A matéria está legalzinha. É bom saber que tem muitos na luta!!!!
-------------------------------
Em cada canil ou gatil do abrigo de animais Paraíso dos Focinhos,
na Ilha de Guaratiba, existem patinhas que percorreram um longo caminho até
chegar ali. São 162 cães e gatos que escondem por baixo dos pelos as marcas do
abandono ou de maus-tratos.
Apesar dos traumas sofridos, os focinhos não parecem abatidos. Na ONG, que funciona há três anos, recebem cuidados veterinários, banho, muito carinho e podem aproveitar o gramado ideal para se aquecer e brincar.
Apesar dos traumas sofridos, os focinhos não parecem abatidos. Na ONG, que funciona há três anos, recebem cuidados veterinários, banho, muito carinho e podem aproveitar o gramado ideal para se aquecer e brincar.
— Revezamos os cães na área externa para que possam ficar um
pouco soltos — explica o
administrador da ONG, Rodrigo Lisboa, de 28 anos.
Para manter esse bem-estar, são gastos cerca de R$ 80 mil por mês
com ração, aluguel do espaço, salário dos funcionários e saúde dos animais. E
apenas parte dessa quantia chega por doação.
Mas não é porque os rabos abanando exalam felicidade que a
instituição precisa ser o lar deles para sempre. O objetivo das proprietárias
Regina Jordão, de 54 anos, e Hanriette Soares, de 44, é que eles passem pouco
tempo ali até encontrar uma nova família. As empresárias dizem se conter para
não sair levando todos para casa.
— É preciso muito autocontrole — brinca Regina.
Antes de trocar de “Paraíso”, os bichinhos são castrados e tomam as vacinas necessárias.
Na página do Facebook que leva o nome da ONG é possível
conhecer a personalidade de cada um e demonstrar interesse na adoção. O problema é não se apaixonar por todos.
Paraíso foi aberto há três anos
As portas do Paraíso se abriram para as patinhas de todas as
cores, raças e gêneros em 2012. Na época, Regina acolheu três cadelas na rua,
pensando em entregá-las a um abrigo. Foi quando conheceu a realidade desses
ambientes e, o pior, dos acumuladores de animais.
— Senti na pele a rotina dessas pessoas que pensam que cuidam,
mas acabam praticando maus tratos. Então decidi que precisava mudar e recolhi
todos os animais de uma acumuladora — conta a empresária.
Hanri, que é dona de uma agência de comunicação, entrou na história pouco depois. A pedido de Regina, ela começou a divulgar o trabalho da ONG e conseguiu doações e adoções. Acabou se envolvendo de tal maneira que virou sócia e abriu uma loja de procutos para animais com Regina.
Em três anos, passaram pela instituição 438 cães e gatos. Entre
eles, Bidu, de 5 anos, que foi atropelado. Com a coluna quebrada, o mais
indicado era sacrificar cachorro. Mas os veterinários da instituição não
desistiram e, hoje, o mestiço anda e reage bravamente a cada dia de tratamento
contra as sequelas do acidente.
Casos vão de zoofilia a animais baleados
O estado que muitos bichinhos chegam a instituição e a história
que trazem na bagagem são impossíveis de imaginar. Casos de espancamento,
confinamento, desnutrição, tiro e até zoofilia são comuns.
A funcionária Lívia Karoline, de 29, lembra que um dos últimos cachorros a chegar teve o focinho destruído por um explosivo. Outros nove amigos de quatro patas também passaram maus bocados. Eles viviam enjaulados e sem comida, em Teresópolis, até que tiveram seus latidos de socorro atendidos por uma vizinha.
A funcionária Lívia Karoline, de 29, lembra que um dos últimos cachorros a chegar teve o focinho destruído por um explosivo. Outros nove amigos de quatro patas também passaram maus bocados. Eles viviam enjaulados e sem comida, em Teresópolis, até que tiveram seus latidos de socorro atendidos por uma vizinha.
Mas nem todos precisaram passar por estas experiências para
chegar ao Paraíso. Há também animais que eram felizes ronronando e balançando o
rabo em seus lares, mas perderam seus donos por algum motivo. O gato Dylan, de
aproximadamente 3 anos, e outros quatro que moravam com ele foram resgatado há
cinco meses após a dona morrer. O carinhoso felino rajado e de olhos verdes
chegou a emagrecer de tristeza, mas já se recupera.
Até com moradores de rua os bichinhos são recolhidos por
Hanriette:
— Já comprei animais por R$ 10 ou R$ 20.
‘Minha missão é defendê-los’
Alguns cachorros chegam a ser devolvidos pelas famílias adotivas
por fazer bagunça ou quebrar objetos na casa. Gugu, de 9 anos, é um dos mais
antigos na instituição. Para que mais esse trauma não afete os animais,
Hanriette e Regina gastam saliva para tentar convencer as pessoas a tentar
reeducar o bichinho.
Elas dizem que se transformam quando precisam resgatar algum
amigo de quatro patsa e criam coragem para enfrentar qualquer problema. Também
não ligam para críticas, como as que surgiram em junho, quando uma pesquisa do
IBGE apontou que as casas brasileiras têm mais cães do que crianças:
— Cada pessoa tem uma missão a cumprir. A minha é defendê-los. Se
todos se preocupassem apenas com as crianças o que seriam dos idosos ou das
pessoas especiais — destaca Regina, deixando Hanriette completar: — Não importa
o que você faça ou quem ajude. Precisamos lutar por uma causa.
Os interessados em fazer doações ou adotar um animal podem entrar
em contato pelo email contato@paraisodosfocinhos.com.br.
FONTE: EXTRA
Nossa que história linda. Compartilho de coração, porque essa missão não é nada fácil. Porque o direito à vida é primordial a todo ser vivo. Porque apoio a adoção. Porque depende de cada um de nós fazermos a nossa parte. Porque a voz de quem os protege não pode se calar enquanto houver um lamento de dor, frio ou fome. Parabéns a ONG PARAÍSO e seus colaboradores.
ResponderExcluir