19/01/2017

Um cão vale mais que uma criança? - Portugal

Eu me proponho a publicar certas matérias somente para levar  as pessoas a pensarem..... Como pode esta colocação num país como Portugal em pleno século 21? Se bem que num país europeu, que vive uma civilização bem mais antiga que a nossa, ainda admite touradas é para se esperar mesmo tamanho besteirol... Enfim, que morra a mediocridade!!!!!
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Durante esta semana fiquei espantado com uma notícia que teve honras de primeira página num importante jornal diário português. Nessa mesma página anunciava-se a intenção de uma sociedade protetora de animais de resgatar 650 galgos das pistas de corrida de Macau para os trazer para Borba.

Para tal megalómana ação, a dita entidade já reuniu com o Ministro da Agricultura, tendo-lhe sido comunicado que estaria em planeamento um centro
internacional de recolha de galgos e animais abandonados, numa área de 30 a 50 hectares, com vista à posterior adoção desses mesmos animais, para os quais estaria também planeado um vôo charter desde Macau até Lisboa.

O meu espanto não decorre do facto de ser insensível ao panorama descrito dos animais em causa, muito pelo contrário, partindo do princípio de que o que descrevem é tal e qual a realidade. Não decorre também da minha falta de sensibilidade perante os cães, pois toda a minha vida gira em torno da importância que os mesmos têm para mim e para a minha família.

O que me espanta realmente é que o que aparece na primeira página de um jornal no dias de hoje sejam estas ideias pseudo-animalistas da criação de um "corredor humanitário" entre a China e Portugal para resgatar animais, envolvendo certamente uma quantia monetária exorbitante, sem que nessas mesmas primeiras páginas apareça uma notícia que diga que se irá criar em Borba ou onde quer que seja, um centro de acolhimento de crianças órfãs ou maltratadas, de idosos abandonados, de pessoas sem qualquer rendimento ou apoio familiar ou do estado, sejam elas Portuguesas, que infelizmente temos muitas, ou de qualquer outro País do Mundo, sejam elas os refugiados espalhados pela Europa, ou os muitos pobres extremos que existem por Portugal.

Essas notícias não aparecem, muitas vezes porque não acontecem, e quando meritoriamente acontecem raramente têm direitos de primeira página de um órgão de comunicação social importante a nível nacional.

Preocupa-me que um órgão de comunicação social considere pertinente esta notícia em detrimento de outras que envolvam pessoas e os graves problemas da nossa sociedade.

Preocupa-me também que os ditos animalistas se comecem a "atropelar" uns aos outros em guerras de quintais, pois se em Portugal todos os centros de acolhimento e canis municipais estão a rebentar pelas costuras e ainda nem está em vigor a lei de proibição de abates, vai-se então permitir que sejam resgatados 650 animais da China para adoção em Portugal, quando não existe nenhuma solução para os milhares que cá temos? Realmente, se esta é a forma prevista para educar a sociedade em como solucionar o problema dos animais abandonados em Portugal, prevejo que a resolução deste tema venha a ser ainda mais irreal do que aquela que se previa.

Não é de facto este o caminho, e certamente não deveria ser esta a importância jornalística dada aos problemas da nossa sociedade. É caso para dizer que para alguns órgãos de comunicação e para uma parte de ideologias raras da nossa sociedade, que vale mais a notícia do resgate milionário de cães da China do que tudo de importante que se faz em Portugal para ajudar as pessoas que precisam, e de toda a outra ajuda que certamente seria mais importante e necessária.

Para mim, mudem o estatuto jurídico dos animais, chamem-lhes o que quiserem, mas em minha casa os cães são tratados de uma forma fabulosa, mas não são família, nem nunca serão iguais ou mais importantes que as pessoas.

Dizem estes movimentos que os animais devem ser mais protegidos do que as pessoas, por os primeiros não terem, segundo eles, poder de escolha, ao mesmo tempo que tentam equipará-los aos humanos. Duas utopias erradas e sem sentido. Na realidade quem não tem poder de escolha são as muitas pessoas com dificuldades extremas.

Mas certamente hoje em dia fala-se mais nos corredores da Assembleia da República e nos órgãos de comunicação social dos problemas dos animais do que dos problemas das pessoas que necessitam de ajuda urgente. E isso, por muito que tentem defender qualquer que seja a ideologia, está errado.
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António Paula Soares é licenciado em Engenharia Biofísica e especialista em gestão de propriedades Rurais. Presidente da Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade e Presidente da Plataforma Sociedade e Animais


Fonte: Sábado PT

7 comentários:

  1. Especista nojento e explorador de animais! E o infeliz deve see meu parente distante porque temos o mesmo sobrenome. Por que ele não faz filantropia com seu dinheiro, para criancinhas e idosinhos?

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  2. Não gosto nada quando fazem esse tipo de comparação, mostra o quanto mesquinho nós somos. Não temos a mensuração nem do valor de uma vida humana, quanto mais de outro tipo de organismo.

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  3. mizerável!!!! jamais adotaria filo dos outros pra cuidar.animais ñ são interesseiros, ñ tem interesses economicos ou de poder social. ele ama e é incondicional o amor que sente! agora crianças de humanos! as vezes nem tem gratidão pelo que se fez a eles. pois pra mim, os animais estão a cima sim! de filhos de espécies humanas. existem muita diferença de animais ñ humanos pra animais humanos.na minha opinião meus aki em casa são meus filhos, parentes, família. e o tempo que ele julga aos que gostam de defender aos animais ñ humanos, porque ele ñ faz a parte dele de ajudar os idosos e crianças de humanos.muito fácil falar, dizer do jeito dele de especista c as outras espécieis.

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  4. o cara é latifundiário e é presidente de uma plataforma ( não sei exatamente o que significa isto)sociedade e animais, um perfeito contrasenso, nada a esperar além de lixo cerebral!

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  5. Mandei pra ele lá no tal artigo...


    É de se lamentar que uma criatura com a toda a formação universitária que este senhor demonstra em seu currículo, se dê ao trabalho de criar um texto imenso, vomitando imbecilidades.

    Estamos no século XXI (será que ele sabe que escrevi 21 em algarismos romanos?). Não se admite mais esse tipo de crítica! Não se admite mais práticas estúpidas como corridas de galgos e touradas, travestidos de apelidos como "tradições". Não são tradições e tampouco cultura. São, isto sim, a maneira que o ser humano tem de demonstrar a bestialidade inata.

    Gostaria de saber deste senhor, que agora, do alto da autoridade que ele acredita ter, para achar que sua opinião tem o peso e um valor tal a ponto de mudar o mundo, a quantas "criancinhas" ele já ajudou? A quantas entidades de orfanatos ou asilos de idosos, ele já compareceu para ao menos passar lá um dia ou uma tarde, para aliviar a tristeza dos internos?

    Pouco me importa se ele acredita piamente que seus cães tenham "tratamento fabuloso" na casa dele ou assim sejam tratados pela família dele. Ou ele acredita que assim seja, claro. Uma vez que se mostrou especista, o que pode ser considerado "fabuloso" para ele, jamais seria admitido em minha casa ou de qualquer outra pessoa que aprecie animais e os considere "família".

    Aliás, quem lhe deu o direito de afirmar o que deve ser considerado "família" para quem quer que seja?

    Francamente, aceite minha humilde opinião: saia de trás dos seus estúpidos diplomas. Eles certificam apenas que você passou algum tempo em cursos que não lhe ensinaram absolutamente nada que de fato interessa. Se quer criticar, se dê ao trabalho de fazer melhor primeiro. Doe seu tempo. Crie uma ONG humanitária.

    Já não é segredo que os críticos mais ferrenhos são justamente os que nada fazem. Deve ser o seu caso.

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  6. Tudo numa sociedade deve e precisa ser discutido, mas sempre que alguém diz estar preocupado com o interesse da proteção animal em detrimento ao acolhimento de crianças órfãs ou maltratadas, idosos abandonados ou pessoas sem qualquer rendimento, eu pergunto: "Quantas crianças essa pessoa adotou? Quantos asilos ele visitou? Quantas pessoas ele ajudou"?
    Evidentemente, nenhuma! Ficam com seus "popozões" gordos sentados e escrevendo as mesmas besteiras que já estamos cansados de ler, mas não são capazes de fazer, absolutamente nada por ninguém a quem eles afirmam estar tão preocupados. Se houvesse mesmo toda essa preocupação, cada um deles faria sua parte e não haveriam mais crianças órfãs, idosos abandonados, necessitados nas ruas.
    Chega de hipocrisia e chega desses papagaios de pirata.

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