Cultura e Religião usados como argumento na exploração de elefantes na Ásia

Indiscutivelmente, graças a Santa Internet, o mundo está tomando conhecimento da contradição humana que fala de um Deus de bondade e corta a garganta de animais ou os escravizam/torturam em nome de religião. Fico encantada com a tecnologia e triste, ao mesmo tempo, quando vejo que nossa espécie poderia se melhorar e salvar o planeta de uma morte inexorável. Somos experimentação extra-terrestre e isto, graças ao conhecimento que esta "Santa" tem nos proporcionado, é uma teoria incontestável. Tenho dito. A matéria tem como fonte: One Green Planet

Colaboração: Helô Arruda

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O elefante Ganga passou a maior parte da vida com as duas pernas acorrentadas, em exposição dentro das portas do templo Gangamaraya, no Sri Lanka. Ano após anos esse pequeno elefante inocente  permaneceu preso, completamente sozinho. Ele é um de muitos.

Tudo fica mais inconcebível quando pensamos que essa prática cruel é feita em nome do orgulho cultural e da devoção religiosa. Histórias como a de Ganga tiveram atenção internacional, mas a captura ilegal dos bebês elefantes continua inabalada. Os que sobrevivem à captura e aos duros
métodos de treinamento se tornam símbolo de status de milionários ou são acorrentados para trabalhar duro em templos e festivais.

Na medida em que crimes contra a natureza foram sendo divulgados as investigações revelaram registros falsos mostrando como esses animais estavam sendo capturados e como chegavam aos seus destinos. Com ajuda de militantes alguns animais foram resgatados e encaminhados para o abrigo da ETH – Elephant Transit Home, mas alguns desses animais foram forçados a trabalhar em festas religiosas. 

O conselho de Ministros decidiu que 356 elefantes no âmbito do Departamento Zoológico deveriam participar de atividades culturais. Eles consideraram que a cultura “perahera” do Sri Lanka tem atraído a atenção mundial e que era essencial usar elefantes cativos (não domesticados nem mansos) para manter o orgulho e a devoção do festival. 

A remoção de indivíduos elefantes do abrigo e de suas famílias para trabalhar nos festivais “perahera” é um abuso inaceitável. O propósito da ETH é recuperar e reabilitar elefantes feridos, abandonados ou capturados ilegalmente para devolvê-los à vida selvagem.

Mesmo depois de anos de defesa constante por diversos grupos e organizações, a luta para o tratamento humano dos elefantes cativos (e conservação de elefantes selvagens) está difícil. É preciso muita coragem para enfrentar os poderosos que desejam silenciar tudo o que você faz, e ainda todos os dias no Sri Lanka, as pessoas estão tendo que fazer atos heróicos para tentar salvar os bebês elefantes inocentes ilegalmente capturados e cruelmente confinados por ricos monges ou pela elite protegidos politicamente. As investigações continuam a ser realizadas pelo Departamento de Investigação Criminal.

É inconcebível que precisemos proteger os direitos de qualquer ser senciente para evitar que sejam presos e explorados para cerimônias religiosas ou entretenimento. Tradições culturais, religião, política, e dinheiro, tudo vai colabora para a cruel realidade de vida dos elefantes cativos explorados ​​nos templos e no turismo. 

Ganga e outros elefantes inocentes permanecem presos onde não deveriam estar. 

Os defensores dentro e fora do Sri Lanka continuam empenhados em mudar o futuro desses seres, criando um rebanho protetor que ajude a acabar com o imenso sofrimento dos elefantes e a criar um mundo onde a compaixão liberte os grilhões e dos elefantes e dos corações humanos.