Este caso lá em Ribeirão Preto está rolando há dias pela internet: Paróquia sorteia cachorro em bingo sendo que há uma lei municipal (não regulamentada) que proíbe este tipo de "doação". Estava esperando esta reação do MP porque não há crime. A Prefeitura é que tem que regulamentar, fiscalizar e multar. Não tem outra saída, infelizmente. Mas, acho que a repercussão serviu de lição para outros segmentos que se atreverem. Vejam a matéria que saiu ontem:
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O Ministério Público indeferiu a denúncia contra a paróquia que entregou um cachorro como prêmio em um bingo, durante quermesse em
Ribeirão Preto (SP). Para o promotor Ramon Lopes Neto, apesar de a igreja ter violado uma lei municipal que proíbe o uso de animais como premiação em rifas e sorteios, o ato não causou dano ambiental.
Em nota, a Paróquia Santa Teresinha Doutora reconheceu que os organizadores do evento desconheciam a lei e, com base nos argumentos apresentados pelo promotor, negou que tivessem cometido crime, "pois o fato não implicou em impacto ambiental".
O caso gerou polêmica na cidade, dividindo fiéis e protetores de animais. A repercussão fez com que a família vencedora devolvesse o maltês ao canil que doou o cachorro à paróquia. Os ganhadores queriam evitar que a igreja respondesse judicialmente pelo ato, segundo afirmou o padre.
Para o promotor, no entanto, a entrega do animal durante o bingo não implicou prática de maus-tratos e não causou impacto ao meio ambiente. Por esse motivo, não cabe à Promotoria do Meio Ambiente tomar qualquer medida para o caso.
"(...) em razão da vedação prevista em lei municipal, o fato se caracteriza, quando muito, em mera infração administrativa, cuja apuração e eventual aplicação de sanção se inserem no âmbito de atribuições da administração municipal", diz Lopes Neto na manifestação.
Apesar de indeferir a denúncia apresentada pela vereadora Viviane Alexandre (PSC), autora da lei municipal, o promotor encaminhou a representação ao Conselho Superior do Ministério Público para reanálise.
Igreja lamenta
Em nota, a Paróquia Santa Teresinha Doutora informou que o objetivo da quermesse e do bingo era arrecadar fundos para construção da igreja. O comunicado diz que a organização do evento desconhecia a lei, uma vez que animais domésticos podem ser comercializados.
"No mais, a Paróquia Santa Teresinha Doutora lamenta profundamente a forma pela qual os fatos foram expostos. Nossa comunidade repugna atos de desamor e desrespeito e pede pela paz e compreensão de toda a sociedade. Lembrem-se: o maior mandamento de Deus é o amor", finaliza o comunicado.
Doação ilegal
O bingo ocorreu no último sábado (4), durante uma quermesse realizada pela paróquia, na zona leste de Ribeirão. O cachorro foi dado com prêmio em uma das rodadas e, logo depois, a histórica começou a repercutir no Facebook.
Isso porque, uma lei municipal aprovada há três anos proíbe a doação de animais silvestres, domésticos e nativos em sorteios, rifas, bingos, ou na forma de brinde. O descumprimento da legislação rende multa de R$ 2.355.
Nesta quinta-feira (9), o secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Junior, afirmou que o caso está sendo apurado e, constatada a infração, a paróquia será multada. O impasse está em definir o órgão responsável pela fiscalização, uma vez que a lei ainda não foi regulamentada.
Ribeirão Preto (SP). Para o promotor Ramon Lopes Neto, apesar de a igreja ter violado uma lei municipal que proíbe o uso de animais como premiação em rifas e sorteios, o ato não causou dano ambiental.
Em nota, a Paróquia Santa Teresinha Doutora reconheceu que os organizadores do evento desconheciam a lei e, com base nos argumentos apresentados pelo promotor, negou que tivessem cometido crime, "pois o fato não implicou em impacto ambiental".
O caso gerou polêmica na cidade, dividindo fiéis e protetores de animais. A repercussão fez com que a família vencedora devolvesse o maltês ao canil que doou o cachorro à paróquia. Os ganhadores queriam evitar que a igreja respondesse judicialmente pelo ato, segundo afirmou o padre.
Para o promotor, no entanto, a entrega do animal durante o bingo não implicou prática de maus-tratos e não causou impacto ao meio ambiente. Por esse motivo, não cabe à Promotoria do Meio Ambiente tomar qualquer medida para o caso.
"(...) em razão da vedação prevista em lei municipal, o fato se caracteriza, quando muito, em mera infração administrativa, cuja apuração e eventual aplicação de sanção se inserem no âmbito de atribuições da administração municipal", diz Lopes Neto na manifestação.
Apesar de indeferir a denúncia apresentada pela vereadora Viviane Alexandre (PSC), autora da lei municipal, o promotor encaminhou a representação ao Conselho Superior do Ministério Público para reanálise.
Igreja lamenta
Em nota, a Paróquia Santa Teresinha Doutora informou que o objetivo da quermesse e do bingo era arrecadar fundos para construção da igreja. O comunicado diz que a organização do evento desconhecia a lei, uma vez que animais domésticos podem ser comercializados.
"No mais, a Paróquia Santa Teresinha Doutora lamenta profundamente a forma pela qual os fatos foram expostos. Nossa comunidade repugna atos de desamor e desrespeito e pede pela paz e compreensão de toda a sociedade. Lembrem-se: o maior mandamento de Deus é o amor", finaliza o comunicado.
Doação ilegal
O bingo ocorreu no último sábado (4), durante uma quermesse realizada pela paróquia, na zona leste de Ribeirão. O cachorro foi dado com prêmio em uma das rodadas e, logo depois, a histórica começou a repercutir no Facebook.
Isso porque, uma lei municipal aprovada há três anos proíbe a doação de animais silvestres, domésticos e nativos em sorteios, rifas, bingos, ou na forma de brinde. O descumprimento da legislação rende multa de R$ 2.355.
Nesta quinta-feira (9), o secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Junior, afirmou que o caso está sendo apurado e, constatada a infração, a paróquia será multada. O impasse está em definir o órgão responsável pela fiscalização, uma vez que a lei ainda não foi regulamentada.
Fonte: G1
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Família que ganhou cão em bingo de paróquia devolve animal em Ribeirão Preto
Família que ganhou cão em bingo de paróquia devolve animal em Ribeirão Preto
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Lei proíbe animais como prêmio em rifas e bingos sob multa de R$ 2,3 mil.
A família que ganhou um cachorro em um bingo promovido por uma paróquia em Ribeirão Preto (SP) devolveu o animal ao canil que fez a doação à quermesse, com o objetivo de evitar que a igreja católica seja processada pelo Ministério Público.
A informação é do padre Paulo Henrique Martins, responsável da Paróquia Santa Teresinha Doutora, destacando que não se pronunciará até a manifestação oficial da Promotoria sobre o caso. Martins não informou as identidades dos ganhadores e do canil.
A história gerou polêmica na cidade porque uma lei municipal aprovada há três anos proíbe a doação de animais domésticos, silvestres e nativos em sorteios, rifas, bingos, ou na forma de brinde. O descumprimento da legislação rende multa de R$ 2.355.
O secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Junior, afirmou que o caso está sendo apurado e, constatada a infração, a paróquia será multada. "Essa é a primeira denúncia desde que a lei foi aprovada. Nós precisamos apurar junto ao padre e à comunidade, e vamos tomar as providências cabíveis", disse.
Polêmica
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Protetores de animais dizem que o ato estimula o abandono e vai contra o trabalho de conscientização sobre a posse responsável, uma vez que o vencedor não assume nenhum tipo de compromisso em relação aos cuidados do animal recebido.
Ao mesmo tempo, como a lei não foi regulamentada, a aplicação depende da definição de quem deve realizar a fiscalização. Segundo a vereadora Viviane Alexandre (PSC), autora do projeto, caso a Prefeitura não assuma a responsabilidade, o Ministério Público pode intervir.
Viviane pediu à Promotoria, a abertura de uma ação civil pública. Entretanto, o promotor Ramon Lopes Neto adiantou ao G1 que, como não há registro de maus-tratos nesse caso, cabe à Prefeitura punir a infração em âmbito administrativo.
A igreja católica nunca primou pelo amor aos animais. Muito antes pelo contrário. É favorável às touradas, na Espanha, e a todas as festas religiosas pelo mundo que promovem maus tratos e morte de animais. Inclusive o Papa Francisco, que parecia, mas não era. O que podemos fazer é pressionar. Espalhar pra todo mundo os absurdos que acontecem com os animais. Doa a quem doer.
ResponderExcluirMesmo com toda essa tecnologia atual, as pessoas teimam na ignorância. Duvido que não soubessem que um ato como esse é ilegal!
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