A notícia publicada pelo Estadão sobre a saída do Ministro da Cultura do Governo Temer no dia 18/11, foi esta:
Uma das razões que motivaram a saída do ministro da Cultura, Marcelo Calero, foi o impasse em torno do projeto, aprovado no Senado na semana passada, que dá à vaquejada status de manifestações da cultura nacional e os eleva à condição de patrimônio cultural imaterial do Brasil. O ministro chegou a pedir ao presidente Michel Temer que vetasse a lei. Encontrou obstáculos de ministros próximos ao presidente, que defendem ainda que Temer faça um evento grandioso para sancioná-la já que o tema teve muita repercussão com a manifestação de vaqueiros em Brasília. Essa versão para a saída de Calero foi dada pelo ministro Geddel Vieira Lima, da articulação política. (Naira Trindade).
Ontem, eu consegui falar com o Assessor do ex-Ministro Marcelo Calero que me contou que: realmente, o ex-ministro recebera um grupo da Associação de Vaqueiros logo após a promulgação no Senado do PLC 24/2016 pedindo sua intercessão na rápida assinatura do Presidente Temer no referido projeto que eleva o Rodeio, a Vaquejada, bem como as respectivas expressões artístico-culturais, à condição de manifestação cultural nacional e de patrimônio cultural.
Acontece que, paralelamente, o atual Ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima, grande pecuarista e cacauicultor da Bancada Ruralista do Congresso, já vinha pressionando e tentando a aprovação de um projeto imobiliário em Salvador que dependia da assinatura do Marcelo. Como este não aceitou a pressão, e se demitiu, acredito que Geddel incluiu, também, a possível falta de apoio na assinatura do PLC 24 tentando disfarçar a verdadeira questão. A conferir nos próximos capítulos.