Pois é, os camaradas usam o espaço dos lobos para criar seus bichos comercialmente e aí matam eles porque estão reagindo? Não dá para entender..... 40 lobos... pobres animais..... Eu lamento a morte dos 10 mil animais mortos por eles, mas, se assim acontece é por causa dos humanos e não por eles.
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O governo francês autorizou, na semana passada, o abate de 40 lobos em todo o país até 2018. O motivo é o rápido e inesperado aumento da população da espécie Canis lupus que, para se alimentar, vem invadindo as fazendas de criação de ovinos e bovinos e promovendo grandes matanças.
No período de apenas um ano, quase 10 mil animais, entre vacas, cavalos, cachorros de guarda e, principalmente ovelhas, foram mortos por alcateias. O problema é em grande parte verificado em áreas agrícolas do sul, sudeste e sudoeste da França, mas tem sido registrado pontualmente também em outras regiões, inclusive próximas a Paris.
Mas embora a decisão do governo de abate dos lobos tenha sido saudada por associações de pecuaristas, ela é extremamente criticada por ONGs de defesa dos animais. A principal reclamação é que a quantidade de animais que será eliminada é muito alta em relação à população existente. Segundo o Escritório Nacional da Caça e da Fauna Selvagem, há atualmente 360 lobos na França.
"Um estudo publicado em março pelo próprio ministério da Transição Ecológica e Solidária mostrou que é preciso tomar cuidado porque estamos autorizando o abate de muitos lobos. Ficamos decepcionados com essa decisão, esperávamos mais do governo. Pensávamos que o ministro Nicolas Hulot utilizaria seu bom senso ao tratar desta questão", disse Madline Reynaud, diretora da Associação pela Proteção dos Animais Selvagens, em entrevista à rádio France Inter.
Segundo ela, há outras soluções para poupar os rebanhos de ovinos dos ataques dos lobos, sem a necessidade de abatê-los. Como o <i>Canis lupus</i> é uma espécie protegida em todo o território europeu pela Convenção de Berna, há medidas pré-estabelecidas para tratar do problema.
"Cercas mais eficazes, a ajuda de mais pastores no campo ou mesmo o aumento de cachorros treinados para fazer a guarda das ovelhas e vacas. As estratégias para a proteção das criações de animais já existem, elas só precisam ser revisadas. Por isso, estamos dialogando com o governo para que esses métodos de proteção dos rebanhos sejam estudados e melhorados", reitera Madline Reynaud.
PROBLEMA PERSISTE HÁ 20 ANOS
A reação das ONGs de proteção dos animais irritam os criadores de gado. De acordo com a presidente da Federação Nacional Ovina, Michelle Boudoin, várias medidas são colocadas em prática há 20 anos, sem que o problema dos ataques contra os rebanhos seja solucionado.
"Além de ter sido registrado um aumento de 20% da quantidade de lobos na França, eles estão hoje presentes em mais de 33 departamentos da França e até mesmo perto de Paris. Para nós, pouco importa quantos lobos serão abatidos. A única coisa que queremos é que não haja mais ataques", afirma.
Segundo ela, devido à rigidez das leis estabelecidas na Convenção de Berna, que obriga a França a respeitar e a monitorar a proteção dos lobos, os criadores de ovinos e bovinos se veem de mãos atadas.
Até o momento não encontramos uma solução e não temos muita margem de manobra para agir. Por isso, o que estamos discutindo hoje com os ministérios da Transição Ecológica e Solidária e da Agricultura: como reeducar os lobos para que eles permaneçam em seu habitat sem chegar em nossos rebanhos.
"Há experiências novas desenvolvidas nos Estados Unidos e no Canadá. Estamos utilizando todo o conhecimento que acumulamos nesses 20 anos de predação de nossas ovelhas, vacas, cavalos e, às vezes, cachorros, para ajudar a barrar o aumento da quantidade de lobos e dos departamentos colonizados pela espécie", diz Michelle Boudoin.
O governo Macron, focado no enxugamento de gastos, tem forte interesse em resolver o problema. Em 2016, mais de € 21 milhões em indenizações foram desembolsados a criadores de ovinos e bovinos vítimas de ataques de lobos.
Diante dos gastos, da insatisfação dos pecuaristas e das reclamações de ONGs de defesa dos animais, os ministérios da Transição Ecológica e da Agricultura pretendem dialogar com os dois grupos a partir de setembro para encontrar uma solução que satisfaça ambos os lados.
No período de apenas um ano, quase 10 mil animais, entre vacas, cavalos, cachorros de guarda e, principalmente ovelhas, foram mortos por alcateias. O problema é em grande parte verificado em áreas agrícolas do sul, sudeste e sudoeste da França, mas tem sido registrado pontualmente também em outras regiões, inclusive próximas a Paris.
Mas embora a decisão do governo de abate dos lobos tenha sido saudada por associações de pecuaristas, ela é extremamente criticada por ONGs de defesa dos animais. A principal reclamação é que a quantidade de animais que será eliminada é muito alta em relação à população existente. Segundo o Escritório Nacional da Caça e da Fauna Selvagem, há atualmente 360 lobos na França.
"Um estudo publicado em março pelo próprio ministério da Transição Ecológica e Solidária mostrou que é preciso tomar cuidado porque estamos autorizando o abate de muitos lobos. Ficamos decepcionados com essa decisão, esperávamos mais do governo. Pensávamos que o ministro Nicolas Hulot utilizaria seu bom senso ao tratar desta questão", disse Madline Reynaud, diretora da Associação pela Proteção dos Animais Selvagens, em entrevista à rádio France Inter.
Segundo ela, há outras soluções para poupar os rebanhos de ovinos dos ataques dos lobos, sem a necessidade de abatê-los. Como o <i>Canis lupus</i> é uma espécie protegida em todo o território europeu pela Convenção de Berna, há medidas pré-estabelecidas para tratar do problema.
"Cercas mais eficazes, a ajuda de mais pastores no campo ou mesmo o aumento de cachorros treinados para fazer a guarda das ovelhas e vacas. As estratégias para a proteção das criações de animais já existem, elas só precisam ser revisadas. Por isso, estamos dialogando com o governo para que esses métodos de proteção dos rebanhos sejam estudados e melhorados", reitera Madline Reynaud.
PROBLEMA PERSISTE HÁ 20 ANOS
A reação das ONGs de proteção dos animais irritam os criadores de gado. De acordo com a presidente da Federação Nacional Ovina, Michelle Boudoin, várias medidas são colocadas em prática há 20 anos, sem que o problema dos ataques contra os rebanhos seja solucionado.
"Além de ter sido registrado um aumento de 20% da quantidade de lobos na França, eles estão hoje presentes em mais de 33 departamentos da França e até mesmo perto de Paris. Para nós, pouco importa quantos lobos serão abatidos. A única coisa que queremos é que não haja mais ataques", afirma.
Segundo ela, devido à rigidez das leis estabelecidas na Convenção de Berna, que obriga a França a respeitar e a monitorar a proteção dos lobos, os criadores de ovinos e bovinos se veem de mãos atadas.
Até o momento não encontramos uma solução e não temos muita margem de manobra para agir. Por isso, o que estamos discutindo hoje com os ministérios da Transição Ecológica e Solidária e da Agricultura: como reeducar os lobos para que eles permaneçam em seu habitat sem chegar em nossos rebanhos.
"Há experiências novas desenvolvidas nos Estados Unidos e no Canadá. Estamos utilizando todo o conhecimento que acumulamos nesses 20 anos de predação de nossas ovelhas, vacas, cavalos e, às vezes, cachorros, para ajudar a barrar o aumento da quantidade de lobos e dos departamentos colonizados pela espécie", diz Michelle Boudoin.
O governo Macron, focado no enxugamento de gastos, tem forte interesse em resolver o problema. Em 2016, mais de € 21 milhões em indenizações foram desembolsados a criadores de ovinos e bovinos vítimas de ataques de lobos.
Diante dos gastos, da insatisfação dos pecuaristas e das reclamações de ONGs de defesa dos animais, os ministérios da Transição Ecológica e da Agricultura pretendem dialogar com os dois grupos a partir de setembro para encontrar uma solução que satisfaça ambos os lados.
FONTE: folha.uol