07/12/2013

Falta de informação leva cães ao abandono em São Paulo

Este estudo vem de encontro ao que pensamos.... O abandono tem algumas razões, mas, não se tem registro oficial de que se abandona animais por causa de "férias" ou "festas de final de ano".... Não inventa, gente!!!! já é tão difícil o troço... Abrir a boca p´ra dar uma de "entendida" só prejudica nossa causa. Marli Delucca nos enviou este estudo interessante. Aliás, todas as razões apontadas são as mesmas que apuramos aqui no Rio.
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Reprodução
A falta de informação é um fator decisivo no abandono de cães na cidade de São Paulo. Foi o que concluiu a pesquisa de João D’Andretta, realizada na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP. O abandono de animais domésticos é um dos maiores problemas enfrentados pelo Centro de Zoonose (CCZ) do País.

Para D’Andretta, “a falta de informação sobre os perigos que o abandono de animais acarreta à população é flagrante” e a solução é mais simples do que parece: projetos educacionais. “As políticas públicas utilizadas no País até agora não foram eficientes. É necessário pensar
em novos métodos que estejam alinhados com a realidade brasileira.”

O estudo foi realizado no bairro Vargem Grande, com o envolvimento das ONGs Associação Habitacional Condomínio Vargem Grande (Achave) e a Sociedade Beneficente Quintal de São Francisco. O local foi escolhido por sua delimitação natural com a mata atlântica e pelo acesso restrito, que diminui a interferência de migrações de animais no estudo.

Fatores que influenciam a decisão
A pesquisa concluiu que são quatro os fatores principais que influenciam no abandono. Entre eles, cães com idade inferior a dois anos, pois filhotes costumam ser muito agitados, o que pode não ser compreendido pelos donos; não vacinar ou não levar a consultas veterinárias, posto que quanto menos cuidado é dispensado ao animal, menor a relação afetiva com o mesmo.

Além disso, animais sem permissão para entrar na casa e a aquisição de um ou mais animais nos últimos doze meses também interferem no abandono: no primeiro caso, conclui-se que cães que habitam o ambiente interno das casas geralmente ganham mais afeto, ou seja, há um estreitamento do laço afetivo, ao contrário de cães que são mantidos apenas nos quintais e áreas externas e vistos como cães de guarda. O segundo fator pode levar ao abandono devido às desavenças entre os animais e aumento de gastos, sujeira e latidos.

D’Andretta também analisou o caso dos gatos abandonados. Porém, “a quantidade de felinos incluídos no estudo não me permitiu fazer interferências estatísticas significativas”, conta. Ademais, a literatura sobre o tema é extremamente escassa e seria necessário mais tempo para se aprofundar no assunto.

Prevenir para não abandonar
São poucos os trabalhos desenvolvidos na área do abandono de animais. Deste modo, a criação de novas políticas públicas para prevenir esse crime é defasada. Muitas ações realizadas no país são replicadas de projetos internacionais. “No entanto, os fatores que levam ao abandono estão intimamente relacionados com a cultura e desenvolvimento do país. Ou seja, nem sempre o fator que leva ao abandono nos Estados Unidos é o mesmo que aqui no Brasil. Quanto mais estudos regionalizados produzirmos, mais perto estaremos de uma política eficaz.”

D’Andretta acredita também ser possível traçar um perfil detalhado de donos de animais mais propensos ao abandono com mais estudos. “A aplicação de um questionário e uma entrevista antes da compra ou adoção de um animal de estimação pode apontar fragilidades dessa relação.”

FONTE: AUN

6 comentários:

  1. Acho que todo ato de abandono, algo muito cruel, principalmente em se tratando de um dependente. Sempre levanto esta questão: - Você é capaz de torturar, causar dor, ser negligente ou abandonar quem jamais faria isto contigo? Quem está do seu lado independente dos acontecimentos e do seu caráter? Há momentos em que todos te deixam e a unica coisa que lhe resta é o apoio incondicional de uma pata amiga.

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  2. Muita gente não encara o cão(ou gato) com o mesmo amor, a mesma afetividade , que nós encaramos. O animal passa a ser como um objeto qualquer. O discurso de nós protetores, é sempre o mesmo " ADOTA" ' e pouco "NÃO ABANDONA." e pouco, sem apoio das prefeituras, "CASTRE O SEU ANIMAL" O adotar é igual a enxugar gelo, tem não fim, não soluciona o problema da população de animais nas ruas.

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  3. Concordo com Sra. D'andretta em alguns pontos como a falta de informação é realmente fator muito importante e causa principal para esta atitude irracional do bicho HOMEM, mais informação é algo que temos todos os dias nas redes tecnologicas, claro que precisa de interesse da especie querer saber, o que nos parece ignorancia mesmo pq essa raça não quer é procurar aprender e ter atitudes certas, sem prejudicar ninguem e menos ainda estes animaizinhos que são sempre os mais prejudicados e maltratados e mortos também por esta índole ruim que bicho homem carrega e vem do berço, é criação, somos mesmos animais perigosos, deviamos ter o direito eterno a jaula e os outros animais virem pra nos ver isso seria o certo, hoje passo por um problema terrivel, que a senhora D'andretta comentou, a 2 anos estou procurando mudar de casa, porque a dona vendeu onde moro e onde moro não tenho espaço para ter cachorro e ha alguns anos atraz trabalhava na UIPA como voluntaria apenas para ajudar a ONG pq eles precisavam de pessoas para ajudar a cuidar dos amigos que moravam lá (cães e gatos) e com isto acabei me doando por completo com esta causa terrivel e embora com muita solução para causa, mais nossos governantes não estão nem ai, entaum se torna algo sem solução, a unica solução que os animais podem confiar é naquela que voce mesma se propõe a fazer e nunca tem fim pq voce consegue ajudar 50 cãe abandonados e aparecem outros 100 casos piores, ou seja, é uma luta sem fim e sem uma LEI que se faça presente na vida destas BESTAS e que PROIBA o abandono e maus tratos e assim segue esse crime sem solução e sem um ponto final. Como dizia estou a 2 anos procurando uma casa pq nessa epoca que trabalhava na UIPA acabei pegando dois cães um atropelado na DUTRA e outro filhote que apareceu aqui na rua onde moro, estou com estes dois cães já ha bastante tempo e isso sem a dona da casa saber, ate que, a dona resolveu pedir a casa pq vai vender e como moro aqui ha muitos anos ela esta deixando eu ficar ate arrumar uma casa que possa "pagar" e desde então estou indo ver toda casa que acho nas imobiliarias, em todas as imobiliarias, da zona norte e da zona leste e toda casa que vejo, que posso pagar e que tem quintal que não vá incomodar ninguem (vizinhos) vou pesquisar para saber das casas e nenhuma, mais nenhuma delas permite animais, nenhuma voces acreditam nisso, vão achar que é mentira minha mais não é, assim que pergunto nas imobiliarias se existe alguma restrição, elas consultam e informam algumas não aceitam nem crianças e nem animais, mais a grande maioria não aceita mesmo animais, crianças ate aceitam "algumas", mais cachorros e gatos não aceitam, outros animais tipo passaros ou outros animais que fiquem dentro de caixas, gaiolas, presos mesmo, as pessoas nem avisam que tem pq ninguem vai ver mesmo, agora cachorro e gato não tem como, se voce se arriscar em alugar sem comunicar que tem e dono do imóvel descobre, por esta cláusula de contrato ele pode pedir a casa e voce ter que sair no dia seguinte, segundo as imobiliarias.
    Então gentem precisamos mudar isto, pq muitas pessoas chegam a um ponto que sem achar onde morar que já é tão dificil pagar o valor que pedem, conseguir achar que aceitem crianças, ser uma casa onde vc possa morar com confiança e sem preocupação por uma serie de motivos e ainda que aceitem cachorros e gatos é como secar gelo, impossivel e eu hoje estou vivendo isso na pele e falo pra voces, temos que mudar isto, essa clausula que proibe quem vai entrar pra morar, quem vai morar, se vai ter passaros ou cachorros ou gatos ou peixe isso não deve ser impedimento para morar, vamos tratar isto que vai melhorar muito esse caso de abandono.
    OBRIGADO.

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  4. “A aplicação de um questionário e uma entrevista antes da compra ou adoção de um animal de estimação pode apontar fragilidades dessa relação.”
    Por isso a SUIPA é extremamente rigorosa no processo de adoção e muitas pessoas não entendem. Uma vez o meu tio foi lá com a minha prima e eles não liberaram pois queriam que a minha tia também estivesse presente na entrevista, perceberam que o meu tio estava lá para agradar a minha prima e que a minha prima, ainda adolescente, não iria assumir a responsabilidade de cuidar do animal.

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  5. A respeito deste tema, sugiro a leitura do Projeto Posto de Proteção do Vereador José Franson -Tatuí-SP, voltado à prevenção do abandono, mediante controle populacional preventivo e atendimento continuado aos animais por duplas de protetores, sendo um voluntário e um profissionalizado, este integrante do quadro municipal, realocado para ser protetor público de animais. Necessita-se de uma dupla - um posto- para cada grupo de dez mil habitantes, mutirão inicial de castração de 80% das fêmeas, bairro por bairro, cadastramento de lares voluntários e o acolhimento de dois animais por cada escola municipal, para recuperação durante o período pós-cirúrgico das cadelas de rua. Tal medida socorrista a cargo das escolas públicas, tempera o aspecto educativo para a posse responsável ao promover os primeiros cuidados e apresenta solução pelo encaminhamento a lares adotivos. O Projeto prevê ainda a manutenção de um cadastro de lares voluntários, temporários ou definitivos.Cada comunidade municipal pode criar a sua "Família dos Amigos dos Animais" a fim de convencer o Prefeito a adotar as diretrizes do Projeto, cujo objetivo é erradicar o abandono. Na minha Cidade,Rio Grande-RS, já se construiu uma "Família" e a cópia do Projeto Posto de Proteção foi protocolada, com permissão do autor José Franson, junto ao Gabinete do Prefeito, o qual prometeu avaliar a proposta.

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  6. A vizinha da rua de trás, cuja casa está de costas pra minha, entrou no carro com o marido e a filha de dois anos e foram todos passar as férias no litoral. Encontramos o cachorrinho deles, vagando no município de Diadema sentido à rodovia dos Imigrantes que dá acesso ao litoral sul de São Paulo.

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