Aqui em casa todos tem dupla personalidade.... kakakaka.... mas, o texto é curioso. A conferir....
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Estudo científico cria método de avaliação das personalidades felinas – em doses diferentes, eles podem ser dominantes, introvertidos e até impulsivos
Depois de peixes de aquário covardões, pássaros bateristas e cachorros grisalhos por stress, a psicologia animal chegou a
uma conclusão de que todos os donos já suspeitavam faz tempo: gatos têm personalidades. Cinco tipos, mais precisamente.
Não estamos falando dos traços compartilhados por quase todos os felinos – como aquele desdém fleumático pelos humanos e a vontade de arranhar o sofá. A pesquisadora australiana Carla A. Litchfield e sua equipe enviaram questionários aos donos de 2,8 mil bichanos, em que eram avaliados 52 (!) qualidades e defeitos.
Perguntaram se os mascotes eram calmos, tímidos, agressivos, confiantes, brincalhões, irritáveis, gentis etc. – a lista completa está no artigo científico. A análise dessas estatísticas bem específicas permitiu classificar os Felis catus em categorias mais abrangentes: extroversão, dominância, impulsividade, agradabilidade e neuroticismo.
Os nomes dessas categorias se baseiam em um modelo de análise da personalidade humana usado e aperfeiçoado pela psicologia desde a década de 1960: o Big Five.
‘Neuroticismo’, por exemplo, é um traço que tanto humanos quanto gatos podem possuir, e que nas duas espécies tem a ver com instabilidade emocional, timidez, ansiedade e introversão. Já a ‘dominância’ é uma métrica exclusiva do Big Five felino, que mede o quanto o gato em questão é violento e autoritário.
É importante entender que nenhum gato (ou humano, já que tocamos no assunto) se encaixa em uma só categoria. Na verdade, cada personalidade é formada por doses diferentes desses traços – um fenômeno que não é só especulação teórica, mas possui bases científicas bastante sólidas.
Quanto à necessidade de fazer isso com os bichanos, bem… “A ideia de que animais possuam personalidades já foi criticada pela comunidade científica”, explicam os autores, “mas ganhou popularidade com as evidências de que elas podem ser aplicadas para melhorar o gerenciamento e o bem-estar de animais.”
Eles dão exemplos: gatos que têm uma pontuação mais alta em ‘neuroticismo’ podem gostar mais de casa se você aumentar o número de lugares – como gavetas e cantinhos – em que eles possam se esconder e ficar em paz. Já gatos com pontuação baixa nesse critério – ou seja, mais corajosos e abertos – são mais propensos a pular o portão para dar um passeio (e não voltar mais).
Da mesma forma, gatos com pontuação mais alta no critério ‘extroversão’ são mais criativos, afiados e inteligentes – e precisam de brinquedos e atividades mais desafiadoras para não ficarem entediados.
Por outro lado, se um gato velhinho não pontuar em extroversão, pode ser sinal de que ele está com problemas cognitivos ou de coordenação motora, associados à idade avançada. Ou seja: a aparente curiosidade, na verdade, é uma arma de diagnóstico importante para veterinários. E pode ajudar a explicar porque seu gato sempre parece estar tramando a aniquilação da civilização humana. Cuidado: você pode ter um dominante em casa.
Depois de peixes de aquário covardões, pássaros bateristas e cachorros grisalhos por stress, a psicologia animal chegou a
uma conclusão de que todos os donos já suspeitavam faz tempo: gatos têm personalidades. Cinco tipos, mais precisamente.
Não estamos falando dos traços compartilhados por quase todos os felinos – como aquele desdém fleumático pelos humanos e a vontade de arranhar o sofá. A pesquisadora australiana Carla A. Litchfield e sua equipe enviaram questionários aos donos de 2,8 mil bichanos, em que eram avaliados 52 (!) qualidades e defeitos.
Perguntaram se os mascotes eram calmos, tímidos, agressivos, confiantes, brincalhões, irritáveis, gentis etc. – a lista completa está no artigo científico. A análise dessas estatísticas bem específicas permitiu classificar os Felis catus em categorias mais abrangentes: extroversão, dominância, impulsividade, agradabilidade e neuroticismo.
Os nomes dessas categorias se baseiam em um modelo de análise da personalidade humana usado e aperfeiçoado pela psicologia desde a década de 1960: o Big Five.
‘Neuroticismo’, por exemplo, é um traço que tanto humanos quanto gatos podem possuir, e que nas duas espécies tem a ver com instabilidade emocional, timidez, ansiedade e introversão. Já a ‘dominância’ é uma métrica exclusiva do Big Five felino, que mede o quanto o gato em questão é violento e autoritário.
É importante entender que nenhum gato (ou humano, já que tocamos no assunto) se encaixa em uma só categoria. Na verdade, cada personalidade é formada por doses diferentes desses traços – um fenômeno que não é só especulação teórica, mas possui bases científicas bastante sólidas.
Quanto à necessidade de fazer isso com os bichanos, bem… “A ideia de que animais possuam personalidades já foi criticada pela comunidade científica”, explicam os autores, “mas ganhou popularidade com as evidências de que elas podem ser aplicadas para melhorar o gerenciamento e o bem-estar de animais.”
Eles dão exemplos: gatos que têm uma pontuação mais alta em ‘neuroticismo’ podem gostar mais de casa se você aumentar o número de lugares – como gavetas e cantinhos – em que eles possam se esconder e ficar em paz. Já gatos com pontuação baixa nesse critério – ou seja, mais corajosos e abertos – são mais propensos a pular o portão para dar um passeio (e não voltar mais).
Da mesma forma, gatos com pontuação mais alta no critério ‘extroversão’ são mais criativos, afiados e inteligentes – e precisam de brinquedos e atividades mais desafiadoras para não ficarem entediados.
Por outro lado, se um gato velhinho não pontuar em extroversão, pode ser sinal de que ele está com problemas cognitivos ou de coordenação motora, associados à idade avançada. Ou seja: a aparente curiosidade, na verdade, é uma arma de diagnóstico importante para veterinários. E pode ajudar a explicar porque seu gato sempre parece estar tramando a aniquilação da civilização humana. Cuidado: você pode ter um dominante em casa.
FONTE: super.abril