07/09/2013

Pesquisadora norte-americana debate sobre o uso de animais em pesquisas

Vale a pena ler...
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A utilização de animais em laboratório, ponto chave de muitas pesquisas científicas, necessita de cuidados adequados para não trazer desconforto animal durante os estudos. Esse foi o principal tema abordado durante a visita da pesquisadora norte-americana, Cynthia Anne Pekow, do Departamento de Medicina Comparada da Universidade de Washington, na última semana. A pesquisadora esteve na UFJF a convite do Centro de Biologia da Reprodução (CBR).

Cynthia Pekow é chefe da Unidade de Medicina Veterinária no Veterans Affairs Puget Sound Health Care System em Seattle e professora Associada do Departamento de Medicina Comparada da Universidade de Washington. Foi presidente do American College of Laboratory Animal Medicine e fez parte do Northwest Association for Biomedical Research.

Pekow é considerada uma das grandes especialistas no uso e cuidado com animais de laboratório
voltados para o interesse acadêmico em educação e treinamento de técnicos e pesquisadores. Em sua visita apresentou sobre métodos seguros no manuseio e contenção de animais, ensino baseado em apresentação de problemas, além de pesquisa de técnicas que previnem e minimizam o desconforto animal.

Desde 2012, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Governo Federal, regulamentou o uso de animais em pesquisas e experimentações acadêmicas. A lei, desde 2008 já está em prática na UFJF sob a regulamentação da Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua), presidida pela pesquisadora e diretora do CBR, Vera Peters.

Segundo Peters, a vinda da pesquisadora norte-americana é uma oportunidade de qualificação profissional e técnica das pesquisas realizadas dentro da UFJF. “Com a visita, as pesquisas terão um ganho substancial no que se refere ao refinamento dos procedimentos, na redução do número de animais utilizados em suas pesquisas levando a obtenção de dados e resultados de maior confiabilidade, além do uso ético do modelo animal”.

Para Dra. Cynthia, a legislação no Brasil, aprovada em 2008, não torna o uso de animais mais rígido, e sim, exige o uso do modelo animal de forma mais profissional, pautada na ética e bem estar do mesmo. “O uso do modelo dentro dos princípios éticos faz com que os resultados obtidos, além de mais confiáveis, possam ser obtidos com um número menor de animais. Todos os princípios defendidos pela legislação para o uso do modelo animal, são também exigidos na legislação americana. Todos os usuários do modelo animal deverão ter formação específica para o seu manuseio”.

2 comentários:

  1. São precisas muitas e muitas pessoas de bem, inclusive cientistas, para impedir que o poder econômico exercite sua ganância desenfreada pelo lucro à custa de sofrimento dos animais.
    É preciso que cientistas tenham ética suficiente para não se venderem para as empresas que praticam maustratos contra os animais.
    Silvan

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  2. Esse assunto ainda vai longe, porque as empresas fazem de tudo para que essas informações não cheguem ao público.

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