25/06/2015

Pets são como ‘filhos’ para muitas mulheres

Pets são como filhos para muitas mulheres e MUITOS HOMENS, né não? que distinção errônea é esta? Agora, quem dera que todas as mulheres em vez de filhos adotassem animais.... inshallah!!!!! E não acho que esta tendência queira dizer que humanos estão ficando individualistas. No mínimo estão sentindo que nossa espécie está a beira da extinção....
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O apego aos animais vem desde a época das cavernas, onde suas figuras eram ilustradas nas antigas pinturas rupestres.

Hoje, porém, os bichinhos conquistaram o status de membros da família e muitos donos preferem os chamar de ‘filhos’.

Muitas vezes, eles ganham todo o mimo de um filho biológico: dormem na cama dos ‘pais’,
recebem presentes em datas comemorativas, têm festas de aniversário, têm perfis na internet administrados por seus donos e possuem um guarda roupa próprio cheio de estilo para desfilarem pelas ruas.

Segundo uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizada em 2013 e divulgada há poucos dias, cada vez mais as famílias brasileiras estão esvaziando os berços das crianças enquanto cresce a presença dos animais de estimação em casa. De cada 100 famílias, 44 criam, por exemplo, cachorros; e só 36 têm crianças até doze anos de idade. Contando os gatos, o número sobe para 100 milhões de animais. E, conforme a pesquisa prevê, a tendência indica que haverá cada vez mais espaço nas casas para os bichinhos de estimação e menos para os filhos.

Essa diminuição dos índices de natalidade aliada ao aumento da presença dos animais nas residências das famílias costuma aparecer em países desenvolvidos, onde as mulheres possuem trabalhos bem remunerados e preferem ter um número menor de filhos para desfrutar de maior liberdade, porque temem destruir a beleza física com a maternidade, ou porque ainda não se sentem prontas para tamanha responsabilidade; seja qual for o motivo, os animais são as companhias certeiras para aquelas que se sentem sozinhas e precisam de companhia, em qualquer fase da vida – para as solteiras, casadas, viúvas…

“Hoje em dia, as pessoas têm ficado cada vez mais individualistas. O lema atual é produzir sem cessar; com isso, se tornam cada vez mais solitárias e se apegam aos animais, que são excelentes companhias”, comenta o psicólogo Maurício Fabbri. Segundo ele, “essa intensa troca afetiva entre o pet e seu dono, que muitas vezes supera relações menos positivas estabelecidas entre pessoas, se torna comum na atualidade pela ocupação em que o ser humano precisa exercer de modo individual. Essa ocupação, gradualmente o afasta de outras pessoas, que também vivem no mesmo regime e o faz sozinho”.

“Existem muitas pessoas que estão cada vez mais satisfeitas com a convivência com seus bichos. Inclusive, há casos de casais que preferem a companhia de um animal a ter filhos. O sentimento de amor aos animais é completamente diferente do mesmo sentimento entre os humanos: não tem cobrança e é sempre divertido. O animal fica sempre à disposição para passeios, brincadeiras e até mesmo para aquela soneca após o almoço. Em suma, o amor pet sempre gratifica e pouco exige. É mais reciprocidade do que nos relacionamentos convencionais, onde se comumente vem no pacote as cobranças e críticas. Sem qualquer tipo de dúvida, o animal não pede nada além de carinho e alguns cuidados mais básicos como banho, médico veterinário e comida”, explica o psicólogo: “Em consultório já ouvi pessoas dizerem que recebem mais amor, carinho e principalmente compreensão dos bichos do que dos familiares e amigos”, acrescenta.

Outra pesquisa do IBGE, realizada em 2010, mostra que 14% das mulheres não têm planos de engravidar e esse fator também aumenta o grau de intensidade em uma relação da dona com os animais. “Muitas vezes esse tipo de relacionamento com os animais tende a ser mais intenso naturalmente, já que o animal raramente desagrada. Então não há altos e baixos na convivência diária. Já o filho, muitas vezes desobedece, faz coisas que aborrecem os pais e podem fazer coisas que até ‘envergonham’ os pais perante a sociedade”, cita Fabbri.

Caroline Nascimento, estudante, decidiu que queria fazer mais pelos cachorros após sua cadelinha morrer. Ela conta que seguiu várias páginas de adoção nas redes sociais até encontrar outro animalzinho, que, não teria o papel de substituir a outra, mas que poderia receber tanto amor quanto. Hoje, a família está completa com a Lily, de 4 meses, e uma tartaruga, a Nina. “O que faz falta na vida de uma pessoa é o amor verdadeiro e você não precisa ter filhos para sentir esse amor. Os animais são incríveis. Eles são puros e retribuem toda a nossa dedicação por eles. São carinhosos. E isso é o amor verdadeiro. Então, penso que você não precisa ter um filho que ‘saiu de você’ para sentir isso. Os animais são nossos filhos também. Os cachorros, por exemplo, são filhos peludos de quatro patas”, diz.

Caroline assemelha os cuidados que tem com a pequena Lily aos cuidados que se deve ter com uma criança. “Quando você tem uma criança, você tem que tomar cuidados com a alimentação dela, saúde, bem estar. Tem que observar para que ela não se machuque, não faça nada de ‘errado’ dentro de casa. O mesmo acontece com um bichinho. A diferença é que você não o leva para a escola. Mas, mesmo assim, se não der o princípio básico de educação será difícil lidar com ele, assim como seria com uma criança”, comenta.

A estudante diz que não prioriza a maternidade por enquanto, mas que ainda não tem uma opinião formada sobre o assunto. De qualquer forma, os ‘filhos de quatro patas’ estão na lista de desejos após sair da casa dos pais. “Eu sempre brinco que como já ajudei a cuidar de três irmãs caçulas (duas gêmeas de 10 anos e uma neném de três), não preciso mais passar por essa experiência. Mas ainda não tenho uma opinião formada sobre o assunto”, afirma.

A estudante Carla Fanchini, que, sonha em ser mãe mas ainda não tem filhos, trata os animais como se fossem da família. Ela tem duas cadelas – a Meg e a Briahna -, dois gatos – o Zeus e o Bisqui-, e um passarinho – o Chico; e todos eles recebem cuidados especiais desde refeições na hora exata à mimos e regalias no cardápio. Ela conta que esse amor veio de família e desde que nasceu sempre foi cercada por pets – o que fez seu amor por eles crescer ainda mais. O amor é tanto que a estudante, inclusive, tem uma tatuagem com desenho de patinhas, em homenagem a todos os seus bichos.

“Desde que nasci fui cercada por animais de estimação, mas após minha cachorrinha mais velha falecer, fiquei ainda mais apegada aos meus bichos. Hoje, não me sinto bem em casas que não tenham animais ou crianças”, comenta. “A minha maior vontade é ser mãe, e enquanto não sou, deposito todo amor maternal nos meus bichos e cuido da melhor forma possível. Creio que além dos cuidados básicos, como higiene e alimentação, o maior cuidado que tenho é dar muito amor e atenção a eles. Chamo eles de filhos e me refiro a minha mãe como a ‘vó’ deles. Muitas pessoas pensam que sou louca”, brinca.

O psicólogo explica que, muitas vezes, o convívio das mulheres com animais em casa pode suprir a necessidade da maternidade, como no caso de mulheres estéreis. “Tive uma paciente no consultório uma vez, que é estéril e que não queria adotar por questões religiosas, então ela começou a adotar cachorros, até contar com quatro deles. Era impressionante vê-la falar dos ‘filhos de pelos’ como se fossem crianças. Dessa forma, supriu o desejo dela de cuidar como mãe”, relembra.

Carla reconhece que, embora tenha o sonho de casar, essa realidade está cada vez distante. “Eu acho que a mulher moderna não tem mais o extinto maternal como antes. A mulher está mais individualista, mais focada nela mesma, no emprego dos sonhos, na viagem que quer fazer… Não é mais prioridade casar, construir uma família e ter filhos. Então, pra esse novo papel que a mulher adquiriu ao longo dos anos, é mais prático ter um animal. Muitas mulheres não estão preparadas para sacrificar os próprios desejos e colocar um filho no mundo. Então, assim, deposita seus sentimentos nos animais de estimação”, observa.

Seja qual for a decisão de cada mulher referente à maternidade, a certeza para muitas é que o lugarzinho para os animais está garantido na família. E que venha mais um. Ou uns.

4 comentários:

  1. heheheh,faço parte desse time

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  2. Animais são muito melhores que "certos" filhos que existem por aí. Quanto ao companheiro, lembrei-me daquele teste de amor: tranque sua mulher e seu cachorro no porta malas. Abra depois de meia hora e veja quem fica feliz em revê-lo.

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