É um bichão poderoso, não? Parece comigo.... se eu abrir a boca, sai de baixo!!!!!!!! kakakaka... Esta matéria da BBC está excelente. Galera, gostar de bichos inclui conhecer estas figuras e suas características..... Nosso blog é para informar, né mesmo?
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Realidade: Os hipopótamos são particularmente ágeis e agressivos. Eles ocasionalmente matam ou caçam antílopes e búfalos. Às vezes eles até matam humanos. Em passeios noturnos para fora da água, os hipopótamos andam quilômetros
em busca de plantas para comer, incluindo plantações, o que torna a convivência entre humanos e hipopótamos potencialmente difícil.
Se você acreditar no que vê e lê nas obras de ficção, os hipopótamos estão entre os mais afáveis dos gigantes da África. Não é raro vê-los caracterizados com saiotes de bailarina ou se esforçando para fazer amigos.
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"A maioria das pessoas de fora não sabe o quão perigosos esses animais podem ser", comenta Johan Eksteen, conservacionista sul-africano que pesquisa os hipopótamos há quase três décadas e que agora trabalha para a agência de Parques e Turismo de Mpumalanga.
Os turistas veem os hipopótamos bocejarem repetidamente e deduzem que os animais estão contentes e satisfeitos. "Isso é na verdade um sinal de ameaça", afirma Eksteen.
"Eles também fazem um som parecido com uma risada", ele diz. Esse é outro sinal.
Os turistas fariam bem em conhecer esses sinais e responder a essas ameaças, porque um hipopótamo descontente é bem mais perigoso do que parece.
"Creio que a confusão mais comum sobre os hipopótamos é que as pessoas acham que eles são puramente herbívoros", diz Leejiah Dorward, doutorando da Universidade de Oxford que estuda conflitos entre humanos e animais carnívoros na Tanzânia.
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Os hipopótamos também parecem não ter pudor em ocasionalmente comerem uns aos outros. Quando trabalhava no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, Dorward viu um hipopótamo se alimentando de uma carcaça em decomposição de outro hipopótamo.
"Infelizmente não sabíamos como o hipopótamo que estava sendo comido havia morrido, porque isso poderia ter nos dado mais pistas sobre o comportamento", observa.
Os hipopótamos às vezes atacam humanos também. "Eles não saem por aí caçando humanos, mas se um deles estiver caminhando de volta à água e você estiver no meio do caminho, é melhor pensar logo num plano para escapar", ironiza Eksteen.
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Jessica Kahler, que estudou conflitos entre humanos e animais selvagens na Namíbia para seu mestrado, observou particularmente como os seres humanos percebem o risco relacionado a vários tipos de animais selvagens.
Ela ouviu alguns relatos violentos sobre hipopótamos, incluindo um sobre um casal morto durante a noite por um hipopótamo que espreitava bem em frente à casa deles.
Kahler mesmo já teve uma experiência assustadora com um hipopótamo. Ela estava em uma pequena barraca ao lado do rio para fazer sua pesquisa, quando, uma noite, algumas vacas vieram pastar no local. "Um hipopótamo não ficou muito feliz com isso", diz ela. O animal assustou as vacas na direção do acampamento.
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Ela optou por ficar na barraca, golpeando a vaca intrusa no nariz para mantê-la à distância. De manhã, ela pode ver "aquelas pegadas por toda a parte".
Apesar de tudo, os intestinos dos hipopótamos não estão preparados para digerir carne, segundo Dorward, então o consumo desta só acontece quando os hipopótamos estão com deficiência em algum nutriente em particular. Na maior parte do tempo, eles comem só plantas – apesar de ser uma dieta aparentemente pouco adequada para animais desse tamanho.
A maioria dos animais herbívoros contam com dentes incisivos afiados para retirar cuidadosamente a parte de cima da vegetação. Os hipopótamos de fato têm incisivos longos e caninos, mas sua função é de combate, não para cortar a vegetação. Segundo Eksteen, os hipopótamos cortam a grama com seus lábios.
De dia, os hipopótamos se mantêm dentro da água para se esfriar, o que pode ter contribuído para sua imagem de animal sedentário e lento. É difícil imaginar aquelas pernas curtas carregando esses animais pesados para muito longe.
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No Parque Nacional Kruger, onde Eksteen os estudou, os hipopótamos andam uma média de 1,3 quilômetro por dia para buscar comida. Eles caminham ainda mais no fim do inverno, quando já consumiram a maior parte da vegetação mais próxima da água.
A voracidade dos hipopótamos em busca de comida os leva muitas vezes a atacar plantações em fazendas, quando conseguem.
As cercas elétricas têm algum sucesso em afastar os hipopótamos, mas em alguns lugares da África do Sul os ataques constantes levaram muitos camponeses a trocar o cultivo de verduras e legumes por árvores frutíferas.
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Os hipopótamos também podem trazer outras vantagens para os humanos.
"Eles não têm nenhuma glândula de suor, têm glândulas de muco", diz Eksteen. Em minutos, a gosma ácida incolor que eles secretam se torna laranja-avermelhada e depois marrom. Ela age como um protetor solar – e sua composição química vem intrigando os bioquímicos, que descobriram sua dupla função de protetor solar e antibacteriano.
Possivelmente no futuro teremos produtos de proteção à pele que imitem o muco dos hipopótamos.
Os hipopótamos também têm um papel ecológico importante. Seu hábito de ejetar suas fezes com força e revolver o fundo do rio "enriquece os rios" e beneficia as populações de peixes, segundo Eksteen.
A mexida que eles dão no fundo do rio acontece na verdade porque eles não conseguem nadar, e se movimentam correndo pelo leito do rio.
Apesar de todo o perigo que representam aos seres humanos, os hipopótamos são importantes guardiões de seu habitat. Por isso é uma má notícia o fato de eles serem considerados vulneráveis pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
Os hipopótamos são ameaçados pela caça ilegal e pela perda de seu habitat natural. Sem contar a possibilidade de tensão entre humanos e hipopótamos, potencialmente competidores pelo acesso a água limpa e plantações.
Muito boa matéria.
ResponderExcluirEu heim! Nada de cafuné nestes grandões, melhor ficar longe deles, embora pouco provável encontrar um na próxima esquina esperando o "almôço".
ResponderExcluirNão temo nenhum animal, à não ser certos humanos. Respeito os animais, me mantenho a distância e só os admiro através de vídeos de pesquisadores, etc. Cada um no seu canto.
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