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13/05/2017

Cão que desapareceu da Universidade de Uberlândia mobiliza MP e estudantes

O mequetrefe do vigia vai ter que encontrar o Orelha de qualquer maneira.... Tá demorando demais p´ro meu gosto!!!!!
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Animal vivia no campus Umuarama da UFU e vigilante da instituição confessou que foi pago para sumir com o cachorro. Estudantes oferecem dinheiro para quem localizar Orelha.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu um procedimento para apurar o desaparecimento de um cão sem raça definida que vivia no Campus Umuarama da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

De acordo com o promotor, Breno Lintz, o cachorro que atendia pelo nome de "Orelha" morava próximo ao prédio da biblioteca da universidade e era alimentado por estudantes e funcionários.
"Um grupo de alunos nos procurou no MP relatando o desaparecimento e, desde então, começamos a apurar a questão. Fomos atrás de quem presta serviço para a UFU e também da universidade. 

Estamos diante de um crime de meio ambiente. Uberlândia não tem para onde levar o animal, não tem um canil municipal, e enquanto isso não existir os animais têm o direito de estar na rua e viver bem. O MP tem a tutela para protegê-los e vamos fazer isso em último nível se for necessário", explicou.

O vigilante de uma empresa terceirizada, que presta serviço para a UFU, confessou que deixou o cão no Bairro Seringueira e que foi pago por outra pessoa para realizar o serviço. O promotor Breno Lintz disse que notificou o funcionário e que dará um prazo de sete dias para ele localizar o animal.
"Isso é uma prática de maus tratos e ele tem que dar uma satisfação de onde se encontra o Orelha e devolvê-lo. Caso for comprovado o crime, ele pode pagar uma multa que vai de um salário mínimo até R$ 100 mil. Um animal não pode ser tratado como um objeto, isso é um absurdo. Isso gera uma consequência muito grave", desabafou Lintz.

O MGTV entrou em contato com o trabalhador por telefone que disse que está procurando o animal e que não teve intenção de fazer mal a ele. "Algumas pessoas reclamavam que ele latia muito e que, algumas vezes, atrapalhava. Não fiz por mal e não quero mais envolver ninguém nisso. Eu deixei o cão no Bairro Seringueira e agora estou atrás dele 24 horas por dia. Estou assustado e com medo de perder o emprego", relatou o homem, que preferiu não se identificar.

A advogada da empresa de segurança em que o vigilante trabalha, Valéria Luiza Santos, informou ao MGTV que tomou conhecimento do caso nesta quinta-feira (11) por meio do MPMG e que vai apurar o caso e tomar as providências cabíveis.

Em nota, a UFU informou nesta sexta-feira (12) que confirmou que o suspeito de ter levado o cachorro Orelha do Campus Umuarama é vigilante de uma empresa terceirizada e atua na Fazenda do Glória. No momento em que o animal foi levado do campus, o vigilante estava fora do local e horário de trabalho. A UFU disse que continua acompanhando a apuração do caso.

Manifestação
Estudantes da UFU mobilizaram nesta sexta-feira (12), em frente a Biblioteca Universitária para protestar contra o desaparecimento do cão. Além disso, os alunos se uniram e estão oferecendo uma recompensa de R$ 1 mil em dinheiro para quem localizar o animal.
"Fizemos publicações na internet e estamos mobilizando para localizar o Orelha. Também estamos procurando locais onde ele possa estar, mas até então não conseguimos achar nosso amigo", lamentou a estudante de medicina, Ana Clara de Souza.

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