Depois da proibição da venda de animais vivos nesta meleca de Mercado Central de Aracaju, NOTICIADA EM NOSSO BLOG (com vídeo), vemos o retrocesso e a covardia contra seres inocentes.
|
foto do Jornal da Cidade |
A Justiça liberou, em decisão liminar, o comércio de animais vivos no Mercado Central de Aracaju. A autorização ocorreu após recurso movido pelos comerciantes, que retomaram o negócio. No período da proibição, eles dizem ter passado por necessidades financeiras. Agora, os animais possuem acompanhamento veterinário pelo menos duas vezes por semana e a venda é fiscalizada diariamente.
Ao todo, 10 comerciantes moveram recurso contra a decisão deferida em fevereiro, quando o Judiciário determinou que o Município proibisse a venda de animais na área dos mercados e implantasse, em 60 dias, um local adequado para esse comércio. Em decisão da 1ª Câmara Cível, concedida em março, a Justiça entendeu que os comerciantes não poderiam ficar sem um meio gerar a própria renda nesse período.
Petrúcio Marinho, que sobrevive desse comércio há mais de 20 anos, disse que o retorno às atividades devolveu o modo de vida dos comerciantes. “Passamos muita necessidade.Passamos vários dias com movimento zero. Os próprios criadores deixaram o negócio, porque acreditavam que era uma decisão irreversível. Uma das comerciantes precisou vender um box para pagar as contas”, declarou.
Uma das mudanças foi garantir melhor tratamento aos animais. “Contratamos um veterinário e estamos seguindo as normas da Justiça”, afirmou Petrúcio. “Todos os dias recebemos acompanhamento profissional e cada um tem contribuído com uma parte para pagar esse serviço. Não está sendo mais a mesma bagunça de antes, quando vendiam até bode”, disse a comerciante Valdice Alves.
A liminar da Justiça, porém, mantém o prazo de 60 dias para que a Empresa Municipal de Serviços Urbanos providencie uma área adequada para o comércio de animais vivos. “Temos um projeto para a construção dos novos boxes desde 2005, em uma área próxima ao Mercado Albano Franco. Ele foi enviado à Emsurb, mas nunca foi possível executar a construção”, acrescentou Petrúcio Marinho.