Campinas dá bons exemplos. Bom copiar sem pudores porque é o melhor a fazer.... Parabéns por este serviço que aqui no Rio, apesar de 17 anos de uma secretaria especializada para cuidar dos animais, nunca fizeram....
------------Serviço especializado criado há três meses já fez 54 atendimentos na cidade
Iniciado há pouco mais de três meses, o Samu Animal, que presta socorro a animais (cães e gatos) de rua acidentados, já soma 54 atendimentos em Campinas. O serviço ainda é desconhecido por grande parte da população, e está disponível 24h por dia. A ambulância, que fazia o atendimento de pessoas, passou por adaptações e agora tem uma UTI voltada para o socorro dos bichos.
A maioria dos chamados registrados pelo Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal (DPBea), que administra a unidade móvel, foi para atendimento de casos de atropelamento. Apesar de ainda não haver um levantamento, o uso da ambulância deve reduzir o custos públicos com o atendimento de animais em situação de rua.
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“Não tínhamos todo esse equipamento que de certo modo previne outros traumas. Antigamente, quando fazíamos o atendimento desses casos, os animais podiam sofrer traumas adicionais, como, por exemplo, ficarem paralíticos por não terem sido mobilizados durante o socorro em um atropelamento. Agora, não. Eles são resgatados corretamente”, afirmou Paulo Anselmo Nunes Felipe, diretor do DPBea.
A ambulância tem dois socorristas (um deles veterinário para os primeiros cuidados), maca para remoção, oxigênio e os demais dispositivos para o pronto atendimento. Os animais acidentados são levados para o DPBea, e alguns casos são tratados em uma universidade que tem parceria com a Prefeitura.
“Assim que recebem alta voltam para o departamento e são encaminhados para doação”, explicou Paulo. Atualmente no local há 120 cães e 90 gatos, parte deles resgatados pela ambulância. “A rotatividade acaba sendo grande. Mas o serviço rápido tem sido muito bem recebido e salvado a vida de muitos pets.”
O diretor lembra que o serviço é disponível para animais em situação de rua. “Antes atendíamos direto aqui, mas agora as ligações de socorro passaram para o 156 da Prefeitura, e lá é feito uma apuração”. Felipe afirmou que muita gente ligava para o departamento pedindo o serviço para o próprio cão. “Não temos recurso para atender essa demanda.”
O diretor ainda revelou que a maior demanda de resgate está concentrada nos distritos de Campo Grande e Ouro Verde, que são áreas onde vivem muitos cães de rua. Segundo levantamento do departamento, atualmente Campinas possui 20 mil animais em situação de rua. “Como estão em situação de risco, a vida média deles é de seis meses. Percebemos que esses animais são abandonados ou são crias de animais que têm casa, mas que os proprietários abandonam”, afirmou.
A intenção do departamento é iniciar no segundo semestre um serviço, similar ao castra-móvel (ônibus hospital onde os animais são castrados), nos bairros, para consultas preventivas. “A prevenção combate muitas doenças e também conseguimos administrar melhor, porque os pets acabam microchipados, e com isso fiscalizamos a ação dos donos em relação aos animais.”
Estatuto
O diretor lembrou que está para ser sancionado pelo prefeito Jonas Donizette (PSB) o estatuto dos animais da cidade. Cães e gatos deverão ser obrigatoriamente registrados e identificados por meio do Sistema de Cadastramento Animal, que é on-line. A identificação é definitiva e feita com um microchip (do tamanho de um grão), implantado por baixo da pele com uma espécie de seringa. O cadastro reúne informações do pet (como raça, idade e vacina) e as do dono (nome, RG, endereço e telefone). Dessa forma, será possível para a Prefeitura identificar os donos dos animais que forem abandonados.
FONTE: acidadeon