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Macaca ganhou novo recinto para continuar vivendo com família em São Carlos, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)
A macaca-prego Chico ganhou neste sábado (7) um novo espaço para
continuar vivendo com a família da aposentada Elizete Farias Carmona, de
quem ficou separada durante 16 dias, após determinação da Justiça. O animal retornou aos braços da dona
com quem viveu durante 37 anos no dia 19 de agosto, mas a casa
precisava passar por adequações para poder acolher Chico. O ‘Recanto do
Chico’ mereceu até festa de inauguração para vizinhos e amigos.
Uma área com 14 metros quadrados de cimento e com grades de ferro foi
providenciada para abrigar a macaca, que não poderá mais ficar
acorrentada. “O animal não tinha nenhum sinal de atrofia, mas
precisava viver em um local mais adequado a sua natureza”, comentou a bióloga Ariane Maria Leone, que acompanha a adaptação de Chico desde o retorno do animal.
precisava viver em um local mais adequado a sua natureza”, comentou a bióloga Ariane Maria Leone, que acompanha a adaptação de Chico desde o retorno do animal.
O local foi construído seguindo normas do Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e foi adaptado para ser
montado nos fundos da casa de Elizete. O espaço conta com grades,
puleiros, escadas e cipós para o animal poder se movimentar e ter um
ambiente mais dinâmico.
Alimentação de macaca também passou por
adequações (Foto: Felipe Turioni/G1)
adequações (Foto: Felipe Turioni/G1)
Alimentação
Além das adequações no local, a dieta de Chico também passou por mudanças. O arroz e o leite diários que Elizete sempre dava para a macaca foram banidos e o cardápio agora é exclusivo de frutas, legumes, verduras e ração especial. “Não havia necessidade para tomar leite, por exemplo, ele não é mais uma criança e precisava ter um cardápio mais parecido com o de seu habitat natural”, comentou a bióloga. “Ele gostava de tomar o leite, eu dava todo dia, mas se é para o bem dele a gente tem que respeitar”, disse Elizete.
O novo cardápio do animal deve ser servido no período da manhã e à tarde e deve seguir também uma técnica de enriquecimento ambiental. “Colocamos o alimento em uma caixa de papelão, em um saquinho fechado para dificultar o acesso ao alimento, como é na natureza”, explicou Ariane. A ração especial para primatas, que chega a custar até R$ 200, será doada.
Todas as adequações foram sugeridas pela bióloga à Justiça para Chico poder retornar à casa de Elizete. “A dona Elizete vai ter que seguir essas exigências e acho que não terá dificuldades, e a única exigência que ela fez foi que a macaca seja chamada de Chico, não Carla”, contou.
Quando o animal foi retirado da família pela Justiça e levado para a Associação Protetora dos Animais Silvestres (APASS) de Assis (SP), distante a 330 quilômetros, ele ganhou o nome de ‘Carla’, porque veterinários detectaram que o animal era fêmea. “Sempre vai ser meu Chico, meu velhinho”, disse Elizete.
Elizete conseguiu espaço com adequações para ficar com macaca (Foto: Felipe Turioni/G1)
A jaula, de R$ 1,5 mil, foi doada por um serralheiro, que se comoveu ao
conhecer a história do animal. “Vi as reportagens e fiquei feliz em
poder reconstruir o novo lar do Chico”, disse Marcelo Garbulho, um dos
convidados para a festa organizada pela família de Elizete para
‘inaugurar’ o novo recinto da macaca. “A gente veio festejar, porque é
uma alegria a volta do Chico”, disse a dona de casa Maria Loureiro,
ex-vizinha de Elizete, que conviveu 26 anos com o animal.
Os beijos e carinhos comuns entre a aposentada e o animal também foram
banidos, por recomendação da bióloga. “O beijo está cortado por uma
questão de higiene para os dois lados, por mais carinho que exista e
isso vale também para cães e gatos, é bom evitar esse tipo de contato”,
explicou Ariane. Para Elizete, será um desafio. “Vai ser difícil, mas
vai acabar sendo bom porque eu também tenho problema de pulmão e ficar
próximo de pelo não é bom”.
Amigos e vizinhos conhecem nova casa da macaca Chico em São Carlos, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)
O caso
O animal foi entregue à Elizete em 1976 por um caminhoneiro amigo da
família. Conhecido como Chico, o bicho foi retirado pela Polícia Militar
Ambiental após denúncias, no dia 3 de agosto último. Exames
veterinários feitos em Assis atestaram que ele era, na verdade, uma
fêmea.
Macaca-prego 'Chico' ficou separada da família
durante 16 dias (Foto: Fabio Rodrigues/G1)
A separação do bicho da dona, divulgada pelo G1, ganhou repercussão internacional e internautas mobilizaram dois abaixo-assinados na web que pediam a volta da macaca. Os documentos on-line reuniram mais de 18 mil assinaturas.
Com a ajuda de um advogado,
a família entrou na Justiça para tentar trazer o animal de volta
durante o andamento do processo. O Ministério Público de São Carlos se
comprometeu a acompanhar a adaptação do animal no novo lar no prazo de 60 dias. Na última terça-feira (13), a juíza Gabriela Muller Carioba Attanasio determinou o retorno da macaca em até cinco dias após notificação à A Secretaria Estadual do Meio Ambiente. A notícia surpreendeu a dona, que até mudou o visual para receber o bicho.
De acordo com a legislação, manter um animal silvestre sem a devida
autorização é crime contra a fauna. A pena prevê detenção de seis meses a
um ano, além de multa. Contudo, a lei também prevê que, no caso de
guarda doméstica de animal que não está ameaçado de extinção, o juiz
pode deixar de aplicar a punição.
Fonte: G1
Se por ignorância a macaca era chamada de Chico, deveriam pelo menos rebatizá-la agora. Ora bolas, ela não é muié?! Ainda botaram a placa com o nome de macho...
ResponderExcluirPassa a chamar de Chica, pô! Nesse caso, não é tarde para corrigir o erro.
Silvan
Sheila querida, continuo dizendo que, o ideal mesmo era o animal viver com outros de sua mesma espécie.
ResponderExcluirContinuo triste em vê-lo sozinho... mesmo em seu novo recinto grande....
Também acho que a Chica seria muito feliz com outros de sua espécie, ao invés de passar o resto da vida com esta família ignorante e egoísta.
ExcluirO bichinho viveu durante 37 anos sendo chamado de Chico e tem gente que aprova a mudança do nome? E a identidade dela, como fica? Pode ser fêmea, mas nome é nome e ela já está mais do acostumada a ele.
ResponderExcluirOutra coisa ridícula: “Colocamos o alimento em uma caixa de papelão, em um saquinho fechado para dificultar o acesso ao alimento, como é na natureza”, explicou Ariane. Por que isso? Ela vai continuar vivendo no seu recanto, em zona urbana, JAMAIS será reintegrada à natureza. Acho isso uma baita palhaçada. Para que a macaquinha tenha qualidade de vida, não vejo a necessidade de lhe tirarem todos os prazeres e mudarem, drasticamente, seu jeito de viver.
Concordo que alguns aspectos deveriam mudar, mas tudo? A essa altura da vidinha dela? É crueldade!
Dininha
O ideal seria a macaca viver no seu habitat? Seria, quando nasceu. Hoje ela já está mais do que adaptada. É claro que as adequações foram bem vindas, mas certas discussões são nossas, de humanos, a macaca está bem. Ela não vai ficar discutindo felicidade ou identidade de gênero! Quanto aos "beijos", por favor senhores higienistas!: Ela e a "dona" ("mãe") sobreviveram esses anos todos se beijando. E isso vale pra nossos cães e gatos tb?! Então vamos parar de beijar os amigos, de seguir normas, OBRIGATÓRIAS, de segurança ao subirmos escadas usando o corrimão (quantas bactérias passadas por muitas mãos...),de andar de ônibus, metrô, avião então...
ResponderExcluirLEIAM, eu assino em baixo: http://jasmimselvagem.blogspot.com.br/2013/08/excelente-artigo-sobre-o-caso-do-macaco.html
ResponderExcluirConcordo Rita Couto. Muita palhaçada, agora querer alimentar o bicho como se estivesse na natureza. E carinho é sempre bom e ponto!
ResponderExcluiro ser humano me apavora,qual é o lugar adquado?é lógico viver com outros da especie e ser ciumprido o artigo 9.605 paragrafo 29 a justica desrespeitou um orgão ambiental sendo que o orgao não a justica e competente pra decidir o que e melhor para o bichinho.
ResponderExcluirNão se preocupem a situacao dele não muda perante a lei ,esta ilegal e em caso de recurso ele volta pra onde deveria.
Tenho nojo de quem se acha mais esperto que orgãos competentes,existem ilhas de macacos reintegrantes ,a falta de respeito a natureza gera esse tipo de caso.
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