A quantidade de gente na Índia e na China será responsável pelo vírus que vai dizimar boa parte da população humana. Esta foi uma profecia que li na semana passada. Lendo uma matéria como esta, estou achando que faz sentido....
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As produções não estão criando apenas galinhas, mas também germes capazes de resistir a todos os antibióticos, exceto aos mais potentes, apontam pesquisadores
Testes aleatórios realizados em 18 granjas que criam cerca de 50.000 aves cada no estado de Punjab, no noroeste da Índia, concluíram que dois terços dos animais abrigavam bactérias que produzem enzimas especiais, conhecidas como betalactamase de espectro estendido (ESBL, na sigla em inglês), que destroem a maior parte dos antibióticos baseados na penicilina e na cefalosporina. Entre as aves testadas destinadas ao consumo de carne por humanos, 87 por cento continham os supergermes, segundo o estudo publicado na quinta-feira na revista Environmental Health Perspectives. Entre as galinhas poedeiras, a fatia foi de 42 por cento.
As granjas que abastecem as maiores empresas avícolas da Índia usam rotineiramente medicamentos classificados pela Organização Mundial da Saúde como "extremamente importantes" para evitar doenças, mostrou uma pesquisa da Bloomberg News realizada no ano passado. A pesquisa mais recente, a maior do gênero já realizada na Índia, ressalta a consequência da prática para a oferta de alimentos no país.
"Este estudo tem sérias implicações, não apenas na Índia, mas globais", disse o autor do estudo, Ramanan Laxminarayan, diretor do Centro de Dinâmica, Economia e Política de Doenças em Nova Deli, em comunicado. "Devemos remover os antibióticos da cadeia alimentar humana, com exceção do tratamento de animais doentes, ou enfrentaremos a perspectiva cada vez mais real de um mundo pósantibióticos."
Germes mutantes
Em todo o mundo, os animais recebem aproximadamente o dobro do volume de antibióticos dos humanos. Grande parte é administrada em doses que aceleram o crescimento dos animais, mas que não são fortes o suficiente para matar todas as bactérias, deixando germes mutantes que não apenas sobrevivem, mas também prosperam e podem se propagar.
A prática preocupa especialistas veterinários e médicos, que dizem que a prática está alimentando infecções que nenhum remédio poderá curar. As doenças resistentes a medicamentos têm o potencial de causar um nível de prejuízo econômico semelhante -- e provavelmente pior -- ao provocado pela crise financeira de 2008, afirmou o Banco Mundial em setembro. Elas poderiam aumentar em até US$ 1 trilhão por ano os custos da saúde em 2050 em todo o mundo.
As 16 granjas de Punjab que responderam às perguntas sobre o uso de antibióticos usam medicamentos para tratar aves doentes e eliminar enfermidades, e dois terços delas também usam medicamentos para estimular o crescimento dos pintinhos. Os pesquisadores compararam o uso de medicamentos aos níveis de resistência presentes em 1.556 amostras de E. coli coletadas de mais de 500 aves.
"Nossos testes sugerem que o uso de antimicrobianos para promoção do crescimento provocou o desenvolvimento de reservatórios de bactérias altamente resistentes nas granjas estudadas, com implicações possivelmente graves para a saúde humana", escreveram Laxminarayan e seus colegas no estudo.
Testes aleatórios realizados em 18 granjas que criam cerca de 50.000 aves cada no estado de Punjab, no noroeste da Índia, concluíram que dois terços dos animais abrigavam bactérias que produzem enzimas especiais, conhecidas como betalactamase de espectro estendido (ESBL, na sigla em inglês), que destroem a maior parte dos antibióticos baseados na penicilina e na cefalosporina. Entre as aves testadas destinadas ao consumo de carne por humanos, 87 por cento continham os supergermes, segundo o estudo publicado na quinta-feira na revista Environmental Health Perspectives. Entre as galinhas poedeiras, a fatia foi de 42 por cento.
As granjas que abastecem as maiores empresas avícolas da Índia usam rotineiramente medicamentos classificados pela Organização Mundial da Saúde como "extremamente importantes" para evitar doenças, mostrou uma pesquisa da Bloomberg News realizada no ano passado. A pesquisa mais recente, a maior do gênero já realizada na Índia, ressalta a consequência da prática para a oferta de alimentos no país.
"Este estudo tem sérias implicações, não apenas na Índia, mas globais", disse o autor do estudo, Ramanan Laxminarayan, diretor do Centro de Dinâmica, Economia e Política de Doenças em Nova Deli, em comunicado. "Devemos remover os antibióticos da cadeia alimentar humana, com exceção do tratamento de animais doentes, ou enfrentaremos a perspectiva cada vez mais real de um mundo pósantibióticos."
Germes mutantes
Em todo o mundo, os animais recebem aproximadamente o dobro do volume de antibióticos dos humanos. Grande parte é administrada em doses que aceleram o crescimento dos animais, mas que não são fortes o suficiente para matar todas as bactérias, deixando germes mutantes que não apenas sobrevivem, mas também prosperam e podem se propagar.
A prática preocupa especialistas veterinários e médicos, que dizem que a prática está alimentando infecções que nenhum remédio poderá curar. As doenças resistentes a medicamentos têm o potencial de causar um nível de prejuízo econômico semelhante -- e provavelmente pior -- ao provocado pela crise financeira de 2008, afirmou o Banco Mundial em setembro. Elas poderiam aumentar em até US$ 1 trilhão por ano os custos da saúde em 2050 em todo o mundo.
As 16 granjas de Punjab que responderam às perguntas sobre o uso de antibióticos usam medicamentos para tratar aves doentes e eliminar enfermidades, e dois terços delas também usam medicamentos para estimular o crescimento dos pintinhos. Os pesquisadores compararam o uso de medicamentos aos níveis de resistência presentes em 1.556 amostras de E. coli coletadas de mais de 500 aves.
"Nossos testes sugerem que o uso de antimicrobianos para promoção do crescimento provocou o desenvolvimento de reservatórios de bactérias altamente resistentes nas granjas estudadas, com implicações possivelmente graves para a saúde humana", escreveram Laxminarayan e seus colegas no estudo.
FONTE: aviculturaindustrial