Que safada!!!!! o pessoal da proteção que trabalha com adoção tem que ficar esperta diante destas perebentas da vida.... ô nojo!!!!!
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Veterinários afirmam que cães sofreram maus-tratos para mudança de aparência. Mulher de 24 anos afirma ser inocente.
A Polícia Civil de Sorocaba (SP) indiciou nesta quinta-feira (20) uma vendedora de cães por estelionato, após uma investigação que começou em agosto do ano passado, identificar que os animais vira-latas sofriam maus-tratos e eram vendidos pela internet como se fossem cães de raça.
De acordo com a Polícia Civil, que interrogou a suspeita na Delegacia Seccional, ela chegava a cortar a orelha dos cachorros que teriam vindo de doações. Vários casos foram denunciados à polícia. Na saída da delegacia, Jaqueline Moro dos Santos, de 24 anos, disse à TV TEM que é inocente.
Segundo o delegado Marcelo Carriel, que investiga o caso, sete pessoas ouvidas durante a investigação confirmaram que ela é a responsável pelas vendas e de responder com ameaças a quem questionava a procedência dos animais.
“Não existe dúvida nenhuma. Ela foi reconhecida por várias vítimas como a que, efetivamente, fez as vendas dos animais. Ela foi indiciada pelo estelionato continuado e, agora, faltam alguns detalhes para o término do inquérito, como o veterinário que atendeu esses animais e que constatou os maus-tratos.”
Carriel recomenda que as pessoas não comprem animais sem saber a origem e frisa que, após o laudo do veterinário, Jaqueline também vai ser indiciada por maus-tratos. Ainda segundo a polícia, durante os golpes a suspeita também teria usado outros nomes para fazer as negociações.
Negociações na internet
Ao contrário do que alega a suspeita, uma das compradoras, que preferiu ter a identidade preservada, conta que a cachorra “Channel” foi anunciada em um grupo de trocas e vendas pela internet, e pelo aplicativo WhatsApp, como sendo da raça Maltês. Na negociação, o cão foi comprado por R$1,3 mil e a entrega feita no estacionamento de um supermercado da cidade.
Após a compra, a dona percebeu que algo estava errado com o animal. “Falaram pra mim: 'você comprou um Maltês mesmo? Porque ela não se parece nada com um maltês', aí comecei a achar estranho”, diz.
A vítima procurou um veterinário, que examinou o animal e confirmou as suspeitas. “O formato, o tamanho, a aparência do pelo. Apesar do pelo estar danificado pelo estado do animal, não aparenta ser de um animal da raça maltês”, afirma o veterinário Bruno Monteiro. Na época, a cadela estava anêmica e desnutrida, e morreu depois de alguns dias.
Outra mulher também caiu no golpe e comprou um animal de estimação que acreditava ser um Maltês. Ela afirma que pagou R$ 300 à vista pelo animal, que estava fraco e não conseguia ficar em pé. “Fiz contato com ela [vendedora], fez de conta que não era com ela, evitava responder e acabou bloqueando”, conta a vítima, que tentou salvar a vida do cãozinho Nick, mas ele não resistiu e morreu. "Não é pelo dinheiro que ela tira das pessoas e, sim, o que ela faz com os animais, né", afirma uma das mulheres lesadas.
No ano passado, o G1 procurou a suspeita, que afirmou trabalhar como diarista e disse não vender animais. A mulher ressaltou ainda que pessoas teriam feito perfis falsos em redes sociais para vender os animais em nome dela.
"Eu criava três raças de cachorro quando fui casada, há cinco anos. Eu vendia na feira da barganha. Eram meus filhotes, uma vez por ano. Hoje eu trabalho em casa de família, não vendo e nem tenho cachorro em casa mais. Essas pessoas que estão me acusando tem que provar o que estão falando", disse na época.
Dos animais machucados, cerca de quatro casos parecidos chegaram à Fundação Alexandra Schlumberger (FAS), uma Organização Não Governamental (ONG) de Sorocaba, que atua na adoção e cuidados de animais há mais de 10 anos.
“Corte da cauda para deixar com a característica da raça na orelha. Teve até um caso de pequeno corte na orelha também”, disse o veterinário da ONG, Thiago José Gasparini, quando começaram a surgir diversos cães mutilados.
A orientação do veterinário e dos policiais é de que os animais sejam adotados de ONGs credenciadas ou de canis licenciados, além de sempre pesquisar sobre os endereços e visitar o local onde eles são criados.