Cães de maior porte são considerados idosos a partir dos 5 anos, já os de pequeno e médio porte são idosos a partir dos 7 anos; expectativa de vida deles varia de 10 a 15 anos, respectivamente, segundo veterinária.
Cuidar de um pet é saber que os laços irão permanecer por um longo tempo. Em alguns casos, os cães acompanham gerações. Em raças maiores, normalmente, a expectativa de vida é em torno de 10, 12 anos. Já os cães de raças menores, a expectativa é em torno de 15 anos. Mas isso não é uma regra absoluta, e a qualidade de vida dos pets são determinantes para uma vida longa e uma boa velhice; os tutores devem interagir com seus pets e ficar atentos às mudanças de comportamento para buscar tratamentos e soluções precoces, segundo veterinária.
“Dentre várias doenças que acometem os cães idosos, hoje já temos reconhecida uma disfunção cognitiva em cães, semelhante ao Alzheimer do ser humano. Por isso, o proprietário tem de observar se o pet tem mudado de comportamento, como perda de adestramento, desorientação, menor interação com os membros da família, alteração de sono. Observar também se ele não defeca e urina mais em local habitual e se apresenta agressividade. Em todos os casos, é importante levar os animais para consultas regulares e favorecer o diagnóstico e tratamentos precoces", explica a médica veterinária e professora, Letícia Athayde Rebello Carvalho.
A expectativa de vida dos cães aumentou com a evolução da medicina veterinária. A média de idade considerada para cães idosos é de 5 e 6 anos para cães de maior porte, e de 7 e 8 anos para cães de pequeno e médio porte.
A policial rodoviária federal aposentada, Silvana dos Anjos, tem três cães. Um deles é da raça Cocker inglês e tem 14 anos. Para manter a qualidade de vida do Sanddan, ela não descuida da interatividade entre eles e dos exercícios físicos, como caminhadas de 50 minutos todos os dias.
“Mantenho a carteira de vacinação em dia e fico atenta às datas de vermífugos. Também sempre tenho em casa remédios de controle contra carrapatos e pulgas. Saddan tinha 11 e 12 anos quando os outros cães chegaram, e a chegada deles fez com que Saddan rejuvenescesse. Eu também providenciei uma 'caminha', ao lado da minha, para facilitar a o acesso dele. Os três se entendem muito bem e me acompanham em todas as viagens e passeios que faço, com lugares que aceitam pet”, conta.
Alimentação
Saddan tem uma dieta rica em proteínas. Além da ração, ele come carne e verduras. Na dieta, também há opções de frutas, como melancia. Água também está sempre disponível nos ambientes da casa, como no segundo andar e no quintal.
Ainda seguno a veterinária Letícia Athayde Rebello Carvalho, o cuidado com a alimentação é importante, porque o cão idoso apresenta alterações fisiológicas consideráveis. "Devido a diminuição do metabolismo, redução das atividades, menor capacidade de combater as infecções, entre diversas outras condições, o cão deve ter uma alimentação satisfatória. Já temos no mercado rações adaptadas à essa categoria, as chamadas rações seniores”, reforça a médica.
Sintomas de envelhecimento
Saddan tem catarata a olho nu, mas quando anoitece é que ele sente mais. Ele também apresenta uma pequena artrose. De acordo com a médica, nódulos pelo corpo podem ser sinais de neoplasia ou tumores. Hálito diferente e vômitos podem ser sinais de alterações renais. Cansaço fácil, desmaios e língua arroxeada podem ser sinal de doença cardíaca. Dificuldade para levantar, para subir em sofás ou camas ou mancar em algumas situações podem ser manifestações de alterações ortopédicas.
“O mais importante desta relação é uma boa interação da família com o animal. Assim, é possível o reconhecimento precoce dos sinais que levam a diminuição considerável da qualidade de vida dos cães", alerta Letícia .
Silvana conta que cuidar de Saddan há 14 anos é uma das maiores alegrias que a família tem, e que fazem isso com todo prazer, e, inclusive, tentam se adequar a realidade dele, para tê-lo por muito mais tempo na família.
"É o nosso bebê, o nosso velhinho. É com ele que a gente brinca, sorri, ele sempre esteve com a gente. Ele que motiva a casa, é ele que a gente procura quando chega da rua. Pretendo estar com ele até o último dia, e cuido exageradamente, para tê-lo ainda por muitos anos ainda", finaliza Silvana.