Vai entender porque humanos caçam seres de tamanha beleza?
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Era 2009, o biólogo americano Robert Pitman estava na Antártica e lá presenciou uma cena inusitada. Váriasorcas caçavam um filhote de foca, que tentava escapar, em cima de uma plataforma de gelo. Mas o animal caiu na água e quando as orcas estavam prestes a devorar sua presa, algo surpreendente aconteceu. Duas baleias-jubartes apareceram e protegeram a pequena foca com suas nadadeiras.
O episódio marcou tanto Pitman, que naquele
mesmo ano ele escreveu um artigo para a revista Natural History relatando o acontecido.
mesmo ano ele escreveu um artigo para a revista Natural History relatando o acontecido.
Pesquisador do Fisheries Science Center da Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), na Califórnia, o biólogo decidiu então se aprofundar no comportamento das baleias-jubartes. Ao pedir mais relatos sobre encontros com estes animais, Pitmam recebeu 115 mensagens. Muitas delas vinham de navios de observação de baleias, que incluíam fotos e vídeos. Em 31 destas mensagens, pessoas contavam ter visto as jubartes lutando contra as orcas, que atacavam outras espécies. Para isso, usavam seus rabos e barbatanas.
Em novo artigo publicado no final de julho, desta vez na revista Marine Mammal Science, Pitman e outros colegas cientistas discutem se o comportamento das jubartes seria altruísta, ou seja, uma preocupação e amor espontâneos com outras espécies.
O que estudo mostra é que, apesar de baleias-jubarte serem agressivas quando seus filhotes estão em perigo, em outras situações ela não oferecem risco. Sua espécie, a Megaptera novaeangliae não é considerada predadora, diferentemente da orca (Orcinus orca), chamada em inglês de killer whalejustamente porque caça e mata outros tipos de baleias.
A surpresa dos cientistas é perceber que além de proteger seus filhotes e de outras espécies de baleias, as jubartes também possuem a preocupação de salvar outros animais marinhos, como no caso da foca, na Antártica.
A baleia-jubarte
Descrita pela primeira vez na Nova Inglaterra, a baleia-jubarte tem seu nome científico vindo deste local –novaeangliae -, e Megaptera que em grego antigo significa “grandes asas”, já que suas imensas nadadeiras peitorais podem medir até 1/3 do comprimento total de seu corpo, algo em torno de 16 metros.
Estas gigantes dos mares, que podem ser encontradas em todos os oceanos, chegam a pesar até 40 toneladas. Por isso mesmo é tão impressionante ver o salto de uma jubarte, que consegue projetar todo seu corpo para fora da água.
Nas regiões polares, a baleia-jubarte alimenta-se de krill, um minúsculo camarão. Segundo os biólogos, os machos “cantam” para chamar a atenção das fêmeas. Esta espécie vive aproximadamente 60 anos, todavia, cientistas têm dificuldade em estudá-la porque ela passa a maior parte do tempo submersa.
No Brasil, as jubartes são vistas entre os meses de julho e novembro, quando chegam ao país para se reproduzir nas águas quentes dos trópicos. O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul da Bahia, é considerado o berçário da espécie no Oceano Atlântico Sul Ocidental. É lá que está localizado o Instituto Baleia Jubarte, que luta pela proteção e conservação desta linda espécie marinha.
Maravilha!!
ResponderExcluirMuito interessante!
ResponderExcluirNo passado os humanos caçavam essas criaturas maravilhosas com o intuito de obter óleo para acender lamparinas, mas depois da energia elétrica, atômica, eólica, solar ainda caçam por qual motivo? Quando falam em ciência, penso em hambúrguer de baleia.
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