04/04/2017

Por que Paris está distribuindo larvas de joaninha para seus habitantes

Tem bichos que fico encantada por sua importância nos ecossistemas..... Pequenininhas e com um papel de tamanha relevância.... São lindas.... Há uns dois dias, uma delas insistiu em entrar no meu quarto por duas vezes sem se dar conta do perigo de 6 gatas a espreita.....
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Capital francesa vai doar 40 mil espécimes. Ideia é tentar acabar com pragas em jardins e terraços

Os jardins e terraços de Paris estão infestados de pragas. A saída que a prefeitura da capital francesa encontrou foi distribuir 40 mil larvas de joaninhas para os cidadãos. As joaninhas são predadores naturais de pulgões, e a ideia é conter a superpopulação deste inseto que suga a seiva das folhas.

A Prefeitura de Paris irá distribuir caixas com larvas de joaninhas e kits educativos para que os cidadãos possam criar os insetos em suas hortas e jardins, promovendo o controle biológico da superpopulação de pulgões.

A ação faz parte de uma nova etapa do processo de proteção à biodiversidade parisiense. Desta vez, a ideia é contornar o problema sem o uso de pesticidas. Desde 2001, a cidade implementa ações de gestão dos espaços verdes públicos e privados por meio de incentivo à prática de técnicas de horticultura que não agridam o meio ambiente, como, por exemplo, o mulching (técnica que reduz evaporação da água e surgimento de daninhas) e a compostagem.

Desde 2015, a cidade já não permite a utilização de herbicidas à base de glifosato ou ácido diclorofenoxiacético (conhecido como 2,4 D), ambos considerados cancerígenos pela Organização Mundial da Saúde naquele mesmo ano.

A diretora do Departamento de Espaços Verdes de Paris, Pénélope Komitès, disse à rádio RFI que a cidade não usa “os produtos organofosforados e organoclorados” desde 1985. Ela também comentou os planos para a gestão ambiental da cidade.

“Trabalhamos na criação de um novo plano de biodiversidade para Paris, que será votado em breve. Então, essa distribuição de larvas de joaninha para os particulares faz parte desse programa, para incentivar os parisienses a não utilizar produtos químicos, que são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente”
Pénélope Komitès Diretora do Departamento de Espaços Verdes de Paris


Como será feita a distribuição 
A distribuição está programada para acontecer em etapas, separando as demandas das hortas comunitárias de cidadãos que dispõem da licença de cultivo, regulamentada por lei em junho de 2015.

Três tipos de caixas com larvas serão distribuídas. A maior caixa contém 100 larvas de joaninhas. As outras duas têm 15 ou 20 larvas. Cada caixa acompanhará kits educativos feitos por especialistas consultados pela prefeitura. Os kits ensinam técnicas de cultivo e dão informações básicas sobre fauna e flora.

Quem recebe o que
HORTAS COMUNITÁRIAS
As hortas vão receber, ao todo, uma caixa com 100 larvas de joaninhas. Serão entregues a cada uma das 110 hortas comunitárias de Paris.

PESSOAS LICENCIADAS PARA CULTIVAR
Com a legislação da licença de cultivo, cidadãos podem requerer autorização para criar hortas ou jardins em áreas públicas. A licença é válida por três anos e exige o uso de produtos orgânicos para cultivo. Cada pessoa receberá uma caixa contendo 15 ou 20 larvas, a variar do tamanho da horta ou jardim.

Os riscos e benefícios da superpopulação 
Caso o plano dê certo, Paris poderá chegar ao equilíbrio entre as populações de pulgões e de joaninhas. Funciona assim: com as joaninhas eliminando os pulgões, elas ficarão, eventualmente, sem esse alimento e muitas morrerão. Assim, a população de joaninhas irá diminuir. Com o recuo do predador, os pulgões devem retornar (em menor escala do que existem agora). Dessa maneira, as joaninhas que restarem terão alimento, mantendo um equilíbrio.

Esse é o cenário desejado pela prefeitura. Porém, também existe a possibilidade de a superpopulação de uma das espécies prevalecer. Ainda que seja a das joaninhas, não é possível prever as consequências disso.

FONTE: nexojornal

2 comentários:

  1. E eu que achava que joaninha era só um inseto bonitinho. Olha só a importância delas!
    Pensar que no passado, haviam inúmeras aqui onde moro.

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