14/03/2015

Artista homenageia 5.500 cachorros mortos por dia em abrigos

A  ANDA publicou esta matéria e só ontem que li. Achei excelente e serve para mostrar  a realidade que a causa nos impõe. Ser contra matar, TODOS NÓS SOMOS, não é novidade.... MAS, criar condições de manter estes animais vivos com atendimento médico, alimentação e abrigo como se faz? Esta é uma discussão que as mais antigas entidades de proteção animal do mundo não conseguem resolver....

Por isso é que sou contra estas ações espetaculosas e covardes quando se trata de pessoas que atendem os animais de alguma maneira. Elas são poucas e se ficam doentes, aí babau.... a coisa degringola mesmo..... Por isso que os grandes abrigos americanos e europeus agem assim: cães com chance de adoção? todos os investimentos nele.... Mas, filhotes, velhos e doentes colocam para dormir, ou seja, matam sem que eles sintam..... Eu não faço, mas, enquanto não tiver solução enfio minha viola no saco e não atrapalho..... Vamos refletir, minha gente!!!!! a realidade é esta, por enquanto.....

O erro não está nos abrigos que matam, mas, numa sociedade especista e antropocentrica que explora o animal para satisfação de seus devaneios..... Temos muito a trabalhar, moçada!!!! e quanto mais tempo demorarem neste amadurecimento, mas longe fica a libertação animal..... Ah, vejam outro caso que publiquei aqui que ilustra muito tudo que falei: EUA: Homem salva milhares de cães da morte por ano
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Mark pintando Oreo (Foto: Huffington Post)
O artista Mark Barone quer que as pessoas vejam 5.500 rostos que não vão mais esquecer.

Este número, representa a quantidade média de cães assassinados nos abrigos animais dos Estados Unidos em um único dia (o número de gatos é quase o dobro, 11.000) e quando Barone e sua parceira, Marina Dervan, descobriram isso – e também outros detalhes deprimentes sobre como os animais abandonados são tratados – suas vidas mudaram para sempre. Agora, o casal se dedica a criar um memorial de retratos para os cães mortos em abrigos e estimular transformações em favor de uma solução sem mortes para todos os
animais abandonados. As informações são do Huffington Post.

Tudo começou há cerca de três anos, quando a cadela de Mark, Santina, morreu aos 22 anos de idade. Muitos meses depois, ele ainda estava triste demais para pensar em adotar outro cachorro, mas Marina começou a fazer buscas online sobre cachorros para adoção, para quando Mark estivesse pronto. O que ela descobriu, chamou de “arrepiante”: poucos animais que entram no sistema de abrigos saem vivos de lá; há uma alta taxa de morte induzida, muitas vezes em terríveis câmaras de gás, apesar de redes de voluntários correrem para encontrar lugar para os cães antes que o curto tempo deles se esgote.

Além disso, eles começaram a descobrir “a política da indústria de abrigos e das grandes organizações de caridade animal”, como diz Mark, e que eles consideram chocante. Os voluntários dos abrigos e os lares temporários contam os tostões que conseguem juntar para poder pagar seus fundos de resgate com seus próprios recursos e através de pequenas campanhas online; enquanto há centenas de milhões indo para grandes organizações nacionais. “Por que tão pouco disso vai para os abrigos?”, indaga Marina.

Ela e Mark sentiram uma enorme necessidade de fazer alguma coisa. “Nós ignorávamos [isso] e percebemos que o público em geral também era tão ignorante quanto nós, então queríamos encontrar uma forma realmente poderosa para acordar o país”, diz Marina. Mark teve uma ideia: memorializar os animais mortos em abrigos com retratos individuais, usando o número de 5.500 ao dia como símbolo.

Assim surgiu “An Act of Dog”, que pode se traduzido como “Um Ator de Cão” – paráfrase com a expressão “um ato de amor”. Se trata de um ambicioso projeto sem fins lucrativos – para não dizer missão de vida – de usar a arte como plataforma educacional de longo prazo para acabar com o sistema de abrigos que matam seus animais. Toda a renda é destinada a estratégias de esforços de resgate que não envolvem a morte. Como explica Mark: “Nós fizemos isso para conseguir uma mudança cultural significativa. Queremos informar o público em geral sobre o que está acontecendo, que seus impostos estão basicamente financiando máquinas de morte nesses abrigos”.

Com um objetivo tão ambicioso veio um enorme compromisso pessoal. Mark diz: “nunca pensamos que poderíamos manter nossos empregos diários e fazer um pouco disso à noite. Nós entramos com tudo e desistimos de tudo para fazer isso”, incluindo seus empregos, as poupanças para a aposentadoria e vários confortos materiais.

Em 2011 eles se mudaram da cidade americana de Santa Fe, no estado de Novo México, para um espaço em Louisville, Kentucky, que é amplo o suficiente para abrigar tanto o armazenamento quanto o trabalho nas peças. Desde então eles têm trabalhado em tempo integral no “An Act of Dog”. Marina afirma que a rotina do casal começa cedo pela manhã e vai até meia noite, sete dias por semana. Mark geralmente pinta 50 telas de cães de cerca de 30 por 30 centímetros ao mesmo tempo, espalhadas ao longo de uma longa parede. A parte mais difícil do trabalho de Marina talvez seja receber e organizar as várias imagens e histórias que o casal recebe diariamente de cães que sofreram morte induzida em abrigos.

Eles começaram a coletar as histórias e imagens que eles encontravam online, mas depois que a notícia se espalhou sobre o projeto, voluntários ao redor do mundo todo começaram a mandar imagens com suas histórias. Cada retrato tem um nome e uma data de falecimento; Mark e Marina dão nomes aos cães que eram identificados apenas por números.

Além de expressar a enormidade de animais mortos sistematicamente em abrigos, com essas pinturas, Mark pretende representar também 5.500 almas únicas, cada uma com um nome e uma história, para acabar com a abstração dos números e tocar as pessoas num nível emocional mais profundo. “Sem a parte visual, não há sentido”, afirma. “Se você senta numa sala enorme cercado por 5.500 retratos que representam um dia de ‘trabalho’ nos abrigos, isso vai ter muito mais impacto para você do que se eu simplesmente lhe dissesse o número”.

Algumas histórias tiveram um impacto emocional especial em Mark. Apesar da maioria dos retratos ser no formato 30 por 30, dez histórias particularmente trágicas que exemplificam “as desculpas que as pessoas dão para perpetuar a matança” foram feita em tamanho grande, em telas de 2,4 por 2,4 metros. Entre eles está Batman, um cão idoso deixado em lugar aberto que morreu de frio; Oreo, que foi jogada do sexto andar e sobreviveu apenas para ser morta por um abrigo, apesar de diversos pedidos de adoção; e Porkchop, um gato (o único felino da série) que foi morto 60 segundos depois de ter chegado.

E também há Lennox, um cão amado por sua família que foi morto sob ordens da cidade de Belfast em 2012 depois de uma batalha de dois anos que gerou revolta no mundo todo. A história de Lennonx teve um final trágico, mas continuou a ser um catalisador para a conscientização sobre leis baseadas em raças caninas, que em geral discriminam pit bulls.

Mark afirma que acolhe a alma de cada cão enquanto pinta, mas que “de todas as telas que eu fiz na vida, eu nunca lutei e lutei tanto como com essa… foi como reviver a experiência de Lennox”. Marina acrescenta: “Dava para ver que era doloroso [para ele] pintá-la, afetou ele emocionalmente muito mais do que tudo o que ele tinha feito até agora”.

Mark e Marina sentem uma conexão tão especial com Lennox e sua família, os Barnes, que pretendem criar uma sala anti-leis racialistas dedicada a Lennox no museu que vão criar. “Lennox reflete tão bem quem nós somos”, diz Marina. “Ali, tínhamos o mundo inteiro tentando salvar aquele cachorro e mesmo assim um grupo de idiotas tomou a decisão de matá-lo”.

“Lennox é o caminho perfeito para começar a fazer as pessoas se importarem. Não é para envergonhar as pessoas, mas para inspirá-las a pensar, a se envolver”, acrescenta ela.

Enquanto Mark continua a pintar – ele já fez cerca de 4.200 telas até agora – o casal acaba de lançar uma loja online para o museu oferecendo cópias do projeto em papel giclee (até o momento, eles têm disponíveis adesivos de tinta dos retratos de 30 por 30 e cópia também da pintura de Lennox, com 100% das rendas destinadas para grupos de resgate que não matam animais). Um documentário feito pela Sagacity Productions está sendo realizado e os artistas continuam a aceitar fotos de cães para serem homenageados pelo projeto.

“Somos 100% comprometidos com nossos propósitos. Não ganhamos nada com isso além de ver os animais serem salvos”, diz Mark. “Nosso objetivo é uma solução… e não vamos desistir até que isso aconteça. Vamos percorrer todo o caminho até chegar à terra prometida”.

FONTE: Anda

2 comentários:

  1. Fiquei muito emocionada depois de ler sobre o trabalho deste casal. Nossa...
    Quando perco um aumigo, não o substituo, pois não existe substituto pra ninguém. Mas não deixo de dar uma chance àqueles que precisam de um lar. Ficar se lamentando pela perda não ajuda em nada, renegar um novo amigo não ajuda em nada. E, para cada animal que morre sem uma chance, me sinto culpada, mesmo não estando por perto, não sabendo do caso ou mesmo tendo a certeza absoluta de que não posso salvar o mundo, apenas fazer minha parte que, sempre acho, nunca ser o bastante.
    Nós sofremos. Aqueles que não se comovem, não sofrem, mas também não amam a nada e duvido que sejam amados.

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  2. Vida longa, saudável e próspera à esse maravilhoso casal. Que seu exemplo e conscientização se espalhe sobre todos aqueles que tomarem conhecimento desse magnânimo e abençoado projeto. Talvez um dia a humanidade evolua. Esse é o caminho. Minha homenagem pessoal a cada uma dessas almas. As de lá e de cá.
    Rita de Cássia - Curitiba/Paraná

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