07/10/2016

Ibama proíbe evento de música eletrônica na Quinta da Boa Vista - Rio de Janeiro

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O Ibama notificou, nesta quarta-feira (5), os organizadores da festa de música eletrônica, Ultra Brasil, anunciada para acontecer na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a suspender de forma imediata os trabalhos de montagem das estruturas para os palcos e as pistas de dança previstas para ocupar o local tombado.
O evento de música eletrônica estava programado para ocorrer nos dias 14 e 15 de
outubro a menos de 500 metros do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro. Segundo a análise do Ibama, a intensidade da música pode provocar estresse e levar a morte diversos animais abrigados no parque.

Se deixar de cumprir a notificação do Ibama, a empresa responsável pela festa pode ser multada em até R$ 1 milhão.

Outro lado
A organização do Ultra Brasil se pronunciou sobre a proibição do Ibama. Em nota, os representantes do festival dizem "não ter recebido nenhuma notificação" até esta quarta-feira à tarde.

No texto, os organizadores afirmam que foi feito um estudo de impacto sonoro em toda a Quinta da Boa Vista e os especialistas contratadaos garantiram que "se o som chegar ao Zoológico, será um som ambiente" e, segundo eles, "incapaz de causar estresse ou outros danos à saúde dos animais". 

O Ultra também informou que se reuniu com a administração do Zoo para "garantir todas as medidas necessárias à preservação da saúde dos animais". A empresa fala, ainda, que na conversa com a administração do Zoo, esta teria sido "a primeira vez, nos últimos oito anos, que a organização de um evento musical demonstrou esse tipo de preocupação".

Na nota, a organização também reclama do rigor com o festival dizendo que, em 2014, um evento gospel teria reunido 250 mil pessoas "sem que isso tenha causado morte de animais". "A organização estranha esta preocupação seletiva do Ibama", alfinetou.

Ainda segundo o esclarecimento enviado ao G1, o festival nega que seja uma festa rave, mas sim um evento de música eletrônica que ocorre em outras 21 cidades e mais 19 países. 

"A edição brasileira gerará 2 mil empregos diretos e quatro mil indiretos e renderá para os cofres da cidade entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões em receitas", informou.

6 comentários:

  1. Tem que descobrir quem foi o palhaço que assinou a autorização para essa cacofonia acontecer. Já não basta estarem presos, ainda serão obrgados a ouvir isso...

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  2. ainda bem! que foi proibido a tempo.

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  3. O evento foi transferido para o Sambódromo. Ainda bem.

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  4. Deve ter rolado muito $$$$ para liberarem o local para um evento desses. O estudo de impacto, e tudo mais bem pago com $$$$.
    E os caras são tão cínicos para comparar evento de musica eletrônica com música gospel. Fala sério! E a ignorância de falar que vai chegar ao zoológico em som ambiente. Não sabem que boa parte dos animais tem audição muito mais apurada do que humanos???

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  5. Estar prisioneiro em um Zoo e ser obrigado a escutar o que não gosta é mais um ítem do quesito TORTURA que animais suportam além de todos os outros que humanos estão carecas de saber mas fingem que não sabem.

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  6. Se o evento é gospel, eletrônica, rave ou o escambau do Judas não interessa! Eles não tem outro lugar para fazer barulho, será que o Rio é tão pequeno assim?

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