Gente, não adianta ficar com raiva de mim só porque conheço a Constituição Federal e não me iludo com estas questões de legislações fora de contexto. Se a Associação Nacional de Restaurantes não ganhar a parada, com certeza, o Tribunal vai arquivar a lei como inconstitucional. Sinto muito. Estou cansada de avisar aqui, mas, as pessoas preferem se iludir e perder este tempo danado..... fazer o quê?
-------------------------------------------------------------------A Associação Nacional de Restaurantes (ANR) deve entrar na Justiça na próxima semana para tentar impedir a proibição da comercialização de foie gras na cidade de São Paulo. O prefeito Fernando
Haddad (PT) sancionou nesta quinta-feira, 25, a Lei 16.222, que proíbe ainda os artigos feitos com peles de animais.
“Vamos mover uma ação direta contra a lei, que é inconstitucional. Só Estados e a União podem legislar sobre a produção e o consumo de alimentos. A gente não pode se calar”, disse o advogado da entidade, Carlos Augusto Pinto Dias.
Proprietária do restaurante La Casserole, que serve pratos com a iguaria, Marie France Henry, de 58 anos, diz que a lei não deve causar prejuízos financeiros para os restaurantes, mas vai interferir na questão cultural.
“É uma questão da identidade gastronômica. Estamos fazendo a defesa de um patrimônio gastronômico e cultural. O nosso restaurante está completando 61 anos e a gente faz questão de manter a tradição e a cultura.”
Marie conta que o estabelecimento compra o produto de fornecedores que não submetem animais a sofrimento. “Acredito que a escolha do foie gras foi estratégica, porque 3% da população tem acesso à iguaria. Não seria a mesma coisa com o frango ou o boi.”
Morando em São Paulo há oito anos, o chef e consultor gastronômico francês Julien Mercier, de 33 anos, rejeitou a lei. “É um atraso. Em vez de controlar a produção e colocar fiscalização, simplesmente proibiu.”
O chef francês e jurado do Masterchef (Band) Erick Jacquin também se manifestou. “Os vereadores deveriam se preocupar com outros problemas”, afirmou. Ele disse que não vai “comer foie gras escondido” e, assim, respeitará a proibição.
Cônsul-geral da França em São Paulo, Damien Loras lamentou a sanção da lei. “Nós permanecemos amplamente mobilizados, principalmente, no âmbito de uma sensibilização pedagógica sobre a realidade da produção do foie gras na França e na Europa, que respeita todas as normas relativas ao bem-estar animal, mais inclusive do que em outros tipos de produção de massa”, afirmou.
O empresário Ivan Marchetti, de 33 anos, é um admirador da alta gastronomia e diz que a determinação vai ferir não só a liberdade dos chefs, mas a dos clientes. “Não me sinto prejudicado, mas a lei pega mais para esse lado da liberdade do que comer e do que servir.”
A proibição do comércio de peles de animais foi celebrada pela Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca Brasil). “Nós vemos como um avanço. São Paulo está na vanguarda. No caso do foie gras, não é civilizado fazer uma tortura para obter um alimento”, afirma o presidente da entidade, Marco Ciampi.
Produção
Só há três produtores brasileiros de foie gras. Dois no interior de São Paulo, Chez Pierre, em Itu, Agrivert, em Valinhos, e um em Indaial (SC), Villa Germânia. Pierre Reichart, dono da Chez Pierre, acha que vai ter de fechar o negócio, que mantém há 15 anos. O produtor fez aniversário nesta sexta-feira, 26, e ironizou: “Foi o pior presente de aniversário que já recebi”, afirmou o francês.
A produção não é grande - ele não abre os números -, mas 80% é consumida em São Paulo. Segundo Reichart, o restante das vendas é feito no interior do Estado, mas não o suficiente para manter uma empresa. A decisão será tomada nos próximos dias: se fechar, o produtor vai demitir 19 funcionários.
Nesta sexta-feira, Haddad disse que a Prefeitura debateu internamente o projeto de lei e concluiu que não haveria problema de inconstitucionalidade. “A Procuradoria fez uma primeira interpretação, como se fosse uma lei que estivesse regendo o comércio na cidade de São Paulo, e, na minha visão, não se tratava disso. A intenção original do projeto desde sempre foi a questão ambiental”, justificou. A Procuradoria havia recomendado o veto à lei por considerar que tratava de temas da esfera federal. “Se provocado, a palavra final é do Judiciário, mas internamente fizemos o debate e descaracterizamos a inconstitucionalidade por ter essa abordagem ambiental”, disse o prefeito.
Haddad admitiu apreciar a iguaria, que é criticada por ambientalistas por causar sofrimento aos animais, mas disse que não come tudo o que gosta. “Nem tudo que eu gosto eu consumo. Eu gosto de cigarro, por exemplo, e não fumo.” As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fonte: Diário do Litoral
Fonte: Diário do Litoral
Questão cultural? De que país? Estamos no Brasil, oras.
ResponderExcluirOs donos desses restaurantes poderiam resolver a questão com a maior simplicidade
ResponderExcluirPoderiam enfiar pela goela das mães deles abaixo em ao invés dos gansos, simples assim,
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Identidade gastronômica, patrimônio cultural uma pinóia para quem faz questão de manter a tradição chamando de cultura a tortura de animais; ou será que cozinheiros de boteco ou de luxo ignoram como é sentir dor na própria pele quando cortam o dedinho?!
ResponderExcluirSerá que a fumaça da panela ta impedindo gastrônomos de elite de ver o atraso de vida que é consumir pedaços de cadáveres, enchendo a pança de uma realeza factóide e fictícia, esnobando privilégios à custa de animais mortos que comeram o pão que o diabo amassou para engordar o bolso de humanos dorminhocos que não foram lá fora ver que já raiou o Planeta bonito habitado por animais VIVOS, esbanjando saúde e felicidade para seres humanos racionais e superiores que não matam nem morrem de fome.
Isso só acabará quando idiotas pararem de comer fígado doente das pobres aves. Não há lei que impeça uma pessoa de ser idiota de carteirinha carimbada e pior, nem impede de cometer atrocidades como é o caso desse país.
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