Ontem publicamos sobre Como um cão sobreviveu às chamas perto da estrada da morte lá em Portugal que está vivendo um drama enorme por causa dos incêndios florestais. Mas, hoje estamos atualizando o caso porque muita gente queria saber o que aconteceu com o cão que se chama Rex. Vejam aí a matéria que Margarida nos mandou:
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Rex é um cão de seis meses que numa reportagem televisiva foi dado como tendo escapado ao fogo de Pedrógão Grande, ao contrário dos donos. Afinal, ninguém morreu.
Naquela propriedade de Barraca da Boavista, perto da Estrada Nacional 236 (EN 236), o fogo causou danos materiais, mas poupou pessoas e animais, disse ao JN, ao final da tarde desta segunda-feira, Rodrigo Coelho, um dos donos do cão. "O cão sobreviveu ao incêndio e não morreu ninguém", resumiu.
O veterinário Paulo Sousa, da Zoosaúde - Serviços Médicos, com sede em Penela, foi uma das pessoas que se deslocaram ao local para verificar o estado do animal, após a emissão da reportagem, depois de ter sido contactado por diversas pessoas "indignadas" por, aparentemente, o cão ter sido lá deixado.
Só que Paulo Sousa encontrou Rex "todo bem disposto" - "veio lamber-me as mãos" - e com "água fresca" à disposição. O veterinário constatou que o cão "não está maltratado", tem chip e está vacinado. O mesmo garantiu Daniela Patriarca, voluntária da associação Agir pelos animais que também foi ao local: "O animal não está negligenciado".
Rex escapou, de facto, ao fogo, como explicou Rodrigo Coelho. Quando o pai de Rodrigo Coelho chegou ao local, já as chamas tinham consumido duas carrinhas de uso profissional, uma delas funerária, um barracão com material diverso e a parte velha da casa, mas tudo o resto, incluindo a zona onde estavam os animais, ficou intocado, explicou.
Os animais são outras das vítimas da tragédia. Daniela Patriarca, que nesta segunda-feira correu a zona de Castanheira de Pera de carro, à procura de bichos que precisassem de ajuda, devolveu dois cães aos donos e recolheu um terceiro, que ficará disponível para adoção caso não se descubra o seu lar.
"O cenário é macabro", segundo Daniela, que viu vários cadáveres de veados, cães e outros animais que não conseguiu identificar.
Fonte: JN - PT