A fidelidade dos cães é algo que nenhum humano conseguirá alcançar.... amor incondicional....
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Até que ponto vai a amizade e a lealdade no mundo animal? Na manhã dessa quarta-feira (14), uma triste cena emocionou quem passou pelo final da avenida Nações Unidas (em um terreno perto do CTI da Unesp), em Bauru. Uma cachorrinha não desgrudou de sua companheira canina, que havia sido atropelada e morreu. A pequena chegou a fazer um buraco no chão, bem ao lado do corpo.
“Parecia cena de filme. Fiquei arrasada e, ao mesmo tempo, emocionada. É incrível ver como os animais têm consciência e sensibilidade”, narra a estudante Francini Branco Purini, 28 anos.
Ela conta que sempre ajuda na causa animal e, por isso, foi acionada por pessoas que passaram por ali. “Ao chegar, vimos a cachorrinha ao lado do corpo da outra. Ela estava bastante assustada”.
Como a cadela estava muito arredia, foram algumas tentativa até o resgate. “Ela se assustou e fugiu dali. Mas, pouco depois, voltou para ficar do lado da companheira. Um senhor, de nome João, conseguiu resgatá-la com uma corda”.
A cachorra foi resgatada e levada para a casa de uma familiar de Francini. Agora, eles procuram o proprietário do animal. “As duas estavam muito bem cuidadas. Então, acreditamos que tenham dono. Vamos esperar uma semana e colocaremos para a adoção. Mas, queremos encontrar o verdadeiro dono para que ele fique com ela, já que a outra, infelizmente, morreu”.
COVA?
Além da insistência da cachorra em ficar ao lado do corpo da companheira, outro fato que chamou a atenção foi o buraco que ela fez. “Não há dúvidas de que ela pode ter feito esse buraco para enterrar o corpo”, destaca o veterinário Eduardo Fagundes.
Segundo ele, tal ação instintiva é mais comum quando os animais possuem laços sanguíneos, como, por exemplo, uma mãe que procria e um dos filhotes acaba morrendo. Por isso, Fagundes aventa a hipótese de que as cachorras sejam da “mesma família”. “Mas isso não quer dizer que, se não forem consanguíneos, elas não possam criar esse laço caso tenham crescido ou vivido muito tempo juntas. É possível e até bem provável que ela tenha feito esse buraco para enterrá-la”, conclui o veterinário.
Alerta na ‘voltinha’
Ainda não há quaisquer informações sobre o que ocorreu e por qual motivo as cachorras estavam na rua. Contudo, a estudante Francini Branco aproveita a situação para fazer um alerta sobre a conhecida “voltinha”.
“Vemos muitos cachorros que são atropelados porque os donos têm o costume de deixar que eles deem uma ‘voltinha’. Não sabemos se foi isso que aconteceu aqui, mas é importante fazer o alerta”, completa.
SERVIÇO
Quem tiver informações sobre o dono da cachorra, pode ligar para Francini no (14) 99769-1758. “Ela é muito carinhosa. Está bem triste, dá pra ver em seu olhar. Mas é muito amável”, finaliza a estudante.
FONTE: JC Net