02/09/2017

Projeto pode pôr fim aos zoológicos catarinenses

Quer saber? eu gostei da ideia sim.... Não sabia deste PL. Vocês sabiam? Ele pretende acabar com estes locais em todo país que expõem animais sem a mínima condição de tratamento.
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Zoo Pomerode será um dos zoológicos afetados com o projeto de lei de autoria da senadora Gleisi Hoffmann, caso aprovado

O presidente da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil, Cláudio Hermes Mass, e o diretor do Zoo de Pomerode, Maurício Bruns, estiveram essa semana em Brasília para solicitar apoio do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC) contra o fechamento de mais de 100 zoológicos no país. O diretor do Zoológico de Brasília, Gerson Norberto, também participou da reunião.

A preocupação do grupo é com o Projeto de Lei (PLS 650/2015) de autoria da senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), que quer criar o Sistema Nacional de Proteção e Defesa do Bem-Estar dos Animais (Sinapra) e, entre outras medidas, acabar com zoológicos instalados fora das capitais. Se o projeto for aprovado, em Santa Catarina todos serão fechados no prazo de até dois anos. A medida acarretará na remoção de mais de quatro mil animais que vivem em Pomerode, Penha (Beto Carrero), Balneário Camboriú, Brusque e Joinville. 

Peninha assumiu o compromisso de exigir mudanças no texto do projeto assim que ele chegar à Câmara dos Deputados. "Nós sabemos do trabalho sério feito nesses locais, do bom atendimento aos animais e inclusive do potencial econômico que esses espaços promovem para suas cidades. Temos que aprovar uma legislação justa para o bem-estar animal, por isso é preciso no mínimo conhecer a realidade antes de apresentar um projeto absurdo como este", justifica o parlamentar.

Impactos do projeto
O fechamento dos zoológicos pode gerar um grave impacto para Santa Catarina, que só no ano passado recebeu mais de 2,5 milhões de visitantes em seus zoológicos. A maior perda, no entanto, será para os animais: como os locais são também centros de reabilitação, onde eles são tratados e devolvidos ao habitat, os zoológicos se tornam sua única chance de sobrevivência. "Os zoos recebem animais apreendidos. Muitas espécies já foram salvas de extinção por meio de esforços de profissionais desses locais, com programas de integração para as espécies ao seu ambiente de origem", explica Cláudio.

Tidos como a maior rede de educação ambiental do mundo, os zoológicos e aquários têm o foco de informar e sensibilizar a população para mudanças de atitude. "Nós temos 85 anos de história, de luta e também de reconhecimento, inclusive internacional, pela qualidade que alcançamos. Não podemos simplesmente abrir mão disso. Para onde vão esses animais? Estamos falando de aproximadamente 50 mil em todo o país", alerta Maurício.

Zoo Pomerode
Tem 85 anos de história e atualmente é o maior de Santa Catarina. Foi o primeiro zoológico da região Sul do Brasil. Abriga 1,1 mil animais de 270 espécies, muitas delas em risco de extinção. Uma pesquisa do Instituto Blumenauense de Ensino Superior aponta que 92% dos turistas visitam Pomerode com intenção de conhecer o espaço. Dos mais de mil animais que estão hoje no Zoo de Pomerode, 77% foram resgatados, vítimas de atropelamento, tráfico ilegal ou mesmo de circos e não poderiam retornar à natureza.
"O Zoo Pomerode tem se destacado no cenário Nacional pelo trabalho que tem realizado por meio de projetos sociais e modelo de gestão, além do trabalho realizado para manter espécies ameaçadas de extinção. Hoje são cerca de 39 espécies mantidas pelo Zoo e nove fazem parte de planos de conservação internacional", declara Maurício.

Outros Zoológicos de Santa Catarina que serão fechados, caso o projeto seja aprovado:

- Zoo Parque Beto Carrero World - Penha
Abriga pouco mais de mil animais em áreas que simulam o habitat natural, inclusive com possibilidade de o visitante caminhar por trilhas dentro de um viveiro natural. Foi no Beto Carrero que nasceu a única leoa branca em um zoológico brasileiro.

- Zoo Complexo Ambiental Cyro Gevaerd (Santur) - Balneário Camboriú
Possui aproximadamente 1,2 mil animais, sendo 91 espécies de aves, 29 mamíferos e 24 répteis. Além disso, abriga museu de artefatos arqueológicos, artesanato, oceanógrafo, taxidermia e esqueletos.

- Zoobotânico Joinville
O parque tem uma área de 17 mil metros quadrados, e foi construído após reinvindicação dos moradores. É um local onde a flora e a fauna da Mata Atlântica são preservadas, e servem de abrigo para mais de 200 animais, que habitam o Complexo Florestal do Morro da Boa Vista.

- Zoobotânico Brusque
A Fundação Parque Ecológico Padre Raulino Reitz tem 25 anos de história e possui um complexo de 120 mil metros quadrados em meio à mata nativa. Anualmente recebe mais de 40 mil alunos por meio do Programa de Educação Ambiental, com educação ecológica informal que busca despertar a consciência.

Fonte: Jornal Metas

2 comentários:

  1. Pq limitar zoológicos nas capitais? O Zoo do Rio fica na capital e é uma porcaria para os animais
    Não concordo com zoológicos como espaços de exibição de animais mas se AINDA não é possível proibir então deveriam regulamentar de modo que garantissem que somente estariam em funcionamento aqueles com projetos de preservação de espécieis e de reintrodução no seu habitat além dos que fazem resgate de animais em situação de risco (acidentados ou do tráfico)
    Os zoológicos atuais deveriam ter um tempo para se adequar ou fechavam, deslocando os animais para outros com condições de abrigá-los e os novos só poderiam entrar em funcionamento se cumprissem essas exigências
    Os animais deveriam ser microchipados, acompanhados através do sistema e periódicamente deveria haver um censo populacional
    No momento acho mais conveniente que o projeto proíba animais (selvagens e domésticos) em circos em todo o território nacional

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  2. Primeiro, antes de tudo, fazer um estudo pra saber pra onde seriam deslocados os animais. Há esses santuários, ou centros de reabilitação? Poderiam manter somente como locais de reabilitação, e a proibição de procriar e de comprar animais. Seriam realmente de "proteção" aos animais silvestres e selvagens. Querendo organizar, dá pra fazer, sim. Só que brasileiro já fica procurando uma maneira de burlar a lei. O "jeitinho" é que é o problema.

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