17/07/2017

Descubra como reduzir o consumo de carne pode ajudar na preservação da Amazônia

Reduzir não, todos deveriam parar de comer carne AGORA, JÁ, IMEDIATAMENTE.... O planeta agradece, alem de se deixar de explorar a vida animal....
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O Brasil é segundo maior produtor de carne bovina do mundo. São 215 milhões de cabeças de gado. Sim, tem mais boi do que gente no país (são 207 milhões de pessoas). Nos últimos anos, com o crescimento da JBS, a empresa brasileira que é a maior processadora de proteína animal do mundo, o país passou a liderar outro ranking, o de maior exportador de carne bovina. Mesmo assim, o brasileiro ainda consome 80% da carne produzida no país. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Onde colocam tanto boi?
Seria apenas uma história de sucesso econômico se não fossem as questões ambientais. Acontece que cada um dos 215 milhões de bois ocupam um espaço de pasto equivalente a um campo de futebol. O Brasil usa um território maior que o do México apenas como pasto.

“Não temos dúvida que a pecuária é maior causadora do desmatamento na Amazônia”

O gado tem sido considerado por ambientalistas e ONGs como o Greenpeace, o grande vilão quando o assunto é o desmatamento da Amazônia, que tem crescido nos últimos anos. De agosto de 2015 a julho de 2016, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento aumentou 29%. O que significa dizer que a cada minuto uma área de floresta equivalente a dois campos de futebol deixa de existir.
Além do espaço utilizado para o pasto, existe a área que é desmatada pela grilagem e acaba não sendo aproveitada | Divulgação
“Não temos dúvida que a pecuária é maior causadora do desmatamento na Amazônia. Reduzir o consumo é uma ação extremamente necessária, que deve acontecer agora. Mas é claro que só isso não vai resolver o problema. É preciso também que todos os frigoríficos e empresas que operam na Amazônia se comprometam com a pauta do desmatamento”, explica a ambientalista do Greenpeace Cristiane Mazzetti.

Mazzetti ressalta também que, se todos os pastos do Brasil fossem melhores utilizados, seria possível manter a produção sem precisar desmatar novas áreas. “Mas isso tem que ser repensado agora. No futuro já não será mais possível. A medida que a população mundial cresce e ingere mais proteína animal, cresce também a necessidade de espaço para criar gado e cultivar a comida que sustenta esses animais”, declarou.

E se eu parar de comer carne?

“O Primeiro impacto seria na redução de investimento”
Mas o que aconteceria se todas as pessoas que tivessem acesso a essas informações, como você, decidissem parar de comer, ou pelo menos reduzir o consumo de proteína animal? O economista Francisco Moura Júnior acredita que o setor se reinventaria e apostaria em novos seguimentos.

“O Primeiro impacto seria na redução de investimento. De imediato a produção ia diminuir. Os empresários buscariam novos mercados e toda redução causaria muito desemprego, tanto no campo quanto nas indústrias. Mas os trabalhadores também seriam realocados em outros segmentos. O impacto seria grande, mas nada comparado as consequências da extinção da Amazônia”, falou o economista.

Como repor as proteínas?
Um dos problemas apontados pelos defensores do consumo de carne vermelha é a deficiência na reposição de proteínas, nutrientes presentes em abundância na carne de boi. A nutróloga Evely de Paula explica que é possível repor os nutrientes da carne com alimentos mais saudáveis.

“A proteína da carne tem uma boa absorção, porém, podemos substituir por outras fontes, que podem ser carnes de outros animais como frango, peixes ou mesmo por ovos. Também é possível buscar fontes vegetais como lentilhas, ervilhas, grão de bico e castanhas. Outra saída são as proteínas industriais isoladas, comuns nas academias, como o Whey Protein”, apontou Evely.

Se você é daqueles que não dispensa um bom churrasco no fim de semana, não precisa deixar de comer carne. Uma simples redução no consumo já pode ser de grande ajuda. Lembre-se, uma peça de picanha a menos é um hectare de floresta em pé.

FONTE: emtempo

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