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08/06/2017

Após o surto de febre amarela, população de bugios fica reduzida a menos de 3% em reserva de MG

Que coisa triste.... fora os que foram mortos por causa da ignorância de humanos.....
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Antes, área tinha cerca de 500 exemplares da espécie; Cientistas alertam para risco de extinção
RIO - Seis meses após o Brasil ter notícia do pior surto de febre amarela dos últimos 80 anos, o impacto na natureza da doença de origem humana começa a ser mensurado. Os sobreviventes de guariba ou bugio-ruivo, uma espécie de macaco antes frequente, se encontram hoje como náufragos em florestas insulares, isolados num oceano de devastação.

Na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Feliciano Miguel Abdala, em Caratinga, leste de Minas Gerais, no epicentro do surto, restaram cerca de 12 dos mais de 500 guaribas. A população atual não tem tamanho e distribuição para continuar. Se não se reorganizarem, lamentam cientistas, vão desaparecer.

— Trata-se de um desastre com magnitude para afetar a dinâmica da Mata Atlântica, numa das partes do país onde ela foi mais devastada (Minas é o segundo estado que mais desmatou o bioma entre 2015 e 2016) — afirma o primatologista da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Sérgio Lucena, que há mais de 30 anos estuda os primatas do Vale do Rio Doce e regiões vizinhas.

Com cerca de mil hectares, a reserva de Caratinga é uma espécie de ilha, a maior de um arquipélago de fragmentos do que restou da Mata Atlântica dessa parte do Vale do Rio Doce. E a febre amarela fez de Caratinga um microcosmo de um fenômeno de magnitude sem precedentes no bioma. A febre dizimou os macacos em meses. Mas a recuperação pode consumir décadas, alertam os cientistas.

— Caratinga se tornou cenário de um experimento que jamais gostaríamos de ter de observar. O guariba, uma espécie de importância para a dispersão de sementes, praticamente desapareceu. A febre amarela veio depois de uma seca severa. Há sinais de mudança climática. Como a própria floresta vai se comportar? Na Mata Atlântica, animais, árvores e rios, tudo está ligado. Não sabemos o que vai acontecer. É um processo de décadas — frisa a primatologista americana Karen Strier, professora de antropologia da Universidade Wisconsin-Madison (EUA) e presidente da Sociedade Internacional de Primatologia.

O desastre ambiental causado pela febre amarela provocou tamanha apreensão internacional, que o projeto sobre Caratinga ganhou o apoio da National Geographic Society e do Primate Action Fund, nos EUA. Karen estuda desde 1983 os muriquis-do-norte de Caratinga (Brachyteles hypoxanthu). Considerada a maior especialista do mundo no muriqui, um dos 25 primatas mais ameaçados da Terra, ela está preocupada agora com a sobrevivência dos guaribas (Alouatta guariba), também chamados barbados ou bugios. De todos os macacos, eles são os mais sensíveis à febre amarela.

Dos cerca de 350 muriquis de Caratinga, onde vive a maior população conhecida da espécie, cerca de 11% desapareceram desde setembro. Porém, um levantamento preliminar dos bugios feito pela primatologista Carla Possamai só revelou 12 animais em quatro grupos.

CANTO SOLITÁRIO NA MATA

Encontrá-los não foi fácil, mesmo para Carla Possamai, que há 16 anos percorre as matas de Caratinga e é considerada uma das primatologistas com maior experiência em campo. Após dias de procura na mata, só quando a chuva começou, no início de maio, ela ouviu o canto solitário e distante de um animal. Seu chamado ficou sem resposta.

— Diz a tradição que os barbados cantam para a anunciar a chuva. Fazia parte da cultura local ouvir o canto da chuva deles. Mas agora só há silêncio — diz Carla, do Muriqui Instituto de Biodiversidade.

Ela localizou os animais, em grupos pequenos, dessa forma inviáveis:

— Os macacos barbados são sociáveis, vivem em grupos familiares onde uns cuidam dos outros. Se não conseguirem se organizar, dificilmente a espécie vai sobreviver na área — explica ela.

Sergio Lucena salienta que a teoria de que a febre amarela silvestre surge em ciclos de sete a oito anos, porque esse seria o prazo em que a população de macacos se recuperar, precisa ser revista.

— O bugio tem um ciclo de vida lento e em sete anos não temos nem duas gerações. Para recuperar uma população de 500 a partir de 12 animais serão necessárias décadas — observa Lucena, que desde os anos 80 estuda os bugios de Caratinga.

Karen e Lucena destacam que a maioria dos estudos sobre recuperação da população de animais foi realizada na Amazônia, onde a extensão de mata contínua é muito maior.

— A fragmentação a que foi reduzida a Mata Atlântica faz toda a diferença. Em fragmentos muito pequenos, houve extinção local. E os animais que restaram estão separados por grandes distâncias. Para uma espécie que vive em grupos, isso pode ser o fim da linha — explica Lucena.

Ele também está preocupado com a sobrevivência do sagui-da-serra (Callithrix flaviceps), uma espécie em extinção que só existe entre o leste de Minas à região serrana do Espírito Santo. A RPPN Feliciano Miguel Abdala era um de seus santuários. Pela primeira vez, se soube que o vírus é letal para esses animais. No levantamento, Carla não encontrou sagui algum.

— A febre amarela pode ter levado essa espécie ao limite, mesmo que tenham restado alguns animais — frisa Lucena.

Esta semana, com Carla, ele e Karen voltam à Caratinga. Para ela, é como se a História regredisse.

— Infelizmente, o meio ambiente tem tido retrocessos e a febre amarela trouxe mais um. Há 35 anos chegamos à Caratinga para lutar pelos muriquis. Havia cerca de 50 então. E os bugios eram abundantes. Agora, quando celebrávamos o aumento da população de muriquis, o bugio é dizimado. É um recomeço. Esperamos que, no fim, traga um aprendizado positivo para seres humanos e animais — salienta Karen.

FONTE: O Globo

22/03/2017

Chegada da febre amarela ao Rio põe em risco até micos-leões-dourados

Jesus amado, olhe por estes bichos..... mesmo a imprensa informando que os macacos não devem ser mortos, todo dia tem notícia de um caso .....
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Além de ter causado a morte do pedreiro Watila dos Santos, de 38 anos, e de ao menos três macacos no interior do Rio de Janeiro, a febre amarela ameaça também um dos mais bem sucedidos projetos de reintrodução na natureza de animais em extinção.

A Reserva Biológica de Poço das Antas, vizinha a Casimiro de Abreu (RJ), onde Watila vivia, fica na única região do mundo onde ainda existem micos-leões dourados.

Na década de 1980, esses animais eram presença rara nas áreas de Mata Atlântica da região. Havia apenas 200 na floresta. Graças ao programa conduzido na Reserva, hoje eles são 3.200, em oito municípios. 

"Não há o que fazer, só esperar. Os micos são tão vítimas quanto os humanos. Infelizmente, não há vacina contra febre amarela para primatas", diz o geógrafo Luís Paulo Ferraz, secretário-executivo da Associação Mico-Leão-Dourado (AMDL), organização não-governamental que faz o acompanhamento dos micos na natureza.

O programa de reintrodução contou com o apoio de zoológicos internacionais, que doaram os animais para serem readaptados ao meio ambiente. Técnicos treinaram os micos para agir novamente como animais silvestres. Em cativeiro, os micos desaprendem a subir em árvores e a encontrar frutas para se alimentar, por exemplo. 

Um programa de conscientização dos proprietários rurais da região levou à transformação de 22 fazendas em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Separados em famílias, os micos têm um colar que permite aos técnicos da AMLD acompanhar seus deslocamentos, reprodução e ciclo vital. "Até agora só tivemos mortes de micos por causas naturais, atacados por predadores, ou atropelados. Não há registros por doença", disse Ferraz.

Nos últimos dias, porém, equipes da AMDL passaram a vasculhar a mata com mais atenção, em busca de primatas que possam ter sido vítimas da febre amarela. "Se ocorrer o pior e tivermos uma catástrofe, temos 250 micos em cativeiro. O jeito será recomeçar o trabalho todo de novo", declarou Ferraz.

Silêncio. Na última quinta-feira, um dia depois de exames confirmarem que Watila havia morrido pela doença, a equipe do biólogo Waldemir Vargas, da Fundação Oswaldo Cruz entrou na floresta de Córrego da Luz, bairro rural onde o pedreiro vivia. "A mata era só silêncio", relatou Vargas. A falta de som é mau sinal, explicou. Significa que os bugios podem ter deixado a região ao perceber que outros animais adoeceram. 

O biólogo afirma que o bugio é o primata mais sensível à doença. "Ele tem o metabolismo mais lento e movimentos vagarosos. Acaba sendo presa mais fácil para o mosquito. O mico também adoece, mas o bugio é a primeira vítima", afirmou.

"O primata é um sentinela importante. Se ele adoeceu, indica que há febre amarela na região", afirmou o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado do Rio, Alexandre Chieppe. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

16/03/2017

Macacos não são transmissores de febre amarela, segundo especialistas


Não adianta falar... esta gentalha não entende....
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Especialistas alertam que a identificação de infecções nesses animais pode apoiar ações de prevenção da doença em humanos

Os macacos podem representar um alerta às autoridades quanto à incidência de febre amarela em áreas silvestres. Isso porque esses animais também são vulneráveis ao vírus e a detecção de infecções em macacos ajuda na elaboração de ações de prevenção da doença em humanos.

– Eles servem como anjos da guarda, como sentinelas da ocorrência da febre amarela – explica Renato Alves, gerente de vigilância das Doenças de Transmissão Vetorial, do Ministério da Saúde. “É importante que a gente mantenha esses animais sadios e dentro do seu ambiente natural. Porque a detecção da morte de um macaco, que potencialmente está doente de febre amarela. Pode nos dar tempo para adotar medidas de controle para evitar doença em seres humanos”. Defende Renato Alves.

O pesquisador e presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia (SBP), Danilo Simonini Teixeira. Também alerta que os macacos não são responsáveis pela transmissão da doença, que ocorre pela picada de mosquitos.

– Esses animais estão sendo mortos por conta de medo da população humana em relação à transmissão do vírus. Se você mata os animais, vai haver um prejuízo, porque a vigilância não vai ser feita devido ao óbito daquele animal por uma pessoa.”

Denúncias
Caso a população encontre macacos mortos ou doentes, deve informar o mais rapidamente o serviço de saúde do município ou do Estado onde vive ou pelo número de telefone 136.

Uma vez identificados os eventos, o serviço de saúde coletará amostra para laboratório e avaliará se:

Além desse animal que foi encontrado existem outros. Se as populações de primatas da região ainda são visíveis e estão integrados. Se foi uma morte isolada. E se de fato é uma ocorrência que atingiu o maior número de primatas.

Além disso, é possível denunciar a matança ou maus tratos de macacos pela Linha Verde do Ibama (0800 61 8080). Na denúncia, podem ser encaminhados vídeos e fotos que auxiliem na identificação do crime e de quem o cometeu, por meio do e-mail linhaverde.sede@ibama.gov.br

Legislação
Matar animais é considerado crime ambiental pelo Art. 29 da Lei n° 9.605/98. De acordo com a legislação, “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida” pode gerar pena de seis meses a um ano de detenção, mais multa.

No bioma da Mata Atlântica, onde incide a febre amarela, encontram-se primatas ameaçados de extinção, entre eles, o bugio, o macaco-prego-de-crista, além do muriqui do sul e do norte.

13/03/2017

'Macaco é sentinela', diz agente sobre preocupação com matança de animais


E os pobres dos macacos são vítimas desta ignorância..... Olha o caso deste pobrezinho que ficou sem a mãe......
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O medo da febre amarela no noroeste paulista levantou uma suspeita de que macacos estão sendo mortos por humanos. Neste ano, em São José do Rio Preto (SP) e região, dezenas de animais apareceram mortos com lesões graves e até envenenados. A Vigilância Epidemiológica diz que isso é um grave erro, já que os animais também são vítimas.

“O macaco se ele adoece com febre amarela e vier a falecer a gente vai fazer a investigação e verificar que o vírus está circulando, ele é sentinela para a gente. Se a pessoa acaba agredindo e esse macaco morre por uma causa externa a gente vai está direcionando toda uma ação para uma suspeita que não é pela doença”, afirma Andreia Negri, gerente de Vigilância em Rio Preto.


Isso porque é a partir do registro da morte desses animais que as secretarias municipais de Saúde conseguem identificar que o vírus está circulando na região. De janeiro do ano passado até agora 228 macacos foram encontrados mortos no Estado de São Paulo. Um levantamento da Secretaria Estadual de Saúde revelou que a maioria pode ter sido executada já que apresentava traumatismos e lesões.

Só em Rio Preto já foram encontrados 50 animais mortos e apenas dois estavam com febre amarela. “Cerca de 60% desses animais, a gente encontrou alguma causa externa, seja traumatismo, choque elétrico, tivemos um animal carbonizado e outro que foi ferido por uma arma”, afirma a enfermeira Michela Dias Barcelos.

A morte mais recente foi de um macaco bugio em Cardoso (SP). O filhote, recém-nascido, se salvou. Ele foi resgatado pela Polícia Ambiental num condomínio de chácaras. A mãe dele foi encontrada morta com sinais de envenenamento. “Foi achado um pote de veneno com comida, do lado do corpo da mãe. O macaquinho estava grudadinho como é o caso de recém-nascido, e ele chegou desidratado e hipoglicêmico”, diz a veterinária Fernanda Segobi Pegolo.

Os macacos são os primeiros afetados pela febre amarela silvestre: uma fêmea de mosquito infectada com o vírus, ao picar o animal, acaba transmitindo o vírus a ele, que fica doente. As fêmeas de mosquitos não infectadas quando picam um macaco doente, passam a ter o vírus e a transmiti-lo para outros macacos.

O caso reforça a suspeita de que os macacos estão sendo caçados e mortos por causa do medo da febre amarela. Além de um erro grave, matar ou machucar animais é crime. “Qualquer tipo de conduta que constitua uma agressão a animal silvestre ou não; com febre amarela ou não é uma conduta considerada crime ambiental e tem pena de detenção de até um ano, além de uma multa que parte de R$ 3 mil”, afirma o capitão da Polícia Ambiental Cassius Oliveira.

07/02/2017

Medo de febre amarela faz moradores do Leste de MG matarem macacos

Sinceramente, eu fico sem palavras diante da ignorância .... nojento!
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Especialistas alertam que primatas não são causadores da doença. Matar os animais é um crime ambiental, passível de multas e até prisão.
O surto de febre amarela na região leste de Minas foi acompanhado de um movimento perigoso, motivado pela desinformação. Moradores de várias cidades brasileiras passaram a matar macacos, achando que isso ajudaria a combater a doença. Mas os especialistas alertam que não é só um crime. É um erro grave.


Os fiscais do Ibama e do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais receberam a denúncia de que os macacos estariam sendo mortos na zona rural de Novo Cruzeiro e de Ladainha, na Região

04/02/2017

Bugio atacado com golpes de facão na Serra do RS apresenta melhora

Esta gente ignorante acha que é o pobre do macaco que transmite febre amarela.... ele é tão vítima quanto qualquer um de nós....
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Ferimentos no rosto e na mão estão em processo final de cicatrização.
Próximo passo da equipe é iniciar os trabalhos de reintrodução à natureza.

Um bugio-ruivo agredido com golpes de facão no começo de janeiro apresentou melhoras no quadro de saúde, conforme boletim veterinário divulgado nesta quarta-feira (1º). O animal está internado desde o dia 9 do mesm omês no zoológico de Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul.

Conforme o veterinário Marcelo Cunha, os

01/02/2017

Macaco com suspeita de febre amarela agoniza em estrada

Coitadinho do pobrezinho.... deve ter morrido sem nenhum atendimento
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Imagens foram feitas nesta terça-feira (31), em zona rural do município. 
Moradores acionaram Vigilância Sanitária para recolhimento do animal.

Um vídeo mostra um macaco agonizando em uma estrada de Tijuco Preto, na zona rural de Domingos Martins, região serrana do Espírito Santo. Moradores acionaram os órgãos responsáveis, mas até o fechamento desta reportagem, não havia confirmação se o macaco já havia sido recolhido.


De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), nessas situações, a orientação é entrar em contato com o órgão ambiental municipal e não encostar no macaco. As imagens foram feitas pelo

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