Eu só acredito na educação para mudar qualquer estado de coisas de uma sociedade e seus elementos nocivos....
-------
Um projeto de adestramento de animais ajuda crianças a contornarem o passado violento
Quando Thobani Gasa foi pela primeira vez a um curso de adestramento, a intenção era se divertir. Mas, com o passar
dos anos, o jovem encontrou um ambiente que o tirou da cultura de violência na qual vivia mergulhado na África do Sul.
Em muitos municípios em todo o país, as gangues reinam supremas. Em Mpophomeni, perto da cidade de Howick (sudeste), um projeto tenta, por meio dos cães, driblar as leis do crime.
Numa sexta-feira ensolarada, dezenas de crianças estão perfeitamente alinhadas, cada uma com seu cachorro, segurando-o pela coleira, na quadra da Escola Primária de Zamuthule, para a sessão de adestramento semanal. "Eu pertenci a uma gangue, mas esse curso mudou minha vida", diz Thobani Gasa, de 20 anos, adestrador. "Quando comecei a me interessar por cães, desisti da vida do crime".
Há oito anos, uma professora aposentada, adestradora de cães em seu tempo livre, lançou este programa para ensinar as crianças a se comportar com um cachorro. Hoje, Adrienne Oliver reúne todas as semanas uma centena de estudantes de 8 a 15 anos.
Nomeado "Funda Nenja", "Aprenda com seu cão" em língua zulu, este projeto se baseia no aprendizado das afinidades e do respeito entre homem e animal. O curso é gratuito para as crianças acompanhadas por seu animal, muitas vezes um cachorro abandonado resgatado pela família e usado para guardar a casa.
"Quando vim para cá, aprendi a tratar os cães com respeito", conta Sihle Dubazane, de 13 anos, com orgulho, acariciando seu vira-lata chamado Lion. "Um cão deve ser tratado adequadamente, é feito de carne e sangue, pode sentir as coisas".
Segundo os responsáveis pelo projeto, compreender o comportamento dos cães permite que as crianças os controlem melhor.
A violência sofrida pelas crianças atinge níveis alarmantes na África do Sul. Em 2016, um estudo revelou que mais da metade dos menores de idade era vítima de violência, seja por parte da família ou dos professores.
Longe da rua
O risco de esses jovens reproduzirem o comportamento violento é muito alto, de acordo com uma pesquisa publicada em junho pelo Children's Institute of Cape Town.
De acordo com sua família, a atitude de Vuyani Dube, de apenas 11 anos, mudou nos últimos três meses, desde que começou as aulas no "Funda Nenja".
"Ele não era muito disciplinado e nem muito responsável", admite seu tio Sipesihle Dube. "Este projeto é particularmente bem adaptado ao passado violento dessas crianças", acrescenta, "ele os mantém longe da rua, onde todos acabam fumando".
Embora nenhum trabalho científico tenha chegado a avaliar o impacto psicológico nas crianças do trabalho com seus cães, as impressões são em grande parte muito positivas. "Acredito que é precisamente porque educamos crianças (...) que eles passam então a se comunicar com o animal sem recorrer a violência ou força", comemora Adrienne Olivier.
"Isso afeta suas interações diárias com as pessoas", acrescenta. "Se você consegue controlar um cachorro sem agredi-lo, então você certamente pode conseguir que um homem coopere graças apenas ao diálogo", insiste o ex-professor.
Nas escolas de Mpophomeni, o curso de treinamento para cães tornou-se muito popular. Toda sexta-feira, as crianças se aglomeram em frente ao portão da escola Zamuthule para participar do curso.
Neste município da província de KwaZulu-Natal, os cães são tradicionalmente usados para proteger propriedades ou para caça, observa a representante do município que acompanha o projeto, Winnie Sangcosi. "As pessoas me dizem que a violência está recuando. As crianças se distanciaram do 'wunga'", afirma ela, citando uma droga de rua. "Agora elas preferem brincar com seu cão ou estudar".
-------
Um projeto de adestramento de animais ajuda crianças a contornarem o passado violento
Quando Thobani Gasa foi pela primeira vez a um curso de adestramento, a intenção era se divertir. Mas, com o passar
dos anos, o jovem encontrou um ambiente que o tirou da cultura de violência na qual vivia mergulhado na África do Sul.
Em muitos municípios em todo o país, as gangues reinam supremas. Em Mpophomeni, perto da cidade de Howick (sudeste), um projeto tenta, por meio dos cães, driblar as leis do crime.
Numa sexta-feira ensolarada, dezenas de crianças estão perfeitamente alinhadas, cada uma com seu cachorro, segurando-o pela coleira, na quadra da Escola Primária de Zamuthule, para a sessão de adestramento semanal. "Eu pertenci a uma gangue, mas esse curso mudou minha vida", diz Thobani Gasa, de 20 anos, adestrador. "Quando comecei a me interessar por cães, desisti da vida do crime".
Há oito anos, uma professora aposentada, adestradora de cães em seu tempo livre, lançou este programa para ensinar as crianças a se comportar com um cachorro. Hoje, Adrienne Oliver reúne todas as semanas uma centena de estudantes de 8 a 15 anos.
Nomeado "Funda Nenja", "Aprenda com seu cão" em língua zulu, este projeto se baseia no aprendizado das afinidades e do respeito entre homem e animal. O curso é gratuito para as crianças acompanhadas por seu animal, muitas vezes um cachorro abandonado resgatado pela família e usado para guardar a casa.
"Quando vim para cá, aprendi a tratar os cães com respeito", conta Sihle Dubazane, de 13 anos, com orgulho, acariciando seu vira-lata chamado Lion. "Um cão deve ser tratado adequadamente, é feito de carne e sangue, pode sentir as coisas".
Segundo os responsáveis pelo projeto, compreender o comportamento dos cães permite que as crianças os controlem melhor.
A violência sofrida pelas crianças atinge níveis alarmantes na África do Sul. Em 2016, um estudo revelou que mais da metade dos menores de idade era vítima de violência, seja por parte da família ou dos professores.
Longe da rua
O risco de esses jovens reproduzirem o comportamento violento é muito alto, de acordo com uma pesquisa publicada em junho pelo Children's Institute of Cape Town.
De acordo com sua família, a atitude de Vuyani Dube, de apenas 11 anos, mudou nos últimos três meses, desde que começou as aulas no "Funda Nenja".
"Ele não era muito disciplinado e nem muito responsável", admite seu tio Sipesihle Dube. "Este projeto é particularmente bem adaptado ao passado violento dessas crianças", acrescenta, "ele os mantém longe da rua, onde todos acabam fumando".
Embora nenhum trabalho científico tenha chegado a avaliar o impacto psicológico nas crianças do trabalho com seus cães, as impressões são em grande parte muito positivas. "Acredito que é precisamente porque educamos crianças (...) que eles passam então a se comunicar com o animal sem recorrer a violência ou força", comemora Adrienne Olivier.
"Isso afeta suas interações diárias com as pessoas", acrescenta. "Se você consegue controlar um cachorro sem agredi-lo, então você certamente pode conseguir que um homem coopere graças apenas ao diálogo", insiste o ex-professor.
Nas escolas de Mpophomeni, o curso de treinamento para cães tornou-se muito popular. Toda sexta-feira, as crianças se aglomeram em frente ao portão da escola Zamuthule para participar do curso.
Neste município da província de KwaZulu-Natal, os cães são tradicionalmente usados para proteger propriedades ou para caça, observa a representante do município que acompanha o projeto, Winnie Sangcosi. "As pessoas me dizem que a violência está recuando. As crianças se distanciaram do 'wunga'", afirma ela, citando uma droga de rua. "Agora elas preferem brincar com seu cão ou estudar".
FONTE: cartacapital
Esse amor transforma!Esse amor é arrebatador!
ResponderExcluirEu costumo dizer às pessoas que não gostam de cães, que elas não gostam porque não convivem. Porque é impossível, conviver com um cão e continuar a não gostar. Algumas relatam que já conviveram e não gostam. Mas elas não conviveram, elas simplesmente moraram na mesma casa em que o cão vivia. Ouvi uma estória uma vez que achei fantástica: Uma mulher que não gostava de cães, teve uma filha que adorava e vivia pedindo a mãe que a deixasse ter um. A filha cresceu sem um cão e quando casou e foi morar em outra casa, lógico, adotou um. A filha ficou doente e precisou ser internada, pediu que a mãe, mesmo sem gostar de cães, tomasse conta dele. O cão como é de se esperar, com a falta da dona ficou doente, e a mãe com medo de que a filha achasse que ela não cuidou dele direito, deu até comida na boca para que ele comesse e não morresse.
ResponderExcluirQuando ela saiu do hospital e voltou para casa, sua mãe não queria entregar o cão de volta, se apaixonou por ele.