Alguém teria como confirmar esta matéria do Jornal da Cidade de Rio Claro, escrita por Ednéia Silva?
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"O atropelamento de uma cachorra por um caminhão no final da tarde de terça-feira (24) na Rua Jacutinga expôs a carência do município de um serviço especializado para atender os animais nessas condições. A professora Elisângela Ursulino Vollet conta que a cachorra foi atropelada por um caminhão e o motorista não parou para socorrer o animal.
Segundo ela, os moradores das imediações colocaram o cão num terreno baldio e tentaram acionar o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e o Gada (Grupo de Apoio e Defesa dos Animais). Elisângela conta que sua cunhada, que é veterinária, fez um atendimento preliminar na cadela, inclusive aplicando injeções para amenizar a dor. Outro morador a ajudou a se alimentar.
A professora ficou indignada com o caso. Segundo ela, não adianta fazer manifestação contra maus-tratos a animais e quando acontece um problema assim, pois ninguém faz nada para resolver.
Solange Mascherpe, do Departamento de Informação, Educação e Comunicação do CCZ, explica que o centro não tem condições e não pode prestar esse tipo de atendimento. De acordo com ela, o CCZ atende casos de zoonoses, ou seja, de doenças que podem ser transmitidas para a população.
Os moradores entraram em contato com o Gada, mas foram informados de que a entidade estava com a Kombi quebrada e não poderia buscar a cachorra. Uma munícipe se compadeceu da cadelinha e se dispôs a buscá-la e levá-la até a entidade. Lá ela foi medicada e verificou-se a necessidade de um raio-X em clínica particular. Porém, o Gada se recusou a ficar com a cadela, que foi levada para a garagem da voluntária. Quem quiser adotar a cadelinha pode entrar em contato com o JC pelo telefone 3526-1025."
REPRODUÇÃO DA MATÉRIA PUBLICADA ÀS 12:00h
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Fabíola Cunha
"Procurada pela reportagem do Portal JC na manhã desta quinta-feira, a turismóloga Carolina Bianco, que fez o transporte da cachorra atropelada na Rua Jacutinga ontem, quarta-feira, está abrigando temporariamente o animal ferido.
Após assistir à reportagem Carolina buscou a cachorra e levou até o Grupo de Apoio e Defesa dos Animais (Gada), na avenida 8, Centro. Lá foi informada que remédios poderiam ser gratuitos, mas que raio-x e exame de sangue para identificar possíveis doenças, teriam que ser pagos. Além disso, o Gada não ficou com a cachorra, alegando superlotação do canil.
A turismóloga, que preferiu não dar entrevista, explica que não pode ficar com a cachorra por muito tempo, pois já tem outro cachorro, que não aceitou bem a presença da "visitante". Alguns voluntários já se dispuseram a custear a parte do tratamento que não é gratuita. De temperamento muito dócil e porte pequeno, a cachorra tem entre 3 e 4 anos, pelagem curta, apresenta sinais de desnutrição e a extensão do ferimento causado pelo atropelamento ainda precisa ser avaliada. Carolina providenciou banho em um pet shop.
Conseguir um tutor para a cachorra é o próximo passo. O fato reabre a discussão sobre o que fazer com os animais de rua acidentados ou maltratados e como evitar o aumento da população de cães e gatos, que está em 4 mil animais, segundo veterinário do Gada, André Caperucci.
Caperucci também confirmou à reportagem que não abrigou a cachorra na tarde de ontem, quarta-feira, por falta de espaço. Segundo ele, há cerca de 500 cães nos canis da avenida 8 e do Jardim Novo I, sob responsabilidade do Gada, que não dispõe de gatil.
A subvenção enviada pela Prefeitura Municipal destina-se à compra de ração para alimentar os animais que já estão no canil, conforme explicado por Caperucci. Já a clínica que funciona na avenida 8, onde a cachorra resgatada por Carolina vai ser tratada, tem preços mais baixos para os tutores que levam seus animais lá e, em casos excepcionais, como esse, oferece as medicações e alguns itens gratuitamente".
Fonte: Jornal Cidade de Rio Claro - 26/01/12
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