O problema é a quantidade de animais que são abandonados lá naquela aldeia...... Estou publicando três matérias a respeito.
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Há dois anos o Ministério Público Federal recomendou que o Centro de Controle de Zoonoses, da Prefeitura de São Paulo, retirasse dezenas de cães abandonados na Aldeia Guarani, no Jaraguá, Zona Oeste da Capital. Na época, a prefeitura tinha um prazo de 10 dias úteis para se manifestar sobre a recomendação. No entanto, nenhuma atitude foi tomada e a situação se agravou.
A entrada da Aldeia Guarani, no extremo da Zona Oeste, se tornou um lugar onde moradores de outros bairros da cidade abandonam os animais e vão embora. Os índios dizem que os cães são
abandonados na aldeia principalmente à noite e de madrugada. Algumas vezes os animais chegam a entrar na aldeia e atacam as crianças da tribo.
Os índios dizem que cerca de 300 cachorros estão circulando pela aldeia e que eles não têm como alimentar todos os animais. Nelson Soares, líder da aldeia, afirma que às vezes as pessas abandonam cachorros da raça Pit Bull. "Uma vez já atacaram uma criança. Um desrespeito isso aí", diz Nelson.
Outro líder da aldeia, Vitor Guarani, afirma que a cada semana pessoas abandonam cerca de 10 cachorros e que os integrantes da aldeia não tem condições de cuidar desses cachorros. "A gente fica muito triste quando vê. A gente fica muito preocupado”, afirma.
A Prefeitura da Capital disse que a responsabilidade de combater o crime de abondono de animais é das policias ambientais. Ainda segundo a Prefeitura, agentes do Centro de Controle de Zoonoses visitam a Aldeia Guarani regularmente, onde acompanham e castram os animais abandonados.
Aldeia terra indígena Jaraguá (Foto: TV Globo/Reprodução)
No Parque Água Branca, também na Zona Oeste da cidade, mais cenas de abandono são vistas, mas na maioria dos casos são gatos abandonados.
Em 2013 uma pesquisa realizada pelo IBGE indicou que 44% dos domicílios do país teriam pelo menos um cachorro- uma população estimada em 52 milhões. Mas, nem todos cuidam bem dos seus bichos. Como registrado pelo SPTV, feiras em São Paulo incentivam a adoção de animais. Ali, todos os animais foram abandonados ou sofreram maus tratos e acabaram resgatados por ONGs e voluntários.
Andrea Giuti, fundadora da ONG “Procura-se um cachorro” conta que os animais são cuidados, vacinados e castrados para encontrar uma nova família. “O crime é abandonar, seja em parque ou na rua. A gente pede que não faça isso e que repasse o problema para alguém que está tentando ajudar”, afirma.
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Há dois anos o Ministério Público Federal recomendou que o Centro de Controle de Zoonoses, da Prefeitura de São Paulo, retirasse dezenas de cães abandonados na Aldeia Guarani, no Jaraguá, Zona Oeste da Capital. Na época, a prefeitura tinha um prazo de 10 dias úteis para se manifestar sobre a recomendação. No entanto, nenhuma atitude foi tomada e a situação se agravou.
A entrada da Aldeia Guarani, no extremo da Zona Oeste, se tornou um lugar onde moradores de outros bairros da cidade abandonam os animais e vão embora. Os índios dizem que os cães são
abandonados na aldeia principalmente à noite e de madrugada. Algumas vezes os animais chegam a entrar na aldeia e atacam as crianças da tribo.
Os índios dizem que cerca de 300 cachorros estão circulando pela aldeia e que eles não têm como alimentar todos os animais. Nelson Soares, líder da aldeia, afirma que às vezes as pessas abandonam cachorros da raça Pit Bull. "Uma vez já atacaram uma criança. Um desrespeito isso aí", diz Nelson.
Outro líder da aldeia, Vitor Guarani, afirma que a cada semana pessoas abandonam cerca de 10 cachorros e que os integrantes da aldeia não tem condições de cuidar desses cachorros. "A gente fica muito triste quando vê. A gente fica muito preocupado”, afirma.
A Prefeitura da Capital disse que a responsabilidade de combater o crime de abondono de animais é das policias ambientais. Ainda segundo a Prefeitura, agentes do Centro de Controle de Zoonoses visitam a Aldeia Guarani regularmente, onde acompanham e castram os animais abandonados.
Aldeia terra indígena Jaraguá (Foto: TV Globo/Reprodução)
No Parque Água Branca, também na Zona Oeste da cidade, mais cenas de abandono são vistas, mas na maioria dos casos são gatos abandonados.
Em 2013 uma pesquisa realizada pelo IBGE indicou que 44% dos domicílios do país teriam pelo menos um cachorro- uma população estimada em 52 milhões. Mas, nem todos cuidam bem dos seus bichos. Como registrado pelo SPTV, feiras em São Paulo incentivam a adoção de animais. Ali, todos os animais foram abandonados ou sofreram maus tratos e acabaram resgatados por ONGs e voluntários.
Andrea Giuti, fundadora da ONG “Procura-se um cachorro” conta que os animais são cuidados, vacinados e castrados para encontrar uma nova família. “O crime é abandonar, seja em parque ou na rua. A gente pede que não faça isso e que repasse o problema para alguém que está tentando ajudar”, afirma.
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'Gangue dos vira-latas' invade área de mata atlântica e apavora índios em SP
'Gangue dos vira-latas' invade área de mata atlântica e apavora índios em SP
Em todos os lugares para onde se olha, eles estão lá. Até dentro das casas, existe sempre o risco de ser atacado. Cachorros, de todos os tipos, tamanhos e raças (ainda que a maior parte seja mesmo vira-lata).
Para os índios guarani das quatro aldeias do Jaraguá, na zona norte de São Paulo, a companhia canina, cada vez menos amigável, vem se tornando bastante presente.
Tanto que, pela estimativa dos índios, há um cão para cada morador. Ou seja, 800 cachorros habitam aquele pedaço de mata atlântica.
Arredios, eles estão sempre prontos para matar uma galinha, iniciar uma briga ou avançar sobre as crianças.
Os pequenos guaranis já estão acostumados com dezenas deles correndo e pulando ao mesmo tempo nas capoeiras e se misturando aos sacos de lixo -para a loucura das mães.
Na volta da escola, além das mochilas, os meninos normalmente levam um pedaço de pau à mão: uma defesa contra as temidas "gangues caninas".
"Eu mesmo já foi mordido quatro vezes recentemente, quando chegava da escola", reclama Jeferson Xondaro, 17.
Como são muitos, afirma Jurandir Martin, 40, neto do cacique que iniciou a aldeia em meados do século 20, os cachorros andam em matilhas. Com afinco e dentes afiados, cada um defende "seu território" como pode.
"Os problemas por causa dos cães se multiplicam, não se limitam a brigas", diz Martin, professor do ensino fundamental da escola estadual Djekupe Amba Arandy, que funciona no local.
"Às vezes aparecem com sarnas e pulgas e entram em casa para fuçar nas coisas. Precisamos deixar tudo fechado. Um dia desses estavam destruindo fraldas da minha filha. Além de revirar muito o lixo", completa.
'DESOVA' DE CÃES
Já faz alguns anos que o local, cortado pela Estrada Turística do Jaraguá, que leva ao parque e ao pico de mesmo nome, virou um lugar de "desova" dos animais. "A situação piorou bastante ultimamente", diz Martin.
Segundo Márcia Venicio, 24, cacique da aldeia Ytu, os cachorros são abandonados na estrada até durante o dia. A comunidade é a única em terras demarcadas. "Eles são atirados pela janela do carro", diz a cacique.
Um dos líderes de outra aldeia, Vitor Guarani, diz que não é raro que os cães mais bravos impeçam as crianças de chegar à casa de reza.
Apesar de manterem suas tradições –entre elas, as casas de reza e a língua guarani ensinada aos pequenos na escola– os índios do Jaraguá vivem em condições precárias. No riacho, antes usado para nadar, hoje ninguém se atreve a entrar de tão sujo.
Os indígenas vivem de doações –e não são os únicos. Um grupo de defesa dos animais visita as aldeias duas vezes por mês. "Eles doam ração suficiente para alimentar todos os cachorros. E fazem as castrações", afirma Martin.
Funcionários da prefeitura, dizem os moradores, também costumam vacinar os cães. O problema, diz Martin, é que os animais não param de chegar. "Às vezes não dá tempo de castrar ou vacinar."
Como muitos dos cachorros descartados pelos donos estão doentes, é fácil vê-los perambulando pelas aldeias com as costelas à mostra, o pelo falhado e feridas aparentes.
"Não queremos transferir o nosso problema para os outros. E muito menos que eles sejam mortos. Muitos aqui acabaram adotando alguns, mas seria interessante que a população de cachorros caísse pelo menos pela metade", afirma o professor.
Segundo ele, a melhor forma de resolver o problema seria a adoção. Enquanto isso, melhor não descuidar. (UOL)
Para os índios guarani das quatro aldeias do Jaraguá, na zona norte de São Paulo, a companhia canina, cada vez menos amigável, vem se tornando bastante presente.
Tanto que, pela estimativa dos índios, há um cão para cada morador. Ou seja, 800 cachorros habitam aquele pedaço de mata atlântica.
Arredios, eles estão sempre prontos para matar uma galinha, iniciar uma briga ou avançar sobre as crianças.
Os pequenos guaranis já estão acostumados com dezenas deles correndo e pulando ao mesmo tempo nas capoeiras e se misturando aos sacos de lixo -para a loucura das mães.
Na volta da escola, além das mochilas, os meninos normalmente levam um pedaço de pau à mão: uma defesa contra as temidas "gangues caninas".
"Eu mesmo já foi mordido quatro vezes recentemente, quando chegava da escola", reclama Jeferson Xondaro, 17.
Como são muitos, afirma Jurandir Martin, 40, neto do cacique que iniciou a aldeia em meados do século 20, os cachorros andam em matilhas. Com afinco e dentes afiados, cada um defende "seu território" como pode.
"Os problemas por causa dos cães se multiplicam, não se limitam a brigas", diz Martin, professor do ensino fundamental da escola estadual Djekupe Amba Arandy, que funciona no local.
"Às vezes aparecem com sarnas e pulgas e entram em casa para fuçar nas coisas. Precisamos deixar tudo fechado. Um dia desses estavam destruindo fraldas da minha filha. Além de revirar muito o lixo", completa.
'DESOVA' DE CÃES
Já faz alguns anos que o local, cortado pela Estrada Turística do Jaraguá, que leva ao parque e ao pico de mesmo nome, virou um lugar de "desova" dos animais. "A situação piorou bastante ultimamente", diz Martin.
Segundo Márcia Venicio, 24, cacique da aldeia Ytu, os cachorros são abandonados na estrada até durante o dia. A comunidade é a única em terras demarcadas. "Eles são atirados pela janela do carro", diz a cacique.
Um dos líderes de outra aldeia, Vitor Guarani, diz que não é raro que os cães mais bravos impeçam as crianças de chegar à casa de reza.
Apesar de manterem suas tradições –entre elas, as casas de reza e a língua guarani ensinada aos pequenos na escola– os índios do Jaraguá vivem em condições precárias. No riacho, antes usado para nadar, hoje ninguém se atreve a entrar de tão sujo.
Os indígenas vivem de doações –e não são os únicos. Um grupo de defesa dos animais visita as aldeias duas vezes por mês. "Eles doam ração suficiente para alimentar todos os cachorros. E fazem as castrações", afirma Martin.
Funcionários da prefeitura, dizem os moradores, também costumam vacinar os cães. O problema, diz Martin, é que os animais não param de chegar. "Às vezes não dá tempo de castrar ou vacinar."
Como muitos dos cachorros descartados pelos donos estão doentes, é fácil vê-los perambulando pelas aldeias com as costelas à mostra, o pelo falhado e feridas aparentes.
"Não queremos transferir o nosso problema para os outros. E muito menos que eles sejam mortos. Muitos aqui acabaram adotando alguns, mas seria interessante que a população de cachorros caísse pelo menos pela metade", afirma o professor.
Segundo ele, a melhor forma de resolver o problema seria a adoção. Enquanto isso, melhor não descuidar. (UOL)
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Cães vira-latas invadem terra indígena em São Paulo e perturbam o dia-a-dia do local
Quatro aldeias do Jaraguá, zona norte de São Paulo, passam por uma superpopulação de cães vira-latas. Segundo estimativas dos índios em entrevista à Folha de S.Paulo, cerca de 800 cachorros moram na região, área de mata atlântica.
Abandonados por seus donos na região, muitos cães estão doentes ou com feridas expostas. Muitos se organizam em matilhas e ameaçam as crianças das aldeias.
Contra as "gangues caninas", algumas crianças até mesmo passaram a circular com um pedaço de pau. "Eu mesmo já fui mordido quatro vezes recentemente", relatou Jeferson Xondaro à reportagem da Folha.
Segundo os moradores, além das brigas entre si, os cães reviram lixos, atacam criações de galinhas e atrapalham a circulação dos índios, especialmente as crianças.
Funcionários da prefeitura costumam vacinar e castrar os cães, medidas adotadas também por grupos de defesa dos animais, que ainda levam ração para os cães.
Para o professor Jurandir Martin, 40, o ideal seria que a população de cães caísse pela metade, mas ele não defende o sacrifício dos bichos. Para ele, a solução seria a adoção dos bichos abandonados por novos donos.
precisam acho fazer abrigos sem sacrifícios aos animais.
ResponderExcluirProtetoras tem se virado há anos alimentando, recolhendo, esterilizando os animais abandonados naquela região, mas tem sido como enxugar gelo. O mesmo acontece na região de Parelheiros, é um absurdo!
ResponderExcluirSe não houver um mutirão de educação ao povo, nunca encontrarão uma solução definitiva para essa situação que não tem fim.