G1 - 06/09/13
Os criadores de cães de raça de Ribeirão Preto (SP) se dizem com medo de terem animais levados por criminosos. Eles investem em equipamentos de segurança para tentar evitar possíveis ações de bandidos. Apesar de não existir um levantamento oficial, o delegado de Defesa do Idoso e dos Animais
da cidade, Luis Geraldo Dias, diz que ao menos um furto ou roubo deste tipo é registrado no município por semana.
O delegado afirma que a compra de filhotes de raça sem a verificação da
procedência desses animais é o que motiva a ação dos criminosos. Dias
faz um alerta que quem compra um animal furtado pode ser preso por
receptação.
“Esse mercado consumidor acaba proporcionando essa facilidade para o
ladrão porque quem está comprando o animal não está se atentando para
saber nem quem é o veterinário desse animal, não procura saber se tem
pedigree, se tem registro, não procura ver a origem. Quem compra um
animal desses sem saber a origem incorre no risco de estar cometendo o
crime de receptação culposa, é um crime grave, tem pena de prisão e vai
sujeitar o indivíduo a arrastar um processo criminal por longos anos”,
afirmou.
Luis Geraldo Dias relata que alguns filhotes furtados são tem a venda
anunciada em jornais e redes sociais. “São indivíduos voltados para esse
mercado de crime crescente e eles enxergavam ai o mercado fácil.
Qualquer filhote de raça de um cachorro hoje custa em torno de R$ 1 mil,
R$ 2 mil, R$ 3 mil e eles [os criminosos] vendem por R$ 500, R$ 800, R$
1 mil e coloca isso com facilidade no mercado”, relatou.
Animais de raça são visados por bandidos em
Ribeirão, diz delegado (Foto: Reprodução/EPTV)
O veterinário e criador de cães Mateus Davi investiu em segurança para
proteger os animais que comercializa. A chácara onde montou o seu canil
tem muros altos, vigilância 24 horas e cães treinados para atacar em
caso de assaltos. São 48 cadelas de 11 raças diferentes usadas como
matrizes.
“Gira em torno de R$ 10 mil a R$ 20 mil bruto [o faturamento]. São
muitos filhotes, varia de 20 a 30 filhotes mês. Tem mês que dá mais, em
torno de 50 a 60 filhotes, tem mês que dá dez. São todos filhotes com
pedigree, registrados e o valor é um pouco alto. A gente tenta se
prevenir ao máximo, só que a gente está sujeito e o medo também é muito
grande”, conclui.
Alessandra Santos é dona de um pet shop que também funciona como hotel
de cães e gatos. Ela instalou no estabelecimento oito câmeras de
segurança, cerca elétrica e sistema de segurança para se proteger da
onda de furtos.
“A segurança é importante em qualquer setor, mas visando que estamos
cuidando de cães que são membros da família, como se fosse filho, muitas
pessoas deixam de ter filho para ter um cachorrinho, então a nossa
preocupação é como se fosse uma escolhinha”, diz.
Pet shop e criadores investem em segurança para evitar furtos de filhotes de raça em Ribeirão (Foto: Reprodução/EPTV)
Nesta semana, dois homens levaram 39 cães de raça de uma criadora em
Ribeirão Preto. A dupla armada invadiu o canil, que funciona em uma
chácara na área rural, na tarde de terça-feira (3). Eles renderam a
funcionária e levaram sete animais e um carro. Na madrugada de
quarta-feira (4) os suspeitos retornaram ao local e furtaram mais 32
cachorros.
Nesta sexta-feira (6) a polícia conseguiu localizar e recuperar dez
cães furtados. Uma denúncia anônima levou os policiais ao local onde
estavam os animais, no bairro Ribeirão Verde. São sete adultos e três
filhotes da raça maltês, shitsu e spitz alemão. Até o momento ninguém
foi preso.
Bandidos roubaram cachorros de raça de chácara em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/ Circuito interno de segurança)
Fonte: G1
Ladrão que rouba gigolô, tem cem anos de perdão.
ResponderExcluirtem é que proibir a comercialização de cães e gatos, é tudo gentalha como os ladrões pra mim são todos iguais, uns roubam a liberdade dos animais e os outros roubam desses criadores vagabundos.
ResponderExcluirMaria Vitória Magri
Tenho pena dos bichinhos que serão procriados até a morte.
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