08/02/2017

Funcionários de matadouros sofrem uma série de transtornos psicológicos

Na época em que conquistamos o abate com insensibilização de pistola pneumática, estudei muito o tema e li relatos assustadores. Por mais sangue frio de homens que se propõem a trabalhar com matança de animais, tem uma hora que ele desaba. Cheguei a entrevistar a um funcionário de frigorífico aqui no Rio e ele me pareceu bastante perturbado ao falar sobre o assunto. Naquela época a insensibilização era com a marreta. Nos primeiros 10 bois a primeira marretada derrubava o animal, mas, daí em diante a força do camarada vai diminuindo e aí ele atinge olho, orelha, boca e tudo mais. A maioria é alcoólatra..... Matavam até 100 bois/dia.
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Um artigo do Texas Observer relata que os trabalhadores de matadouro enfrentam uma variedade de consequências emocionais e psicológicas negativas, incluindo o transtorno de estresse pós-traumático (PTSD).

Milhares de trabalhadores estão empregados nos cerca de 1100 matadouros inspecionados pelo governo federal nos Estados Unidos. Cerca de 70 dessas instalações ficam no Texas, principalmente em Mineola, Muenster e Windthorst.

Seus funcionários sofrem uma variedade de tensões físicas e perigos no trabalho, mas há evidências crescentes de que há sofrimento mental também.

Estas pessoas são contratadas para matar animais, como porcos e vacas, que são animais gentis. Realizar esta ação exige que elas se desconectem do que estão fazendo e dos seres vivos que estão à sua frente.

Essa dissonância emocional pode levar a consequências como violência doméstica, isolamento social, ansiedade, abuso de drogas e álcool e PTSD.

Há também evidências de que este trabalho leva ao aumento da criminalidade em cidades com matadouros.

Amy Fitzgerald, professora de criminologia da Universidade de Windsor, Canadá, argumenta que as comunidades com matadouros têm altos índices de criminalidade porque os trabalhadores estão “dessensibilizados” à violência que cometem e testemunha no trabalho. Esta dessensibilização é então refletida no seu comportamento fora das instalações.

A carne e outros componentes animais dos matadouros são cortados de muitas formas e entregues aos mercados. Há peles que viajam para a Turquia, bile destinada a empresas farmacêuticas, órgãos enviados para comunidades nativas americanas e fígado para a Arábia Saudita.

Há, é claro, as carnes que não fazem um caminho distante. São aquelas vendidas no mercado interno, em restaurantes e que estão na mesa de jantar das pessoas.

Seja qual for a carne, onde quer que seja vendida e, independentemente do que diz o rótulo, cada peça tem uma coisa em comum: há um trabalhador de um matadouro que teve que tirar a vida do animal e ele provavelmente experimenta algum nível de trauma emocional, reportou o PTSD Journal.

FONTE: anda

4 comentários:

  1. Não fomos criados para matar, nossa consciência nos adverte que isso não é legal e os que insistem nessa prática, sofrem as conseqüências extensivas à família, mulher e filhos que acabam contagiados pelo desequilíbrio antagônico de ser o lobo cruel com os animais durante o dia e após o expediente vestir a pele de carneiro para ser o bom pai, esposo, amigo e filho de Deus. Ninguém merece, nem mesmo os assassinos que compram o leite das crianças com o sangue dos inocentes.

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  2. Sempre me perguntei se esses caras conseguem dormir bem após um dia inteiro desse tipo de "trabalho". Penso que se o cara não quiser, ele não faz esse serviço, procura outro.

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  3. ñ matarás, nem ñ hmanos, e nem humanos.

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  4. Esse trecho me dá arrepios:

    "Amy Fitzgerald, professora de criminologia da Universidade de Windsor, Canadá, argumenta que as comunidades com matadouros têm altos índices de criminalidade porque os trabalhadores estão “dessensibilizados” à violência que cometem e testemunha no trabalho. Esta dessensibilização é então refletida no seu comportamento fora das instalações."

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