13/01/2017

Animais fogem do fogo em matas e chegam a cidades buscando comida

Que coisa mais triste, meu Deus!!!!!
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Na região do Pantanal, situação é cada vez mais comum.
Em 2016 bombeiros de Corumbá capturaram 253 animais na área urbana.
Animais silvestres estão aparecendo dentro dos centros urbanos na região do Pantanal. São sobreviventes dos incêndios na mata em busca de comida.


O Rio Paraguai amanheceu coberto por uma nuvem de fumaça. O fogo, que já dura mais de uma semana, começou no Pantanal boliviano, mas já chegou ao lado brasileiro. Só nesses primeiros dez
dias do ano, os incêndios já devastaram uma área de 4,4 mil quilômetros quadrados, mais ou menos o tamanho de Brasília.

Mas o vento espalha as fagulhas, e o fogo acabou atingindo o lado brasileiro também. Só nos primeiros dez dias do ano, o fogo já devastou, no pantanal brasileiro, uma área do tamanho de 4.400 campos de futebol.

Os problemas das queimadas vão além daqueles que a gente consegue ver. Os bichos que vivem na região, quando não morrem, têm que fugir do fogo e depois que incêndio acaba sofrem para achar comida. Para sobreviver, muitos acabam indo parar nas áreas urbanas.

Em 2016 os bombeiros de Corumbá capturaram 253 animais na cidade, mais que o dobro de 2015 (115). Um porco-espinho deu trabalho para os bombeiros. Uma iguana foi encontrada no meio da rua. Os resgatados são levados para Campo Grande.

O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres de Mato Grosso do Sul tem hoje 450 animais em tratamento, a maioria capturada quando está fora do seu habitat. Muitos fugindo de queimadas sofrem acidentes graves. São atropelados em rodovias ou chegam com queimaduras. Em alguns casos, os ferimentos são tão sérios que, mesmo depois de recuperados, eles não conseguem voltar para a natureza.

“A grande maioria é sabido que morre mesmo no local, devido à alta temperatura, o próprio fogo mesmo. No desespero, acabam atravessando as BRs e acabam sendo atropelados”, explicou Nara Pontes, coordenadora do Cras-MS.

E não só os animais silvestres que sofrem nessa migração forçada. A cachorrinha da estudante Doralice Campos morreu após ser picada por uma cobra.

“Dá medo. A gente não sabe o que pode acontecer de novo, não sabe que bicho pode aparecer”, afirmou.

2 comentários:

  1. O ser humano invade, polui, queima, destrói e depois ficam com medo dos bichos que tentam fugir da morte? Malditos seres abomináveis!

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