29/07/2014

Coordenador do CONCEA defende alternativas ao uso de animais em pesquisas



Leitores amigos, eu conversei com o Dr. Granjeiro no sábado e ele me pareceu muito cordato. Vocês ouviram nossa  entrevista.  E, por me parecer um homem muito inteligente, vou encaminhar esta postagem para ele, pedindo, educadamente, que ele cancele a  RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 17, DE 3 DE JULHO DE 2014. Ela é abusiva legalmente e desrespeitosa à nossa inteligencia. Não quero perder tempo de discutir isto na justiça, porque se tiver que ir até lá, não vamos brigar por isso... VAMOS ACABAR COM O CONCEA!! Verdade, eu juro!!!!!

Quem me conhece sabe que não brinco em serviço, portanto.... cuida comigo..... Seria correto o cancelamento ou retirada deste  item 5º totalmente ilegal. Já chega a gente ter que brigar com esta porcaria que está la no Senado, né mesmo?

"Art. 5º - O reconhecimento do método alternativo validado ocorrerá por deliberação plenária do Concea, considerando o parecer da Câmara de Métodos Alternativos, ouvidos os órgãos oficiais pertinentes.
Parágrafo único - Após o reconhecimento pelo Concea do método alternativo, fica estabelecido o prazo de até 5 (cinco) anos como limite para a substituição obrigatória do método original pelo método alternativo."

O Dr. Granjeiro já está até propagando esta monstruosidade para estudantes leigos e facilmente manipulados. Olha a matéria abaixo:
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Coordenador do CONCEA defende alternativas ao uso de animais em pesquisas - G1
Pesquisador do Inmetro reconhece que país precisa avançar na área.
Palestra ocorreu durante 66ª Reunião Anual do SBPC.

Professor José Mauro Granjeiro realizou palestra (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
O uso de animais em pesquisas científicas é um assunto controverso. Há quem seja contra e há quem defenda a prática. O tema polêmico foi discutido nesta quinta-feira (24), durante 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Rio Branco. Palestrante no evento, o
professor doutor e pesquisador José Mauro Granjeiro, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), defendeu o uso de métodos alternativos à utilização de animais, quando houver possibilidade de substituição, mas reconhece que o país precisa avançar nessa área.

Granjeiro explicou que, diferente da pesquisa cientifica, a área do ensino ainda não tem uma referência para a validação de métodos alternativos ao teste no uso de animais. "Temos um competência fantástica na área de educação que pode estabelecer estratégias e ferramentas para avaliar métodos de ensino, e por que não métodos alternativos? É um grande desafio que o nosso país tem e temos competência para desenvolver isso", afirma.

Para o pesquisador, apesar de o Brasil ter competência para realizar ensaios alternativos que reduzam ou substituam o uso de animais, existem poucos laboratórios reconhecidos pelas Boas Práticas Laboratoriais (BPL), um sistema de gestão da qualidade e uma documentação adequada de todos os procedimentos realizados.
"Ele dá mais confiança a quem analisa os resultados, que foi feito adequadamente. Quando a gente analisa o número de laboratórios reconhecidos em BPL no Brasil, verificamos que são poucos, apenas 33. Desses, apenas cinco ou seis fazem, por exemplos ensaios toxicológicos, e a maioria faz ensaios utilizando animais. Em outras palavras, nós temos pouquíssimos laboratórios reconhecidos em BPL que já façam ensaios alternativos", diz.

Ele ressalta que o uso de métodos alternativos é utilizado em casos específicos. Cada tipo de pesquisa tem uma forma diferenciada ao uso de animais e a possibilidade, ou não, da existência de um método alternativo.
"Algumas perguntas são muito claras, como por exemplo, o material produz irritação ocular? Então, existe um método que responda essa pergunta sem precisar de animal. Agora quando a gente pergunta se determinado composto químico pode promover efeito negativo no sistema reprodutivo do animal ou ser humano, não temos métodos alternativos para ver o sistema reprodutivo ser afetado", exemplifica o professor.

Ele explica que a definição do uso de animais, seja para fins científicos ou didáticos, é definido pelo Comitê de Ética de Uso de Animais (Ceua) que existe em cada instituição que necessite realizar testes. "É o comitê que recebe o protocolo, enviado pelo pesquisador, analisa, discute, pede alguma modificação e no final rejeita ou aprova, de acordo com as diretrizes das regulamentações que o Concea [Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal] vem estabelecendo e que a lei determina", diz. 

Vários estudantes e pesquisadores compareceram na palestra (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
Granjeiro afirma que uma resolução que proíba imediatamente o uso de animais em favor do método alternativo é inviável, por isso, o conselho aprovou uma resolução que prevê até cinco anos para que o método alternativo validado seja implementado. "A gente corre o risco de colocar o país em uma situação de impasse, porque não tem laboratório pronto agora para mudar toda uma tecnologia para outra, elas são muito distintas. Por isso a resolução 17/2004 prevê até cinco anos e só a partir disso, se proibiria o uso de animal para aquele tipo de ensaio a qual se refere o método alternativo aprovado", afirma.  (grifo meu)

A estudante de veterinária Raissa Moraes participou da palestra e sabe da necessidade do uso de animais para fins didáticos. Ela percebeu que a questão do uso de animais 'vai muito além do que pensava'. "A palestra é bastante rica em informações,  mostrando que essa questão de uso de animais, vai muito além do que pensamos e não é tão simples assim. Como foi mostrado na palestra, substituir esse uso envolve muitas questões que nós, estudantes, talvez não imaginávamos", diz.
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Só para lembrar:
Pesquisadores e autoridades discutem alternativas ao uso de animais

2 comentários:

  1. "Em dez anos, apenas 1 droga para Alzheimer foi aprovada". "Mais de 99% dos testes de drogas para combater o Alzheimer falharam na última década. Somente uma nova droga foi aprovada desde 2004, segundo estudo do Centro de Pesquisa Britânico de Alzheimer. A situação é pior do que os testes de câncer, com taxa de fracassos de 81%. Para os cientistas, a quantidade de falhas é especialmente preocupante, pois as empresas farmacêuticas podem deixar de investir neste tipo de pesquisa". (O GLOBO - JULHO 2014).
    .....E tome bichinho morrendo, à toa, nos laboratórios.

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  2. Acredito que outra questão que precisa ser tratada neste processo é a falta de informações sobre os métodos usados para obter o registro dos produtos no site da ANVISA. Fiz várias consultas aos Bancos de Dados que estão neste link mas nenhuma apresentou este tipo de informação
    http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Servicos/Consulta+a+Banco+de+Dados/Cosmeticos
    É preciso aumentar a transparência neste processo para que o cidadão possa atuar como fiscal.
    Eu envie uma mensagem pelo Fale Conosco deles para solicitar que seja dada mais transparência a este processo.
    http://www.anvisa.gov.br/institucional/faleconosco/FaleConosco.asp

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