Noutro dia uma leitora nos trouxe uma situação que estou sempre para discutir aqui com nossos leitores: zooterapia é exploração animal? Qual seria, exatamente, o conceito de exploração animal?
Venho de uma época em que, antes de qualquer coisa, tínhamos que promover o animal tendo por parâmetro o bem estar humano. Depois disto, falávamos a importância do animal na sobrevivência humana e, finalmente, despertávamos a consciência do respeito pela vida animal. Hoje, embora confusa e desorganizada pelos movimentos de defesa animal, já temos uma unidade e, também, uma grande vantagem junto à mídia que percebe o filão jornalístico que é "falar" sobre bichos.
E aí está o X que queria convidar a pensar. Capa do The Sun, jornal reconhecido no mundo inteiro, mesmo que seja pelos escândalos, promove a existência de um "simples gatinho" como um terapeuta que soube resolver a questão melhor do que um "capacitado médico". Isto é bom? no meu conceito é ótimo....
O segmento vegano, as vezes, me confunde as idéias por considerar qualquer destas formas, uma exploração animal. Aliás, o veganismo, me confunde muito quando se coloca num plano tão elevado, tomando por base o que este segmento chama de bem-estarista. Sei lá, gente, mas, temos que discutir muuuuuito até finalizarmos tais conceitos, embora, tenha sentido uma grande diminuição de conflitos entre tais segmentos.
Sinceramente? fico sem compreender, o porque dos veganos não entrarem na briga pela lei de crimes ambientais e suas possíveis modificações. Excetuando George do Veddas, não me lembro de ter visto mais ninguém opinando. Enfim, posso estar completamente errada, pelo amor de Deus!!!! aliás, não só errada, mas, muito mal informada.... desde já, peço mil desculpas!!!!!
Leiam a matéria publicada pela Revista Crescer do mês de julho de 2012.
Gata faz menino voltar a falar
"O garoto Lorcan Dillon, 7 anos, sofre de uma condição de ansiedade que o deixa praticamente incapaz de se comunicar ou expressar seus sentimentos. Mas, quando encontrou a gata Jessi algo extraordinário aconteceu e o garoto falou "eu te amo" pela primeira vez.
Segundo o site inglês The Sun, a família de Lorcan, que vive em Davyhulme, Manchester, no noroeste da Inglaterra, se surpreendeu com a rápida ligação que o garoto desenvolveu com o animal levado para casa pela mãe.
“Eles se tornaram inseparáveis e a gata Jessi fez uma enorme diferença na vida de Lorcan”, disse Jayne Dillon, 44 anos, mãe do garoto. “Nós pegamos o gato há dois anos e neste tempo Lorcan teve um enorme progresso na escola. Nas duas últimas semanas, ele começou a se comunicar com as pessoas que não conhece muito bem e até lê para uma professora – coisa que nunca tinha feito até então”.
O vínculo do menino com a gata é tão comovente que ele é capaz de demonstrar afeição física ao bichinho, coisa que ele não gosta de fazer com as pessoas, inclusive com a mãe. “Ela é uma gata deliciosa e ágil, ele a beija e a abraça o tempo todo”, conta Jayne.
A mãe acredita que a afeição pelo animal é uma maneira de fazer com que Lorcan evolua e expresse suas emoções de outra forma, já que ele não consegue espontaneamente. Evolução essa graças a gata Jessi!"
Sheila, acredito que a exploração se dá quando um animal é procriado para uma finalidade. Por exemplo, animais para televisão tem sua procriação programada de acordo com a raça, são treinados para tal... geralmente sequer tem uma família de verdade, mas um treinador... Isso é exploração. Pq forçaram a existência do animal para uma finalidade humana, como se ele não tivesse importância de existir para ele próprio apenas. Então, caso isso ocorra para virarem animais 'terapeutas', é exploração. Procriar um animal, pra ser treinado, comercializado e utilizado para terapia humana. Quando essa 'terapia' ocorre naturalmente, como parece ser o caso do gato na notícia, é diferente. Pois ele está em uma família, como membro da família e não um utensílio para uma finalidade, e por consequência, ajudou a menina. Mas quando isso é visto como uma vantagem empreendedora em que animais serão produzidos para tal finalidade, gerando um comércio, aí... Acho que mesmo pensando que é um bem para as pessoas, cai até na mesma justificativa de testes em animais...Sempre quando o animal é tratado como um meio, há objetivos escusos e formas de tratamento diferentes da publicizada.
ResponderExcluirEntendo isto, mas, excetuando os cães guias e os policiais, quais animais são treinados, vendidos e explorados? por exemplo: levar cães, coelhos, periquitos, escargos, jaboti para que pessoas velhas, doentes ou crianças afaguem pode ser considerado exploração animal? a equoterapia pode ser uma exploração?
ExcluirFiz zooterapia em duas situações: como na acima citada (incluindo equoterapia) e quando animais viventes em asilos e orfanatos eram enxotados por serem "transmissores" de doenças. Recuperávamos os animais e os introduzíamos nas atividades da instituição. Confira no link http://ogritodobicho.blogspot.com/p/fala-bicho.html
Isto seria exploração animal? nos casos dos cães guias, cães policiais, animais de laboratório até poderia entender... mas, na zooterapia assistida, não vejo como aplicar seu argumento já que não há treino, apenas, a escolha de temperamento apropriado, entende?
Acho a convivência com animais extremamente prazerosa embora reconheça ser um pouco egoista, se pensarmos que limitamos sua existência, ou não?
Um animal fazer parte de uma família de humanos já é contraditório, seguindo os princípios de exploração animal que costumo ver defendido. Entende onde quero chegar?
bjs queridona e obrigado por opinar
Opinião da ULA foi perfeita. Por menores que sejam os prejuízos que causemos aos animais, se há uma comércio, uma exploração com um determinado fim, uma função pré-definida para aquele animal existir, então já se trata de exploração.
ExcluirPois é Sheila, tenho me feito tais perguntas (essa do post e tantas outras desde meu ativismo).
ResponderExcluirO caso do garotinho, como o fato de todos, ou a maioria de nós, ter um animal de estimação em casa não me leva a crer que isso seja exploração porque o animal não esta, digamos, na lida, trabalhando, gerando renda ou benefícios a seu tutor/dono. É apenas um xerimbabo e tem todo o carinho, zelo e amizade recíproca (isso é perceptível, que há afeto nessa relação).
Minha premissa parte dessa questão.
Exploração, para meu entender, são animais em situação de exibição, voyeurismo, trabalhos de carga diversos, divertimento, trabalho com artefatos perigosos, cumprindo regras impostas, sem direitos –só deveres, é tudo que envolve isso e mais alguma coisa.
O fato desses animais terem alimentação, guarida e alguma tratamento médico não descaracteriza exploração, em MEU entender.
Se assim fosse, animais de zoológicos; aquários; explorados para servirem de guarda; animais que puxam carroças por carga humana ou não; animais que se expõem arriscadamente para salvar vidas que não a sua e de seus pares; que prestam serviços militares e vai por aí, não estariam sendo explorados, certo? Todos têm comida no pratinho, ficam salvaguardados e, bem ou mal, tem um Veterinário quando adoecem!
Eu não consigo aceitar, *falo por mim e de mim*, que um cão que foi adotado e posto para prestar serviço em achar minas terrestres e drogas não seja considerado explorado e, ao mesmo tempo, não aceitar que um cavalo puxe carroça pesada e diária, seja atropelado e espere socorro, não tenha sofrido exploração.
Os dois estão cumprindo um trabalho e se pudessem, pulariam fora do “emprego” imediatamente.
Por que um eu acato e o outro eu repilo? Por que um é exploração puxando carroça e o outro é benesse encontrando minas, drogas e armas?
Meu ponto de vista, repito.
Tema polêmico...temos q. refletir, pq. tem criança nascendo para salvar o irmão , então seria exploração?..Todos nós (ou quase todos) trabalhamos todos os dias... o patrão nos explora?.. penso q. o conceito exploração é quando existe abuso, sofrimento..não é difícil mensurar isso, entretanto tenho q. concordar q. em muitos casos existe exploração..nosso papel é vigiar e denunciar...Quanto ao caso do menino e o gatinho, é prova q. o amor cura..
ResponderExcluirA verdade é que muita gente fica meio alienada ao defender certas coisas...É fácil falar de uma situação que você nunca viveu,mas ao se deparar com um problema e ver que precisa tomar certas atitudes e encarar certas situações,você vê que algumas coisas são necessárias nessa vida.Um exemplo,eu sempre defendí os cães da raça Pit Bull,até ter o meu pai e minha cachorra atacados e quase mortos por um...Não acho que a zooterapia seja exploração animal,esse é o meu ponto de vista,assim como os cães,gatos e coelhos que são levados em orfanatos,asilos,hospitais afim de trazerem melhoras e um pouco de alegria a quem sofre tanto.Exploração pra mim,é usar um animal,que trabalha(falo de usar força,se desgastar,cansaço),e depois que esse já não serve mais,"joga fora",aqueles que são maltratados,que nunca tiveram uma atenção médica,que servem para seus donos apenas para trabalhar,sem nenhum afeto.Acho que tudo tem um limite,e cada um sabe qual!
ResponderExcluirNao acho que seja exploração levar um animal para dar bons momentos a pessoas que precisam. E isso eles fazem muito bem.
ResponderExcluirAcho até muitooooooooooooooooo valido !!!
Concordo com a Mari. O Projeto "Cão do Idoso", por exemplo, leva a asilos o contato com gatos e cães extremamente dóceis, que trazem alegria a muitos idosos que vivem abandonados por seus familiares. Isso não creio que seja exploração.
ResponderExcluirQuanto à zooterapia, de fato ela faz um bem enorme para crianças e adultos com deficiência física, mental, etc. Mas, não deixa de ser um comércio, pois os animais, geralmente de maior porte, como cavalos e ovelhas, etc., não podem usurfruir de contato apenas com aqueles que os tratam. Cães que também são usados nesses tratamentos, devem ser mantidos localmente, ou seja, não têm somente uma família.
Sendo tratados com dignidade, com carinho pelos cuidadores deles, acho que também vale. O que não gosto é que retirem um animal de um abrigo, o adestrem para um comercial ou novela e depois... E depois? Quem fica com o animal?
Sobre os vegans, acho que você realmente está mal informada. Em geral, os sites vegan, principalmente os americanos, também fazem campanhas sobre adoções, tratamento ético, compaixão, etc.
Só que os menos radicais utilizam um termo que não engulo bem, que é o tal bem-estarismo. Mesmo que um animal seja bem tratado, nenhum animal escolheria morrer para alimentar qualquer outra espécie. Meu Deus! Quem gostaria de ser bem tratado até ser assassinado? Que expectativa se tem assim?
Enfim, bem estarismo... não concordo. Como diz o Dr. Eric Slywitch: Não como nada que fuja de mim. O que não foge (derivados animais) também não. Quem precisa de leite é o bezerro!