22/08/2016

A triste história do elefante que passou 48 dias nas águas do Bramaputra

Coitado do pobre grandão..... tentaram ajudar, mas, não deu.....
------------------------
O Bramaputra é grande. Nasce no Tibete, atravessa três países e desagua no Ganges, as águas sagradas do hinduísmo. A monção que por ali passa nesta altura do ano pode ter efeitos devastadores para os animais que vivem no seu leito. Nem os elefantes escapam à fúria das águas.

Se gosta de pegadas de dinossauros vai gostar de saber qual foi o destino do elefante indiano que navegou às ordens da corrente do rio Bamaputra durante [pelo menos] 48 dias. E vai perguntar a si próprio como é que um elefante – que é o animal de maior porte que atualmente vive no
nosso planeta – navega às ordens da força das águas.

O nosso elefante foi forçado a fazer uma viagem de 1700 quilómetros que começou com a subida das águas do rio Bamaputra, algures na zona em que este atravessa o estado de Assam no nordeste da Índia. A subida deve ter sido tão rápida e tão feroz que arrastou culturas e animais... incluindo este elefante adulto.

Sabemos que os elefantes africanos são maiores que os elefantes indianos, mas um elefante asiático pesa no mínimo quatro toneladas; quatro toneladas significa uma carga viva em movimento de quatro mil quilos a ser arrastada pela fúria do Bamaputra.

O elefante seguiu o curso do rio e passou a fronteira da Índia com o Bangladesh; o departamento de Conservação da Vida Selvagem deste país acompanhou o seu percurso ao longo de 48 dias e mobilizou “pelo menos dez guardas florestais para cumprirem a tarefa”, disse à agência France Press o responsável da área Ashit Ranjan Paul. Também houve “veterinários” a seguirem o percurso do animal que os indianos antigos utilizavam para combate na guerra.
O HERÓI QUE PERDEU A FORÇA

Num determinado ponto da viagem, a população local batizou-o com o nome de “Bangabahadur, que significa herói de Bengala”, escreve a BBC.

Arrastado pelas águas, Bangabahadur deixou de poder procurar vegetais e gramíneas em quantidade suficiente para alimentar o seu imenso corpo e foi ficando fraco. Os responsáveis pela proteção animal tentaram transportá-lo para um parque safari e administraram-lhe várias doses de tranquilizante.

A operação de resgate correu mal, Bangabahadur caiu numa lagoa mas ainda foi salvo com a imensa ajuda da população local. No fim, o cansaço da viagem e o stress da viagem fizeram-no ter um “ataque cardíaco”, disse o veterinário Mustafizur Rahman a um jornal local. Tal como acontece com os humanos, a desidratação e desequilíbrio eletrolítico terão contribuído para este triste desfecho do herói de Bengala.

Todos os anos, na época da monção, as inundações levam milhares de animais a procurar as zonas mais altas da fronteira nordeste da Índia com o Bangladesh. Mas cada vez há menos áreas seguras para eles poderem escapar.

FONTE: expresso.sapo

4 comentários:

  1. ai, tudo feito pelas mãos dos desumanos, desalmaldos os quais alteram os níveis das águas, ou secas, etc.

    ResponderExcluir
  2. Talvez haja menos áreas seguras para os animais escaparem, por causa da invasão e ocupação humana.
    Quarenta e oito dias foi tempo demais, mesmo para um elefante aguentar.

    ResponderExcluir
  3. Muito triste.....que esteja num lugar melhor....

    ResponderExcluir

Agradecemos seu comentário, porém, não publicaremos palavrões ou ofensas.
Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.

EM DESTAQUE


RECEBA NOSSOS BOLETINS DIÁRIOS

Licença Creative Commons

"O GRITO DO BICHO"

é licenciado sob uma Licença

Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas

 

SAIBA MAIS


Copyright 2007 © Fala Bicho

▪ All rights reserved ▪