22/08/2016

Noé tinha uma arca, Carlos tem um armazém

Seria legal, mas, ele cruza para vender os animais
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Geckos leopardo, cobras pitón, tartaturgas, iguanas, esquilos, petauros do açúcar e vários pássaros. São cerca de 2500 os animais exóticos que ocupam o pequeno zoológico do veterinário Carlos Henrique. O que começou por ser um passatempo acabou por se tornar um negócio... para exportação

Carlos Henrique é médico veterinário, mas secundarizou a prática clínica à medida que o negócio da criação e venda de animais exóticos
foi crescendo. “Sempre tive animais, sempre gostei de répteis”, confessa à VISÃO.

Teve a primeira iguana aos 12 anos, mas foi nos tempos de estudante que o negócio começou, enchendo apartamentos com animais de várias espécies exóticas. “Era apenas um colecionador”, afirma, “mas é claro que as pessoas que têm estes animais acabam sempre por criar e vender, em pequena ou em grande escala”. Começou, portanto, em pequena escala. Hoje, afirma-se um dos maiores criadores de répteis do país.

É num armazém, em Queluz, que passa uma média de 6 horas por dia. Há que cuidar dos cerca de 2500 animais que lá habitam, qual arca de Noé dos bichos exóticos. Para o ajudar, conta com mais quatro pessoas. Ser veterinário faz a diferença, caso contrário, “teria que contratar um a tempo inteiro”, admite. Das espécies mais vendidas, realçam-se os geckos leopardo (espécie de lagartos) e as cobras pitón. Mas também se encontram disponíveis tartaturgas, iguanas, esquilos, petauros do açúcar, e também alguns pássaros, embora em menor quantidade.

Foi em 2011 que patenteou a marca, Puzzle Raptiles, e transferiu os animais dos apartamentos para um armazém. A partir daí, tem criado e reproduzido sempre mais espécies, num negócio que diz gerar cerca de 100 mil euros anuais de faturação. “Gasto grande parte do que ganho a comprar outros animais e a manter os que cá tenho”.

O médico veterinário exporta maioritariamente para a China e para o Dubai, países onde a tendência recente, associada ao número populacional, faz com que estejam a ser requisitados muitos animais. Dentro da Europa, destaca a Alemanha e a Espanha, países com feiras regulares, onde são vendidos milhares de exóticos. Apenas cerca de 1% da sua atividade se destina a Portugal, sobretudo a lojas de venda de animais.

O interesse dos portugueses em ter como animal de companhia uma espécie exótica é uma tendência recente. Só há sete anos é que abriu a primeira clínica veterinária especializada em exóticos: a Exoclinic, em Lisboa, onde Carlos Henrique ainda trabalha. Mas em quatro anos abriram mais três: em Almada, no Porto e também em Braga. Um número que os clínicos admitem ser suficiente para a quantidade de exóticos existentes no país.PAN CONTESTA

Sobre esta tendência verificada agora em Portugal, o PAN – Pessoas, Animais, Natureza - considera que a venda deste tipo de animais “tem que ser muito mais controlada, porque há muitos que não podem ser comercializados. Bebiana Cunha, porta-voz do partido para esta área, reconhece que o problema não é de ordem legislativa, mas sim de fiscalização insuficiente. O partido com assento parlamentar defende o fim da venda de animais em lojas e em feiras, sobretudo no que respeita aos exóticos, pois defende que “nenhum animal deve ser retirado do seu habitat natural para ser adquirido como animal de companhia”.

FONTE: visao.sapo

2 comentários:

  1. xiiiii, o sou contra vendas de animais, pra mim, seja qual fora a espécie, é lucro pra ele e exploração as espécieis.não gostei do jeito desse deste médico veterinário.é o que penso.até porque jesus cristo de nazareno, na bíblia sagrada, chama a atenção em comercializações de aniamis seja qual foa as espécieis.

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  2. Essa tal "tendencia" a adquirir animais exóticos é mais uma exploração de animais. O criador ganha dinheiro procriando os bichinhos e os vende para qualquer um que não sabe cuidar, não tem responsabilidade e depois que não o quer mais abandona na mata, fora de seu habitat natural.

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