de realizar as tarefas básicas do quotidiano, como cozinhar, arrumar, conduzir, trabalhar. Cada um possui uma forma própria de gerir momentos de crise, dependendo muito das vivências que teve, da estrutura psicológica, do grau de ocupação e da envolvência familiar. Mas sobretudo nunca se deve esperar que o problema se agrave de tal forma, que seja muito mais difícil de resolver. Procure ajuda o mais cedo possível no processo de luto. Já existem instituições que facultam este serviço, com psicólogos especialistas em luto, direcionado para a perda de um animal. Mesmo alguns hospitais e clinicas veterinárias já dispõem de um gabinete de apoio ao luto. Se a morte for programada (eutanásia dos doentes em estado terminal), os terapeutas acompanham o tutor na preparação para a o dia em que esta acontecerá, no momento em que acontece e depois de consumada. Infelizmente este não é o cenário mais comum e só alguns privilegiados poderão recorrer a estes serviços. Limitações económicas, geográficas e culturais, impedem esta tão valiosa ajuda. Informe-se com o seu veterinário, se conhece algum local ou alguém a quem recorrer, em caso de necessidade.

8 - ORGANIZE UMA CERIMÓNIA EM MEMÓRIA!
Organizar uma pequena cerimónia de despedida, ou em memória do companheiro perdido, poderá ajudar muito a interiorizar e aceitar a morte, para além de ajudar a processar as emoções. Apesar de não ser bem aceite pelo resto da sociedade, faça aquilo que achar que o pode ajudar a ultrapassar mais facilmente a dor. Rodeie-se de amigos que o compreendam e que participem. Caso contrário faça-o você mesmo. Poderá plantar uma flor, acender uma vela ou escrever uma mensagem de despedida. Tantas possibilidades, simples, mas tão cheias de significado. Poderá, também, reunir todos os objetos que lhe pertenciam, guardar um ou outro que considere mais significativo e doar o restante a uma instituição ou a um amigo. Conseguirá o conforto psicológico de que o enorme valor da vida, não terminou com a morte. Algum outro animal beneficiará do privilégio de usufruir de um pouco do seu legado.

9 - NÃO DESCURE O CUIDADO DOS OUTROS ANIMAIS DA CASA ASSIM COMO DO RESTO DA FAMÍLIA!
Faça tudo o que estiver ao seu alcance para manter a rotina diária de toda a família. Apesar de ser muito difícil concentrar-se, todos estão atentar adaptar-se a uma nova realidade, com maior ou menor dificuldade. Para um animal, qualquer alteração na rotina pode ser stressante. A perda de um companheiro, só por si, pode ser dramática. Quanto menores forem as mudanças, mais fácil será ultrapassar a perda. Sobretudo os animais e as crianças precisam de rotinas e o seu bem estar pode depender, em grande parte, da manutenção de hábitos. Manter a maior normalidade possível, dentro do funcionamento da logística familiar, pode ser um grande desafio para quem sofre da dor da perda, mas também pode ser uma forma de se distrair deste mesmo sofrimento. Se se tornar demasiado difícil concretizar tais tarefas, não hesite em pedir ajuda a um amigo ou familiar. Aos poucos conseguirá voltar a assumir a responsabilidade e tudo voltará lentamente ao normal.

10 - CONSIDERE A ADOÇÃO DE UM NOVO ANIMAL!
Depois da perda de um animal, a casa parecerá vazia e os dias intermináveis. O ânimo, para cumprir as tarefas diárias e para conviver com familiares e amigos será muito pouco ou mesmo inexistente. A adoção de um novo companheiro poderá ser um passo importante, não para substituir o anterior, mas para preencher um espaço emocional, ocupado exclusivamente pela dor da perda. A necessidade de voltar a cuidar de um ser vulnerável e dependente poderá ajudar a ultrapassar o luto, de uma forma positiva. Para além de que a boa disposição inerente à condição canina ou felina, pode ser contagiante e melhorar grandemente a disposição dos seu tutores. Mas esta mesma adoção deverá ser bem ponderada, uma vez que será grande a tendência para esperar que o novo animal seja uma espécie de clone do anterior, advindo a desilusão quando isso não acontece. Por vezes, na sequência de o recém adotado não corresponder ás expectativas, desenvolvem-se sentimentos de rejeição, que poderão complicar o processo de cura. Para além de que a paciência estará muito limitada e o animal poderá acabar por ser negligenciado. Assim sendo, pondere cuidadosamente o assunto, visite um abrigo para animais ou uma ninhada de um amigo. Se não se sentir preparado, deverá esperar algum tempo. Provavelmente, mais tarde ou mais cedo, surgirá o momento em que sentirá que está emocionalmente preparado para uma nova aventura como tutor. Na maioria dos casos a oportunidade surge quando menos se espera e um novo animal cruza o seu caminho, sem se fazer anunciar. Nesse momento quebra-se o bloqueio emocional e voltará a sentir a capacidade de amar um novo companheiro, sem que isso signifique que o anterior tenha deixado de ter lugar no seu coração.

28/04/2017

Artigo: Por quê os cachorros choram?

Choro Canino
Cachorro não sabe falar, mas sabe se expressar. Quem não sabe reconhecer quando um cão está chorando? Em vez de lágrimas, aquele som tão característico que chama atenção e chega a dar pena. Mas quais os principais motivos para esse comportamento.

Para começar, o seu cão está passando por alguma grande mudança? Cães gostam de rotina e podem apresentar ansiedade e choro quando muitas coisas na sua vida mudam, como por exemplo, a mudança de cidade ou de uma casa para outra junto com os seus donos. Ou por exemplo, quando é separado da sua mãe e irmãos. Para ajudá-lo nesses momentos procure dar mais atenção para o seu cachorro brincando com ele, levando-o para passear.

Outra questão é ficar muito tempo sozinho em casa. Se você é do tipo que sai para trabalhar ou estudar e deixa o seu cão em casa sem companhia alguma o dia todo, isso pode resultar em choro por parte do cão. É a chamada ansiedade de separação resultante da solidão.

Também pode haver um problema de saúde. Confira se o seu cachorro não está com algum ferimento, um espinho numa pata, um berne ou algum outro parasita de pele, artrite ou dor de ouvido por exemplo. Leve-o no veterinário para garantir que a saúde do cão esteja em dia.

Existe também, a possibilidade do cão estar simplesmente chorando de manhoso para chamar a atenção.

Mas mais importante, não se pode esquecer do básico. O choro do cão pode ser em função de falta de coisas fundamentais como água, comida e abrigo. É aquele cão de rua procurando abrigo e comida no frio chorando na porta de alguma casa. Por sorte, existem muitos corações bons que atendem o cachorro numa hora dessas. Alguns oferecem comida, outros trazem pra casa e adotam o animal ou, pelo menos levam para um abrigo de cães. Não seria legal se todos fossem assim?

Fonte: Adoro Cães 

23/04/2017

Artigo: A legalização da violência com os animais

Muito bom artigo da Dra. Vanice Orlandi, Presidente da UIPA/SP.... Uma aula de quem sabe falar em defesa animal. Foi publicado na Revista Conceito Jurídico. Vale a pena ler. Tem excelentes outros artigos sobre o mesmo tema. Excelente material para quem quer se preparar na causa.
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Apesar de vedadas pela Constituição da República, as práticas que submetem animais à violência seguem impunes, toleradas e até promovidas pelo poder público, a quem cumpriria resguardá-los de quaisquer atos cruéis. 

Explorados em fazendas, arenas, jaulas e laboratórios, são expostos a procedimentos que, embora aterradores, são legalmente admitidos, sem questionamento, clemência ou pudor. Em nome de uma suposta ciência, da ganância econômica e até do entretenimento público, consente-se na subjugação, no aprisionamento e na eliminação da vida do animal. 

Determina-se o martírio nos experimentos científicos, na criação industrial, nos rodeios e nas vaquejadas, além da tormentosa morte na caça e nos abatedouros. Apesar de cruéis, tais condutas não são analisadas à luz do artigo 32 da Lei nº 9.605/1998, que tipificou como crime ambiental praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, nativos ou exóticos, domésticos ou domesticados. 

Dessa forma, a abrangência da legislação pátria protetiva restringe-se às condutas dolosas não consentidas, que constituem uma minoria de casos isolados que vitimam os animais, ao passo que se exclui da esfera de alcance da lei punitiva, e até da norma inserta no art. 225, § 1º, inciso VII da Constituição da República, a crueldade que se perfaz em práticas toleradas ou admitidas pelo poder público. 

É interessante notar que as lutas políticas travadas contra a realização de atividades que impõem sofrimento aos animais sempre resultam na edição de leis permissivas dessas mesmas atividades, como se a norma tivesse o condão de alterar a natureza das coisas e dos fatos, tornando moral, legítimo e honesto o que provoca dor e padecimento a seres vivos. Embora inconstitucionais, leis autorizativas de práticas cruéis acabam por produzir os efeitos legais a que se destinam, atuando como ferramenta processual em desfavor dos animais e da legislação que os protege. 

É o caso das leis permissivas de realização de rodeios e vaquejadas e da utilização de animais em testes, pesquisa e ensino, dentre tantas outras. Episódio recente revela manobra política ainda mais insólita. Tão logo o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade de lei estadual cearense permissiva das vaquejadas, uma proposta de emenda constitucional foi apresentada para estabelecer que não serão consideradas cruéis as manifestações culturais definidas na Constituição da República e registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro! 

Ora, norma alguma, ainda que de natureza constitucional, pode legitimar como esporte, ou cultura, prática de natureza violenta, que impõe sofrimento físico e mental aos animais. Sua realização constitui crueldade, a despeito de norma que a autorize e a classifique como manifestação cultural. Na denominada vaquejada, dois vaqueiros galopam, em velocidade, no encalço de um animal em fuga, que tem sua cauda tracionada e torcida para que tombe ao chão. 

O gesto brusco de tracionar, violentamente, o animal pela cauda pode lhe causar luxação das vértebras, ruptura de ligamentos e de vasos sanguíneos, estabelecendo-se, portanto, lesões traumáticas com o comprometimento, inclusive, da medula espinhal. Não raro, sua cauda é arrancada, já que o vaqueiro se vale de luvas aderentes. Práticas brutais e abusivas, pelo princípio da moralidade, não deveriam ser objeto de regulamentação, mas sim severamente coibidas até a sua completa abolição. 

Mas longe disso, dá-se à tutela jurídica dos animais as feições limitadas que interessam aos que os exploram, em completa desconsideração à sua condição de ser vivente, sensível e vulnerável. Também esse é o caso da caça do javali, autorizada pelo Ibama por meio da Instrução Normativa nº 03/2013, como suposta forma de controle populacional dessa espécie. Convertidos em alvo de caça, javalis são perseguidos, capturados e abatidos, ou diretamente executados, no chamado “manejo de controle.” 

A morte tenebrosa que surpreende com a brutalidade devastadora de rifles calibrosos surge pelas mãos de milhares de caçadores cadastrados pelo poder público, inclusive em São Paulo, cuja Constituição daquele estado proíbe a caça, sob qualquer pretexto, em todo o território paulista. Com o uso de armamento pesado, muitos javalis alvejados agonizam, por dias, antes do óbito. Utilizados na maior parte das caçadas, cães são destroçados por aquela espécie, em uma luta sangrenta e desigual. Importado, especialmente, da França e do Canadá, o javali europeu foi introduzido no país nos idos de 1990, para sua exploração comercial, atividade que malogrou, resultando na soltura seguida da reprodução descontrolada desses animais.

A despeito da problemática representada por essa espécie em outros países, o javali foi trazido ao Brasil sem análise alguma de sua potencialidade nociva e dos riscos envolvidos em sua importação. Violou-se o princípio da precaução, norteador das políticas públicas ambientais. Nada justifica o violento massacre dessa espécie, hoje tida como exótica e invasora, mesmo porque tal medida mostra-se contestável também como forma de controle, já que a população dessa espécie permanece numerosa, apesar de perseguida e caçada, em muitas regiões, há mais de vinte anos, como é o caso do Rio Grande do Sul. 

Com efeito, os incisos II e IV do artigo 37 da Lei nº 9.605/1998, declaram não constituir crime o abate de animal, quando realizado “para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente ou por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente”. 

Referidos dispositivos instituem excludentes de ilicitude que deveriam ser aplicadas como medidas de exceção, e apenas diante da impossibilidade de utilização de método menos gravoso. Tais excludentes, entretanto, assumiram foros diversos, oportunamente usadas como justificativa legal para legitimar a instituição da caça, em afronta à Constituição da República, que em seu artigo 225, § 1°, inciso VII, enuncia incumbir ao poder público vedar as práticas que submetam animais à crueldade. 

Se a norma constitucional não permite a submissão de animal à crueldade, e a própria Lei de Crimes Ambientais, em seu artigo 32, tipificou os atos de abuso, de maus-tratos, de ferir e de mutilar animais, decerto que o artigo 37, em seus incisos II e IV, não pode ser interpretado como permissivo da caça, sob pena de contrastar com a legislação pátria que rege a matéria. Entendimento contrário conduziria à absurda conclusão de que a lei consente no extermínio de animais, mas pune quem deles abusa, ou os submete a maus-tratos, a ferimento ou a mutilações! Se alguma espécie é tida por nociva pelo órgão competente, medidas razoáveis e aceitáveis de controle populacional deveriam ser adotadas, em substituição à denominada caça de controle, prática que além de ser vedada pela Constituição do Estado de São Paulo, ainda incide na norma punitiva do artigo 32 da Lei nº 9.605/1998. 

Convém lembrar que a legislação tutela os animais, individualmente, considerados, o que independe de pertencerem, ou não, à uma espécie numerosa. Decorre daí que a existência de um grande número de javalis não pode ser tida como um salvo-conduto para matar. Conforme manifesto subscrito por neurocientistas de vários países, a capacidade de sentir dor e, portanto, de sofrer, não difere entre humanos e animais, uma vez que as estruturas cerebrais que produzem a consciência no homem também existem nos animais. 

Mas em oposição à sua natureza de criatura sensível, animais são economicamente explorados, como mercadorias e produtos de consumo. Indiferente à sua dor, nosso sistema jurídico não os reconhece como sujeitos de direito, dispensando lhes o mesmo tratamento legal conferido às coisas, como se a única forma de vida existente, valorosa e digna de proteção fosse a humana. Por sua vulnerabilidade, os animais deveriam ser acolhidos e resguardados; ao revés, são vítimas de uma crescente e impiedosa exploração econômica. 

As normas jurídicas são editadas com os olhos postos, unicamente, nos direitos dos homens, dentre os quais o de explorar todas as outras espécies, prerrogativa a que o homem se arroga. Sem constrangimento moral algum, o homem colocou-se no topo de uma hierarquia por ele mesmo engendrada. Como se fosse o único ser passível de sofrimento, apenas o homem vem merecendo do Estado a garantia de não ser submetido à crueldade e o benefício de ter seus direitos e interesses particulares sempre reconhecidos e preservados. 

Nessa esteira, ficam protegidos, legalmente, até os direitos mais censuráveis como o de se entreter com o sofrimento e a morte dos animais, na caça, nos rodeios, nas vaquejadas e num sem-fim de procedimentos cruéis. Um sistema jurídico que não busca despertar a compaixão, não se inspira pela virtude, e ainda admite e legaliza a violência com seres vivos merece ser revisto e submetido a princípios morais mais elevados, dignos, ao menos, de um povo que atingiu um certo grau civilizatório, em seus séculos de existência. 

13/09/2016

Sobre Cavalos


Artigo enviado por leitora

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Por Caroline Gonçalves Chaves

Conheço algumas pessoas que apreciam corridas de cavalos. Que vão, uma vez por semana, assistir a essa demonstração de grande esforço físico, a animais subjugados, sacrificados além de seus limites. Consideram isso entretenimento. Em época nativista, comemorativa à Revolução Farroupilha, conheço também quem enalteça o cavalo como melhor amigo do homem (do gaúcho?), aquele que

15/03/2016

Os animais pedem respeito

Gostei muito da postagem deste site. É de gente que conhece o riscado.... muito bom!!!!
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Sabe a gente não cansa, mas fala bastante sobre adoção e os motivos de se adotar ao invés de comprar. Falamos também sobre a sofrida vida dos animais nas ruas e todas as atrocidades que sofrem por lá, que vão inclusive, além da física.

Há animais que não se recuperam, são recolhidos e levados aos abrigos mas não socializam mais, ficando assim impossível encaminhar à adoção. É justo isso? Ou melhor, por que mesmo com tantas

10/03/2016

Todo inocente é um fdp?

Esta matéria já foi publicada em várias mídias, menos aqui. Então, quero registrar este excelente texto para quem ainda não leu. IMPERDÍVEL!!!!!!
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Como se mover num mundo em que se tornou impossível não enxergar o mal que se pratica

Lembro uma cena do primeiro filme da trilogia Matrix, ícone do final do século 20. Os membros da resistência eram aqueles que, em algum momento, enxergaram que a vida cotidiana era só uma trama, um programa de computador, uma ilusão. A realidade era um deserto em que os rebeldes lutavam contra

12/02/2016

Aedes: 'estamos dando milho aos bodes'

Não deixem de ler..... gostei muito!!!!!
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Diz um velho ditado: 'quando o homem matou tamanduá, formiga tomou conta do lugar'. A natureza cobra caro quando entra em estado de desequilíbrio

Altair Sales Barbosa - Doutor em Antropologia e Pesquisador do CNPq

Diz um velho adágio popular: “quando o homem matou tamanduá, formiga tomou conta do lugar”. Quase nada sabemos sobre o criador deste ditado, mas sem sombra de dúvidas, este deveria se pautar

18/01/2016

O teatro de sangue das touradas

Torço para que estes malditos eventos acabem na Espanha e em todos os lugares do mundo, como França, México, Peru, etc....
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Patrimônio cultural ou brutalidade gratuita? A Espanha divide-se, enquanto aperta o cerco à prática

"Longa vida à Virgem do Rocio!” Não são as primeiras palavras que me ocorreriam se eu fosse o alvo de um corte abdominal de 25 centímetros que atingisse minha espinha – um dos vários motivos pelos quais, provavelmente, nunca terei uma carreira de sucesso como matador.

As últimas palavras murmuradas por

02/09/2015

Atualização "Porcos do Rodoanel" 3

DESABAFO E ATUALIZAÇÃO SOBRE AS  "PORCAS DO RODOANEL" 

Sinceramente, gente, eu fico boquiaberta com o que leio pela internet.... Tenham dó, gente!!!! menos, por favor..... Vindo do lado da proteção animal, isto me soa tão estranho!!!!! 

 Qual o problema de se conseguir doações para o atendimento às porconas? As pessoas a frente do caso são dignas de toda nossa confiança!!!!!!!!!

Em vez de analisar o quanto esta arrecadação

24/05/2015

Artigo: Pequenas lagartixas, grandes amigas - Fátima Borges


   Pequenas lagartixas, grandes amigas

Não entendo como muita gente tem verdadeiro asco de lagartixas e ao vê-las grudadas numa parede tem o impulso de exterminá-las, pura estupidez! Lagartixas são animais inofensivos, ao contrário do que muita gente pensa, são grandes protetoras de nossos lares. Acho que precisamos, com certa urgência, conscientizar as pessoas

10/03/2015

Ressonância mórfica – a hipótese do centésimo macaco

A Hipe.Science publicou esta matéria que me encantou. Nem vou transcreve-la porque queria que lessem lá na própria pagina. Fiquei encantada e vou me aprofundar no assunto. CLIQUEM AQUI para colocarem suas cabecinhas para funcionar.... eu não sabia disto.... alguém conhecia?


04/03/2015

Protetor contra protetor, é isso mesmo?

Ontem me chegou um texto publicado no site Direito dos Animais que me pareceu correto, focado e esclarecedor. É um texto que traduziu muito do que havia prometido escrever aqui em nossa tribuna. Acho que ele foi elaborado com base no recente caso do Abrigo do Franklin. Mas, lendo, lembrei da SUIPA que, também, foi massacrada barbaramente em 2010. Teve até CPI. Como nunca fugimos de atitudes coerentes quando se trata de formar e informar pessoas que defendem a causa animal, faço questão de oferecer tudo que nos leva a uma maior reflexão dos fatos. Agora, o que lamento mesmo é que as pessoas não pensam, não lêem direito e falam um monte de besteira sem se dar conta no tanto de prejuízo que causam à luta de defesa dos animais.
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Sim, os últimos dias estamos vendo batalhas surreais de amantes dos animais, contra amante dos animais. Amigos, não estou aqui para apaziguar e nem guerrear, e muito menos ficar em cima do muro, por uma lógica muito simples de se enxergar, nós estamos contra nós mesmos, é isso mesmo?!

Continuem lendo clicando em DIREITO DOS ANIMAIS

02/03/2015

Crônicas de São Paulo & London - animais em transportes coletivos

Nossa amiga Áurea Abrantes tem um blog  bem interessante e na postagem atual ela escreve sobre a permissão de animais usar transporte coletivo e faz um comparativo com a realidade londrina, já que é cidadã inglesa e mora lá, atualmente. Gostaria muito que avaliassem o que ela nos narra. Cliquem no título abaixo:

06/02/2015

Água – Não era Abundante?

O artigo está bem interessante.... pois é.... e nós, os ecochatos, falamos o quê diante da realidade que começa a se apresentar dentro da casa dos incrédulos? Pior que disseram p´ra mim que o homem vai encontrar uma saída usando água do mar como Israel já faz há algum tempo.... Eu fico calada..... cansei!!!!
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Todos nós aprendemos na escola que o Brasil tem água em abundância - 10% de toda a água doce disponível do mundo. Como consequência, nos acostumamos a utilizar esse recurso barato de forma livre e despreocupada e nos tornamos grandes esbanjadores. No entanto, a verdade é que paramos no tempo e não percebemos que mudanças globais (ambientais, climáticas e geopolíticas) estavam ocorrendo ao nosso redor e que elas também nos afetaria.

A escassez de água potável, que já é uma realidade para

04/02/2015

Artigo polêmico: Zoos x Santuários: uma disputa sem futuro e sem utilidade

Acho que a autora do artigo está meia que equivocada.... mas, deixarei o assunto com nossos leitores para exercitarem a crítica construtiva.... Vale a pena leitura e reflexão. Eu fiz um comentário lá no link da matéria.... Façam o mesmo se desejarem.....
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02022015-parque-das-avesParque das Aves. Foto: Mylene Vijette
Quando comecei a trabalhar em um zoo, tinha a impressão que todos os argumentos contrários à existência destas instituições vinham de pessoas que eram contra manter animais em cativeiro. Após assumir a presidência da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil (SZB), há quase dois anos, percebi que o que incomoda mesmo é o fato de termos um público, o que para os críticos significa que estamos explorando economicamente os animais. É bem interessante, pois 56% das 124 instituições no Brasil não cobra entrada.

Ao demonizar os zoos pelo papel de vilões capitalistas, sobram os pretensos "santuários" (não existe esta designação na legislação), que mantém também animais em cativeiro, mas vestidos com

15/12/2014

Polvos, solitários e muito inteligentes – por Martha Follain

http://www.infoescola.com/moluscos/polvo/
Polvos são classificados como  moluscos e moluscos podem ser encontrados em água doce, no mar. e em terra.  Além dos polvos essa classe inclui animais como: mexilhões, lesmas, ostras, caramujos, caracóis e lulas. Há mais de 100 mil espécies de moluscos e mais de 300 espécies de polvos.  Polvos são moluscos marinhos e respiram através de brânquias. Vivem no fundo do mar em qualquer profundidade.

Esses animais são também chamados de octópodes, por causa de seus 8 tentáculos que saem da cabeça, usados para sua locomoção e outras funções. Alguns estudiosos preferem usar o termo

19/08/2014

Compaixão pelos animais - artigo de Martha Follain

Mais um artigo bem interessante da nossa Martha...
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COMPAIXÃO PELOS ANIMAIS

“Mas no entanto (consegues acreditar?) eu tenho visto o próprio homem que se gaba da sua ternura, a devorar de uma só vez a carne de seis animais diferentes num fricassé. Estranha contradição de conduta! Têm piedade, e comem os objetos da sua compaixão!”.  Oliver Goldsmith  (1730 – 1774), escritor inglês

Segundo o Dicionário Online de Português, o significado de compaixão é: s.f. Sentimento de pesar que nos causam os males alheios, bem como uma

24/07/2014

GECAP arquiva 99% das denúncias de maus-tratos a animais - SP

Artigo da Dra. Vanice Orlandi, publicado na Pagina da UIPA/SP. Como sempre, brilhante. Entretanto, assustador.... Para que serve o tal GECAP se as denúncias são arquivadas em quase totalidade?
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GECAP  ARQUIVA 99% DAS DENÚNCIAS DE MAUS-TRATOS A ANIMAIS

Em seminário realizado em 18 de julho último, pelo Gecap, grupo do Ministério Público, que dentre outras atribuições, investiga práticas de maus-tratos a animais, uma palestrante  intitulada “protetora independente”  afirmou que de nada adianta enviar denúncias à Uipa porque “a entidade apenas envia cartas ao denunciado”. Presente ao evento, a dirigente da Uipa viu-se obrigada a  manifestar-se para esclarecer que as cartas são enviadas em um primeiro momento,  mas que a denúncia é encaminhada às autoridades competentes, caso a  situação do animal persista. 

Acrescentou que a má impressão dos denunciantes decorre do fato de que a Uipa não obtém das autoridades um retorno positivo, uma vez não há notícia de que alguma das 145

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