Não sei se é o caso, mas, sinceramente gente, acho que as pessoas se confundem com o verdadeiro sentido do Movimento Anti-vivissecção. Somos contra o USO DE MODELO ERRADO NAS PESQUISAS. Portanto, quando for pesquisas para cura de doenças em cães, não podemos ficar contra. Podemos sim, nesta hora, exigir a questão ética de atendimento especialíssimo para os animais que estão sendo usados no procedimento bem como optarem por aqueles que já estão com a determinada doença. Tem casos e casos.
Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS |
Agora, me chamou a atenção foi o título da matéria do Jornal Zero Hora. Quer dizer que antes não eram bem tratados? é, isto é que deveria ser considerado....
Para ler a reportagem completa
"Os animais usados no experimento de um doutorando de Medicina Veterinária Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) deverão ser bem tratados, passar por nova cirurgia e ser encaminhados à doação. A determinação foi divulgada pelo reitor Felipe Müller, após uma reunião com a Comissão de Ética em Uso de Animais (Ceua) da instituição, na tarde desta segunda-feira. Neste mesmo dia, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) notificou a universidade com um pedido de informações sobre a pesquisa.
O projeto do doutorando Cristiano Gomes, sob orientação do professor Ney Luis Pippi, consistiu em retirar parte de mandíbulas de cães cobaias saudáveis para fazer a reconstituição delas com placas de titânio. O método seria usado no tratamento de câncer de boca de cães. No dia 5 deste mês, o Diário recebeu uma denúncia de que os animais utilizados no estudo teriam sido vítimas de maus-tratos.
Tanto doutorando quanto orientador negam que tenha ocorrido maus-tratos. Na tarde desta segunda-feira, o professor Ney Luis Pippi enviou carta ao Diário ressaltando a importância da pesquisa, veja na íntegra o texto:
"A pedido:
Tendo em vista as notícias veiculadas na última semana, sobre maus tratos a animais, vimos a declarar que, denúncias anônimas, apócrifas e covardes não serão suficientes para embaçar o trabalho e esforço dispendido durante 40 anos, no sentido do ensino de qualidade e da pesquisa de ponta em cirurgia por nós desenvolvido na UFSM, em nosso Estado e no Brasil.
Sempre pautamos nossa conduta dentro do princípio ético de formar profissionais, alunos de graduação, tendo perfeita noção da responsabilidade de desenvolver no egresso habilidades e capacidades, constantes nas diretrizes curriculares do Mec. Isto com o objetivo de formar um profissional consciente, apto a ganhar a vida, exercendo sua profissão, principalmente na área da cirurgia, realizando procedimentos corretos, sempre visando ao bem-estar animal, sem correr o risco de mau exercício profissional por não ter ensinado corretamente nos bancos da universidade.
No que tange a pesquisa, a equipe de cirurgia veterinária do PPGMV, sempre tem feito projetos de ponta, com resultados inéditos, contribuindo desta maneira para salvar vidas de muitos pacientes necessitados, ao mesmo tempo, contribuindo para o crescimento da pesquisa científica nacional, sendo, por isto, uma das áreas de excelência nas avaliações da Capes a nível nacional.
A qualidade apresentada por nossos projetos tem sido julgada por órgãos colegiados estaduais e federais e sempre contemplada com recursos para a execução das pesquisas propostas.
A colocação de nossos egressos da pós-graduação, mestrandos e doutorandos, sempre em primeiro lugar em concursos em várias universidades, nos mostram a qualidade dos colegas por nós formados.
Temos docentes, ex-pós-graduandos em universidades estrangeiras como na Universidade de Montreal (Canadá), Universidade de Davis/California (USA), Universidade de Ohio (USA), Universidade de Minesotta (USA), Universidade de Batton Rouge (Louisiania/USA), Universidade de Berlin (Alemanha), Universidade de Leuven (Bélgica), Universidade Nacional de Corrientes (Argentina) e Universidade Nacional de Rio Cuarto (Argentina).
Também em universidades nacionais, como na UFSM, UFRGS, UFPel, UPF, PUC/RS, Ulbra/RS, Unipampa (Alegrete), Udesc (Lages), Universidade da Fronteira Sul (Larangeiras), UFPR (Curitiba), UFPR (Palotina), Unopar (Umuarama/PR), Universidade Estadual de Londrina (PR), Universidade de Ponta Grossa (PR), PUC/Paraná, Unesp/Jaboticabal, Unesp/Botucatu, Unip (SP), Universidade Estadual Campos (RJ), Universidade Federal Uberlândia (MG), Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal do Espírito Santo (Alegre), Universidade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Federal de Campina Grande (Patos/Paraíba), Universidade Federal do Mato Grosso, Universidade Federal do Piauí e Universidade Federal do Acre, entre muitas outras particulares e fundacionais.
Para concluir, podemos afirmar que jamais infligimos maus-tratos a qualquer animal — pelo contrário, sempre pautamos nossas atividades didáticas e de pesquisa dentro dos princípios da ética e conforme o que prevê a lei nº 11.794, de 8 de outubro de 2008, que regulamenta a utilização de animais para uso didático e científico."
Professor doutor Ney Luis Pippi, orientador do projeto"
Fonte: Zero Hora
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Ah! Agora, tá!!! Era só essa conversa fiada que tava faltando!!! Ora, senhoras e senhores, esses "pesquisadores" pensam que o mundo está a sua disposição. Tudo em nome da "ciência". Cruz-credo!!!
ResponderExcluirMesmo Graduada e Pós-Graduada fico indignada com certas práticas que, até me provarem, substancialmente e embasadas em prática inteligente, não vejo sentido.
ResponderExcluirConheço inúmeros profissionais, até da área de Veterinária, Medicina, Odontologia e por aí segue, que, apesar de terem usado animais para construírem seus saberes, cometem erros enormes, equívocos primários, repetitivos e que muitos deles levam a óbito seus pacientes.
Portanto, voltando a fala do 1o parágrafo, usar animais nesses termos não qualifica exemplar e dignamente nenhum profissional, já que, se assim fosse, esses seriam norteadores de bons serviços e as manchetes nas mídias provam bastante contrário.
Desculpem, mas eu não acho que justifique....
ResponderExcluirA pesquisa deve ser feita utilizando-se outros métodos, sem uso de seres vivos, e, uma vez o "tratamento" desenvolvido, eventualmente ser aplicado em quem precise - neste caso, seria em cães que EFETIVAMENTE perderam a mandíbula em decorrência de cancer. Ou seja, eles receberiam um tratamento ainda experimental para uma doença que JÁ TÊM, ao invés de serem cobaias para desenvolver o tratamento.
É bem diferente...
Minha opinião é a mesma da amiga Patricia. Não faz sentido, nem justifica usar vidas, desenvolver nestas, doenças inexistentes, para depois trata-las. Se a doença já existe, e a experiencia vem na intenção de salvar. Dá para entender, não sendo assim, nada justifica.
ResponderExcluirTambém peço permissão à amiga Patricia Österreicher para usar suas palavras, que realmente parece me ser a coisa mais certa a ser feita, neste caso.
ResponderExcluirPatricia Österreicher,Ana Maria, como teclei, mas maneira diferente, assino embaixo de seus comentários.
ResponderExcluirImplantar uma m3rd@ dessas na boca dos cachorros? Cachoro com tumor na boca tem que ser eutanasiado, isso é uma protese que nunca daria certo, nem em humanos protese de maxilar funciona, eu fui submetida a uma cirurgia de maxilar que acabou com a minha vida pra sempre, com animal também não dá certo, e nunca daria, a mastigação deles nunca mais será normal e fora a dor, pois é um lugar extremamente enervado
ResponderExcluirEu fico doente de ver gente que quer salvar cachorro com focinho ou maxilar estragado. Gente!!! O focinho e o maxilar é o conecta o cachorro com o mundo, se estragou uma dessas 2 partes tem que sacrificar, essa historinha de querer salvar cachorro a todo e qualquer custo nem que signifique remendá-lo e deixá-lo todo podre pro resto da vida é a maior demonstração de egoismo do ser humano
Uma tese de doutorando...ahhh pelo amor de deus...
Pobres animais. Imagine cair nas mãos desses monstros. Parecem parentes do Menguele,aquele nazista.
ResponderExcluirEste Ney Luis Pippi só esta querendo defender a sua pesquisa. O que ele não percebeu é que este 40 anos de estudos não resultou em nada. Resultou num crueldade sem tamanho. e com ele novos alunos e "veterinários" estão indo junto. com toda a certeza do mundo o setor de veterinária da UFSM esta nojento e sem condições nenhuma de ter alunos. Meus filhos não irao estudar nesta universidade. estou com nojo destes pesquisadores que não dão valor algum para os animais, somente para a própria pesquisa que por sinal é nojenta e mal feita.
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