Tem gente que gosta de ser ridículo.... conseguiu aparecer este bobalhão.... só quem não tem cabeça p´ra pensar ia concordar com esta estupidez.... Se fosse assim os humanos corriam das intempéries bem antes que elas acontecessem como os animais fazem, pois é através do faro que eles se mandam antes da desgraceira.... Eles sentem o cheiro de tudo com antecedência....
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Em artigo na 'Science', pesquisador destaca que afirmação foi propagada sem base científica sólida
RIO — Um artigo publicado nesta sexta-feira na revista "Science" quebra um mito que perdurou por muito tempo: o de que o faro dos animais é melhor que o dos humanos. Segundo uma pesquisa da Universidade Rutgers, dos Estados Unidos, o olfato dos humanos é tão bom quanto de outros mamíferos.
O neurocientista John McGann, que conduziu o estudo, aponta que o mito teria surgido por volta do século XIX quando um cientista Paul Broca descobriu que o tamanho de uma região do cérebro de algumas espécies estava relacionado ao bom desempenho de tarefas associadas a elas. Sendo assim, como os seres humanos tinham um bulbo ofativo relativamente menor, o neuroanatomista concluiu que o humanos tinham capacidade olfativa prejudicada.
— Por muito tempo, as pessoas não conseguiram parar e questionar essa afirmação, mesmo aqueles que estudaram o senso do olfato para toda a vida", afirmou McGann, dizendo ainda que a capacidade olfativa dos humanos é admirável. — Podemos detectar e discriminar uma gama extraordinária de odores. Somos mais sensíveis que roedores e cães para alguns cheiros, somos capazes de rastrear odores em trilhas e nosso estado comportamental e afetivo é influenciado pelo olfato.
De acordo com McGann, o mito iniciado com Paul Broca acabou influenciando outras personalidades o que culminou com a difusão da máxima de que o olfato dos homens é menos poderoso que de alguns animais. O pesquisador cita o exemplo de Freud que teria sido influenciado pela teoria de Broca e concebido a partir daí que tal deficiência tornava os humanos suscetíveis a doenças mentais.
O autor da pesquisa defende que não há base para dizer que somente o tamanho do bulbo olfativo influencia na capacidade de captar cheiros. Ainda assim, ele diz que essa região do cérebro humano é consideravelmente grande e com número similar de neurônios quando comparada à de outros mamíferos.
A pesquisa também combate o argumento de alguns estudos que comparam a genética de homens e roedores no que diz respeito à capacidade olfativa. De acordo com pesquisas científicas, enquanto camundongos têm genes para cerca de 1.000 tipos diferentes de receptores de odores, os humanos têm somente 400. McGann afirma que essa questão numérica não pode estar na base da discussão.
O médico argumenta que menosprezar o olfato humano tem feito com que muitos profissionais negligenciem sintomas que podem ser utilizados para identificar outras doenças.
— Algumas pesquisas sugerem que perder o senso olfativo pode ser o início de problemas de memória e doenças como Alzheimer e Parkinson. Uma esperança é que o mundo médico comece a entender a importância do olfato e que perdê-lo é uma grande coisa — afirma McGann.
FONTE: oglobo