10/04/2017

Pássaros que não podem voltar à natureza ganham novos lares

Isto deveria ser feito no Brasil inteiro, mas, com o devido critério para quem ficar responsável pelos pássaros...
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O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) cedeu os cuidados de 32 pássaros silvestres a voluntários que se cadastraram junto ao órgão. São animais das mais diversas espécies nativas silvestres que não têm condições de retornar à natureza. Os voluntários fizeram o cadastro para serem guardiões dessas espécies. 

A adoção é sempre a última alternativa buscada pelo IAP para destinar aqueles animais que não conseguem ou não podem retornar à natureza. “Em situações como essa, nós sempre vamos procurar mantenedores, criadouros científicos ou institutos conservacionistas, que já têm expertise para cuidar do animal. Não sendo possível, em último caso, a gente pode entregar para uma pessoa física que tenha a consciência de que terá que cuidar do animal como se fosse uma criança. Esse cuidado é tanto com relação ao bem-estar do bicho quanto à condição financeira do adotante, pois o animal sempre trará despesas extras”, explica a diretora de Licenciamentos Especiais do IAP, Edilaine Vieira. 

Os novos guardiões dos pássaros assinaram um Termo de Guarda Provisório, no qual se comprometem a colocar anilhas de identificação e rastreamento nos animais em no máximo 15 dias, alimentar e apresentar anualmente laudos veterinários que comprovem as boas condições das espécies. Essas pessoas também assinam um termo de ciência de que podem ser fiscalizados pelo IAP em qualquer momento e que, se constatado algum dano ou maus tratos ao animal, a guarda poderá ser retirada. 

ESPÉCIES - Entre as espécies doadas nessa quarta-feira (05) estão: bicudo, coleiro do brejo, cardeal, pássaro preto, azulão, tiziu, melro, galo da campina, curió, bigodinho, periquito rei, pintassilgo, sangrinho, chupim e trinca-ferro. A profissional da área de comunicação Neusa Mansur recebeu a guarda de dois trinca ferros. Ela tinha se inscrito para receber a espécie logo que soube da possibilidade pela imprensa. “O trinca ferro me traz muitas recordações. Quando meu filho nasceu, há 31 anos, eu ganhei um pássaro desta espécie e o associava à maternidade. Eu gostava de acordar com o canto dele. Como trata-se de uma espécie muito difícil de comprar, quando eu vi que o IAP abriu a possibilidade de adotar, eu logo me inscrevi”, conta. 

RESGATE - A maioria dos animais adotados (29) foi resgatada por fiscais do IAP e da Polícia Ambiental na região de Paranavaí, noroeste do estado, em ações de fiscalização e de combate a tráfico de animais. Todos eles passaram por uma avaliação veterinária que constatou a impossibilidade do retorno à natureza, principalmente por estarem há muito tempo em cativeiro e não terem mais condições naturais de competirem por alimentos. 

Outros três pássaros foram encaminhados pela Polícia Ambiental, que atendeu denúncia de caça e comércio ilegal das aves em Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba. 

Além desses, quatro pássaros da espécie Periquito Real, também vindos da região de Paranavaí, serão destinados a um criadouro especializado e devidamente licenciado. “Esses periquitos não estão domesticados, por isso estamos destinando a um criador especializado. Nossa primeira tentativa sempre deve ser readaptar o animal para retornar à natureza”, explica Edilaine. 

ADOÇÃO - A pessoa que se interessar em receber um animal silvestre deve se cadastrar no site do IAP (http://www.iap.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1476) e entregar toda a documentação necessária. Somente após vistoria e autorização do IAP é que o animal é entregue ao solicitante, que deve informar ao órgão periodicamente qual a situação do animal. Em caso de maus tratos ou descumprimento das regras, o termo de guarda ou de depósito será suspenso. 

Para receber a guarda de um animal é necessário que a pessoa interessada possua um recinto em condições adequadas e aprovado pelo IAP, condições financeiras para manutenção do animal e um profissional (biólogo ou veterinário) para fazer o acompanhamento. Assim, quando um animal é resgatado, e se não houver a possibilidade de ser solto na natureza, ele é destinado aos solicitantes por ordem de cadastro. 

Ao se cadastrar no site do IAP, o interessado indica quais são os animais de sua preferência. Depois de concluído o cadastro, o Instituto entra em contato quando houver disponibilidade do animal indicado, já que a lista de espera é de pessoas que desejam adotar e não de animais apreendidos.

FONTE: bemparana

4 comentários:

  1. que seje adoções c responsabilidades.

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  2. Que seja, mas precisa ter a responsabilidade de não procriar para que os filhotes não precisem ficar presos também. Não doar a terceiros que não sejam cadastrados e serem fiscalizados de tempos em tempos, se houver a morte do animal que levem o corpinho para que o instituto faça a necrópsia e possa saber a causa da morte.

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  3. concordo c a comentarista acima ana gama.

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  4. É necessário que a pessoa tenha um viveiro para que o pássaro possa voar dentro dele. Gaiola não!

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