Acho que todos estão acompanhando a polêmica sobre o abate do pobre gorila que só cometeu o crime de, apenas, existir. Separei algumas matérias para registrar aqui em nosso espaço e acho que estamos aproveitando bem esta tragédia para discutir os tais zoológicos.
- Execução de gorila nos Estados Unidos divide opiniões de cariocas
- Era realmente preciso matar o gorila Harambe? Especialistas debatem
- "Acidentes acontecem", diz mãe de criança que caiu em jaula de gorila
- Polícia de Cincinnati vai investigar circunstâncias da morte do gorila Harambe
- Gorila parecia confuso, mas não agressivo, diz especialista
- Peticion: Justice for Harambe
Dois leões foram abatidos no Zoo do Chile para salvar a vida de um suicida que conseguiu violar as barreiras de segurança e pulou no recinto, atiçando os leões até ser atacado por eles. No domingo houve outro caso lamentável no Zoo de Cincinnati: uma criança de 4 anos escalou a cerca do recinto dos gorilas e caiu no fosso, cheio de água. Harambe, um gorila macho de 17 anos, nascido em um outro zoo, agarrou o garoto e o arrastou pelo recinto, dentro da água.
Como o protocolos dos zoos prevêem que nestes casos devem ser tomadas medidas para resguardar a vida humana, as equipes do zoos, nos dois casos, tiveram que tomar a difícil decisão de abater os animais para salvar as pessoas.
Além da enxurrada de críticas e acusações de "assassinato" que andam circulando nas redes sociais, percebo que a cada tragédia com animais em zoos surgem centenas de "ambientalistas especialistas" em espécies que nunca estudaram, e eles emitem opiniões sobre como os zoos deveriam ter lidado com a situação de emergência (que eles provavelmente nunca viveram).
Um assunto bastante debatido tem sido o porquê de nestes casos os zoos não terem usado sedação ao invés de abater os animais. A sedação não é uma opção segura quando o animal já está atacando a pessoa (como no caso dos leões) ou está muito próximo da vítima (como no caso do gorila).
Quando o animal recebe o dardo com o tranquilizante, sua primeira reação é geralmente brusca e de agitação, o que pode torná-lo mais perigoso. E o sedativo demora bastante até fazer efeito, portanto seria pouco eficiente para salvar a vida das vítimas.
Após o incidente com o gorila, circulou um vídeo que mostra que na verdade não houve uma agressão inicial do gorila, e sim um comportamento de curiosidade. Os gritos dos visitantes que observavam a cena provavelmente agravaram o quadro. A água no fosso também representava uma ameaça, pois o garoto poderia se afogar enquanto estava sendo arrastado pelo gorila. Mas é importante lembrar, para quem está analisando o vídeo e condenando a decisão do zoo de abater o gorila, é que nesta situação de emergência, você tem alguns segundos, no máximo minutos, para tomar uma decisão que pode custar a vida de uma pessoa... Você não tem tempo de sentar e calmamente assistir o vídeo, ponderar, trocar uma ideia com os colegas e então decidir. O que você tem é um protocolo para resguardar a vida humana. E um gorila de mais de 250 kg arrastando uma criança de 4 anos.
Nossos protocolos de segurança não dizem que temos que julgar se o suicida que se jogou no recinto dos leões merece morrer ou se a criança que caiu no recinto dos gorilas deve morrer para ensinar os pais a serem mais responsáveis.
Escolha de Sofia
Uma coisa eu gostaria de salientar: quem trabalha em zoos sabe o quanto é doloroso tomar uma decisão destas. Nós amamos os animais sob nossos cuidados. Passamos mais tempo com eles do que com nossa própria família. Eles são nossa responsabilidade e nossa paixão. A morte de cada animal nos afeta e entristece profundamente.
Quando temos que sacrificar um animal porque um irresponsável não respeitou nem a sinalização, nem as várias barreiras de segurança e nem a vida do animal, isso é para nós uma tragédia.
No caso dos leões do Chile, em meio a ataques ao zoo e declarações de pessoas desejando a morte do suicida, Maurício Fabry, Diretor do Parque Metropolitano onde está o zoo, deu uma lição de humanidade e empatia ao fazer a seguinte declaração:
"A coisa mais triste foi ver homens e mulheres de minha equipe chorando, com raiva, com o coração partido. Se vocês estão lendo isso, quero dizer-lhes que os apoio totalmente. Que triste também foi a falta de empatia com Franco, o jovem de 20 anos de idade, que todos desprezamos. Hoje falei com seu pai, foi uma conversa muito forte, um homem humilde, e eu disse a ele que para salvar a vida de seu filho tivemos que perder a vida do que mais amamos no zoológico: os nossos animais. Eu soube também que este jovem vivia em um abrigo, seus dois irmãos estão presos e no ano passado sua mãe morreu. Manolo, o nosso leão, nasceu no Zoo e é de longe o mais querido de todos. A história que me mata é a da Fraquinha; esta leoa que ganhou este nome porque chegou no zoo no estado mais lamentável que eu já vi um animal. Ela foi abandonada por um circo em Coihueco e quando chegou não podia sequer levantar-se, eu nunca vi na minha vida um animal tão fraco. Tratadores, técnicos e demais profissionais do zoo fizeram um trabalho de muito carinho para recuperá-la. Alguém realmente acredita de verdade que nós não nos importamos com a morte de nossos leões? Eu os levarei sempre no meu coração, e tenho certeza que estarão no coração de cada um que trabalha aqui. Franco, eu te perdoo, desejo que a vida te dê uma segunda oportunidade que esta sociedade não te deu. É verdade que você está doente, como também é verdade que estamos doentes enquanto sociedade. Eu pelo menos me alegro que pudemos te entregar vivo ao teu pai".
Essa declaração do Maurício me fez lembrar que uma das coisas que acredito que os zoos podem despertar é empatia, que a meu ver é o que pode dar jeito neste mundo. A declaração do Maurício é também um lembrete de que não podemos seguir lutando para salvar animais se nossa compaixão não se estende também a nossa espécie.
Animais ameaçados de extinção
Gorilas são criticamente ameaçados, pela caça, captura, perda de hábitat e fragmentação. Existem duas espécies de gorilas (oriental e ocidental), cada uma com duas subespécies. Só existem cerca de 125.000 gorilas das subespécies ocidentais. Estudos indicam que suas populações declinaram mais de 60% nos últimos 20 a 25 anos. As subespécies orientais, incluindo os gorilas das montanhas, têm de 2.000 a 10.000 indivíduos.
Os programas de reprodução conduzidos por zoos no mundo todo são vitais para a sobrevivência dos gorilas.
Os zoos não apenas contribuem para a reprodução, mantendo uma população de segurança que pode ser reintroduzida, mas também doam, todos os anos, milhões de dólares para a conservação dos gorilas na natureza. Entre 2010 e 2014, apenas os zoos dos Estados Unidos doaram US$ 4,5 milhões para a conservação de gorilas.
Existem cerca de 150 zoos no mundo todo envolvidos no programa de reprodução para conservação dos gorilas ocidentais, manejando aproximadamente 800 gorilas.
Na América do Sul, o único zoo a manter gorilas e participar deste esforço internacional é o Zoo de Belo Horizonte, que há dois anos comemorou o nascimento de dois filhotes. Além da reprodução para a conservação, zoos fazem um trabalho de conscientização para a redução do nosso impacto sobre a espécie. O Zoos Victoria (Austrália), por exemplo, conduz o programa "They are calling on you", que dá a oportunidade de seus visitantes ajudarem diretamente a salvar os gorilas, entregando seus celulares usados para serem reciclados, pois a mineração de coltan para a indústria eletrônica tem um impacto catastrófico na destruição do habitat dos gorilas. O dinheiro arrecadado com esta atividade é doado a uma instituição, o "Gorilla Doctors", que atende gorilas doentes na natureza.
Quem teve a oportunidade de assistir o tocante documentário Virunga pôde constatar a dura realidade de pessoas abnegadas que tentam salvar a vida de gorilas no Congo. "No ano passado, um gorila macho alfa, o líder de seu grupo, e três fêmeas foram baleados e mortos no parque nacional de Virunga, na República Democrática do Congo. Duas das fêmeas tiveram bebês e a outra estava grávida. Os dois bebês não foram encontrados, e especialistas dizem que provavelmente morreram de estresse e desidratação. Esta foi a sétima morte na área de Virunga, que abriga 200 dos restantes 700 gorilas da montanha do mundo. Pensa-se que estas mortes não são o trabalho dos caçadores furtivos, porque os corpos foram deixados intactos. Da mesma forma, em uma cena anterior do abate, um bebê gorila - no valor de milhares de dólares no mercado negro animal vivo - foi encontrado agarrado a sua mãe morta."(Fonte: The Guardian).
Para quem diz que é um crime manter gorilas em cativeiro, sugiro que leiam o texto e assistam o documentário. Assim vocês talvez entendam o que é realmente um crime.
Segurança do visitante e do animal
Outra discussão levantada com os acidentes com os leões e o gorila foi a segurança dos zoos. Zoos precisam ter recintos que garantam a segurança de animais e pessoas? Claro que sim. Mas os visitantes também precisam respeitar tanto a natureza selvagem dos animais quanto as barreiras de segurança e a sinalização de advertência.
Para invadir um recinto, um visitante precisa passar por placas, cercas e outras barreiras físicas. Para que uma criança consiga fazer isto, ela deve estar totalmente sem a supervisão dos pais ou responsáveis. É inaceitável que os pais, supostamente responsáveis, tenham ignorado a sinalização de perigo e deixado a criança sem supervisão.
Esta negligência custou a vida de um magnífico e ameaçado animal e poderia ter custado a vida da criança. No vídeo do gorila é possível ouvir a mãe gritando, enquanto o garoto era arrastado pelo gorila "Mamãe está aqui, mamãe te ama". Bom, seria mais interessante se "mamãe" tivesse cuidado melhor do garoto e impedido que ele caísse no recinto.
Estendo minha solidariedade aos Zoos do Chile e Cincinnati, que certamente estão sofrendo pela perda absurda de membros de sua família, e faço um apelo: Quando visitar um zoo, tenha respeito. Pela sua vida, pela vida das crianças sob seus cuidados e pela vida dos nossos animais. Respeite os limites impostos pelo zoo, respeite as barreiras de segurança e a sinalização. Não deixe que sua negligência ameace a vida de seus filhos e de nossos animais.
Como o protocolos dos zoos prevêem que nestes casos devem ser tomadas medidas para resguardar a vida humana, as equipes do zoos, nos dois casos, tiveram que tomar a difícil decisão de abater os animais para salvar as pessoas.
Além da enxurrada de críticas e acusações de "assassinato" que andam circulando nas redes sociais, percebo que a cada tragédia com animais em zoos surgem centenas de "ambientalistas especialistas" em espécies que nunca estudaram, e eles emitem opiniões sobre como os zoos deveriam ter lidado com a situação de emergência (que eles provavelmente nunca viveram).
Um assunto bastante debatido tem sido o porquê de nestes casos os zoos não terem usado sedação ao invés de abater os animais. A sedação não é uma opção segura quando o animal já está atacando a pessoa (como no caso dos leões) ou está muito próximo da vítima (como no caso do gorila).
Quando o animal recebe o dardo com o tranquilizante, sua primeira reação é geralmente brusca e de agitação, o que pode torná-lo mais perigoso. E o sedativo demora bastante até fazer efeito, portanto seria pouco eficiente para salvar a vida das vítimas.
Após o incidente com o gorila, circulou um vídeo que mostra que na verdade não houve uma agressão inicial do gorila, e sim um comportamento de curiosidade. Os gritos dos visitantes que observavam a cena provavelmente agravaram o quadro. A água no fosso também representava uma ameaça, pois o garoto poderia se afogar enquanto estava sendo arrastado pelo gorila. Mas é importante lembrar, para quem está analisando o vídeo e condenando a decisão do zoo de abater o gorila, é que nesta situação de emergência, você tem alguns segundos, no máximo minutos, para tomar uma decisão que pode custar a vida de uma pessoa... Você não tem tempo de sentar e calmamente assistir o vídeo, ponderar, trocar uma ideia com os colegas e então decidir. O que você tem é um protocolo para resguardar a vida humana. E um gorila de mais de 250 kg arrastando uma criança de 4 anos.
Nossos protocolos de segurança não dizem que temos que julgar se o suicida que se jogou no recinto dos leões merece morrer ou se a criança que caiu no recinto dos gorilas deve morrer para ensinar os pais a serem mais responsáveis.
Escolha de Sofia
Uma coisa eu gostaria de salientar: quem trabalha em zoos sabe o quanto é doloroso tomar uma decisão destas. Nós amamos os animais sob nossos cuidados. Passamos mais tempo com eles do que com nossa própria família. Eles são nossa responsabilidade e nossa paixão. A morte de cada animal nos afeta e entristece profundamente.
Quando temos que sacrificar um animal porque um irresponsável não respeitou nem a sinalização, nem as várias barreiras de segurança e nem a vida do animal, isso é para nós uma tragédia.
No caso dos leões do Chile, em meio a ataques ao zoo e declarações de pessoas desejando a morte do suicida, Maurício Fabry, Diretor do Parque Metropolitano onde está o zoo, deu uma lição de humanidade e empatia ao fazer a seguinte declaração:
"A coisa mais triste foi ver homens e mulheres de minha equipe chorando, com raiva, com o coração partido. Se vocês estão lendo isso, quero dizer-lhes que os apoio totalmente. Que triste também foi a falta de empatia com Franco, o jovem de 20 anos de idade, que todos desprezamos. Hoje falei com seu pai, foi uma conversa muito forte, um homem humilde, e eu disse a ele que para salvar a vida de seu filho tivemos que perder a vida do que mais amamos no zoológico: os nossos animais. Eu soube também que este jovem vivia em um abrigo, seus dois irmãos estão presos e no ano passado sua mãe morreu. Manolo, o nosso leão, nasceu no Zoo e é de longe o mais querido de todos. A história que me mata é a da Fraquinha; esta leoa que ganhou este nome porque chegou no zoo no estado mais lamentável que eu já vi um animal. Ela foi abandonada por um circo em Coihueco e quando chegou não podia sequer levantar-se, eu nunca vi na minha vida um animal tão fraco. Tratadores, técnicos e demais profissionais do zoo fizeram um trabalho de muito carinho para recuperá-la. Alguém realmente acredita de verdade que nós não nos importamos com a morte de nossos leões? Eu os levarei sempre no meu coração, e tenho certeza que estarão no coração de cada um que trabalha aqui. Franco, eu te perdoo, desejo que a vida te dê uma segunda oportunidade que esta sociedade não te deu. É verdade que você está doente, como também é verdade que estamos doentes enquanto sociedade. Eu pelo menos me alegro que pudemos te entregar vivo ao teu pai".
Essa declaração do Maurício me fez lembrar que uma das coisas que acredito que os zoos podem despertar é empatia, que a meu ver é o que pode dar jeito neste mundo. A declaração do Maurício é também um lembrete de que não podemos seguir lutando para salvar animais se nossa compaixão não se estende também a nossa espécie.
Animais ameaçados de extinção
Gorilas são criticamente ameaçados, pela caça, captura, perda de hábitat e fragmentação. Existem duas espécies de gorilas (oriental e ocidental), cada uma com duas subespécies. Só existem cerca de 125.000 gorilas das subespécies ocidentais. Estudos indicam que suas populações declinaram mais de 60% nos últimos 20 a 25 anos. As subespécies orientais, incluindo os gorilas das montanhas, têm de 2.000 a 10.000 indivíduos.
Os programas de reprodução conduzidos por zoos no mundo todo são vitais para a sobrevivência dos gorilas.
Os zoos não apenas contribuem para a reprodução, mantendo uma população de segurança que pode ser reintroduzida, mas também doam, todos os anos, milhões de dólares para a conservação dos gorilas na natureza. Entre 2010 e 2014, apenas os zoos dos Estados Unidos doaram US$ 4,5 milhões para a conservação de gorilas.
Existem cerca de 150 zoos no mundo todo envolvidos no programa de reprodução para conservação dos gorilas ocidentais, manejando aproximadamente 800 gorilas.
Na América do Sul, o único zoo a manter gorilas e participar deste esforço internacional é o Zoo de Belo Horizonte, que há dois anos comemorou o nascimento de dois filhotes. Além da reprodução para a conservação, zoos fazem um trabalho de conscientização para a redução do nosso impacto sobre a espécie. O Zoos Victoria (Austrália), por exemplo, conduz o programa "They are calling on you", que dá a oportunidade de seus visitantes ajudarem diretamente a salvar os gorilas, entregando seus celulares usados para serem reciclados, pois a mineração de coltan para a indústria eletrônica tem um impacto catastrófico na destruição do habitat dos gorilas. O dinheiro arrecadado com esta atividade é doado a uma instituição, o "Gorilla Doctors", que atende gorilas doentes na natureza.
Quem teve a oportunidade de assistir o tocante documentário Virunga pôde constatar a dura realidade de pessoas abnegadas que tentam salvar a vida de gorilas no Congo. "No ano passado, um gorila macho alfa, o líder de seu grupo, e três fêmeas foram baleados e mortos no parque nacional de Virunga, na República Democrática do Congo. Duas das fêmeas tiveram bebês e a outra estava grávida. Os dois bebês não foram encontrados, e especialistas dizem que provavelmente morreram de estresse e desidratação. Esta foi a sétima morte na área de Virunga, que abriga 200 dos restantes 700 gorilas da montanha do mundo. Pensa-se que estas mortes não são o trabalho dos caçadores furtivos, porque os corpos foram deixados intactos. Da mesma forma, em uma cena anterior do abate, um bebê gorila - no valor de milhares de dólares no mercado negro animal vivo - foi encontrado agarrado a sua mãe morta."(Fonte: The Guardian).
Para quem diz que é um crime manter gorilas em cativeiro, sugiro que leiam o texto e assistam o documentário. Assim vocês talvez entendam o que é realmente um crime.
Segurança do visitante e do animal
Outra discussão levantada com os acidentes com os leões e o gorila foi a segurança dos zoos. Zoos precisam ter recintos que garantam a segurança de animais e pessoas? Claro que sim. Mas os visitantes também precisam respeitar tanto a natureza selvagem dos animais quanto as barreiras de segurança e a sinalização de advertência.
Para invadir um recinto, um visitante precisa passar por placas, cercas e outras barreiras físicas. Para que uma criança consiga fazer isto, ela deve estar totalmente sem a supervisão dos pais ou responsáveis. É inaceitável que os pais, supostamente responsáveis, tenham ignorado a sinalização de perigo e deixado a criança sem supervisão.
Esta negligência custou a vida de um magnífico e ameaçado animal e poderia ter custado a vida da criança. No vídeo do gorila é possível ouvir a mãe gritando, enquanto o garoto era arrastado pelo gorila "Mamãe está aqui, mamãe te ama". Bom, seria mais interessante se "mamãe" tivesse cuidado melhor do garoto e impedido que ele caísse no recinto.
Estendo minha solidariedade aos Zoos do Chile e Cincinnati, que certamente estão sofrendo pela perda absurda de membros de sua família, e faço um apelo: Quando visitar um zoo, tenha respeito. Pela sua vida, pela vida das crianças sob seus cuidados e pela vida dos nossos animais. Respeite os limites impostos pelo zoo, respeite as barreiras de segurança e a sinalização. Não deixe que sua negligência ameace a vida de seus filhos e de nossos animais.
Eu discordo do texto, principalmente da frase "Quem trabalha em Zoo sabe o quanto é dficil tomar uma decisão desta". Se fosse dificil já teriam tomado medidas para acabar com esta exibiçao inútil e cooperado para tornar zoos em santuarios de reprodução e não "exibição", onde a vida animal vale menos do que o ingresso pago para entrar. Estudo comportamento animal, e sou apaixonada por eles. A unica matéria decente que lí sobre o assunto foi esta aqui do Jornal Britânico "the independent" que copio abaixo para os que tiverem interesse em ler :http://www.independent.co.uk/voices/the-only-thing-more-upsetting-than-harambe-the-gorillas-death-was-the-reality-of-his-life-a7057981.html O título eu traduzo- A unica coisa mais triste do que a morte do gorila Harambe, era a realidade de sua vida. Acho que todos deveriamos começar a concordar que um animal que divide 98% de seu DNA com os humanos não deveria ser mantido como entretenimento num zoo para nos embasbacarmos.
ResponderExcluirConcordo plenamente com seu comentario e no texto ainda terminam com a frase "Quando visitar um zoo, tenha respeito" oras como assim ? quando vc decide visitar um zoo, ir a um circo com animais, aquarios etc vc ja deixou de "respeitar" os animais que la estão feito prisioneiros ha mt tempo !!
ExcluirSimone
O que deve ser discutido SEMPRE. Porquê eles precisam passar por isso??
ResponderExcluirAbaixo a exploração e acabar com esses malditos zoológicos.
A exposição dos animais dá nisto e muito mais. Já disse e repito, o dinheiro investido nos zoo's deveriam ser doados para Santuários sérios que realmente preservam as espécies, e principalmente deixando-os em contato real com a Natureza. A propósito, se os pais não estavam "cuidando" de uma criança de quatro anos, a ponto de não perceberem o caminho que ela estava fazendo, e as demais pessoas que estavam por lá, não viram qdo ela ultrapassou as "barreiras", ou mesmo quando ela estava escalando a grade a ponto de impedi-la?
ResponderExcluirEm nenhum momento o gorila ameaçou a criança, mas esperar o que de fucionários de zoos ??
ResponderExcluirPra ser curta e grossa os Únicos responsaveis foram os IRRESPONSAVEIS dos #PAIS;.
ResponderExcluirO primeiro erro foi estar no lugar errado, levasse o filho ao cinema, pra comer pipoca e tudo isso teria sido evitado.
O segundo e fatal erro foi NÃO tomado conta do Filho que É o minimo que se pode esperar que quem é PAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII.
Sou contra zoologicos, pois muitos de sua especie são mortos para um exemplar ir parar no zoo pra começar, desculpe a frieza os gorilas da montanha estao ameaçadissimos de extinção o ser humano se prolifera mais que rato, então em primeiro lugar preservar quem corre risco de não mais existir, e por ultimo o gorila não ia machucar a criança em momento algum mas a estupidez humana sempre vence nestes casos,quanto a negligencia dos pais sem comentarios.
ResponderExcluirDiscordo do texto quando passa a tratar do tema como se o ocorrido tivesse sido lamentável ao zoológico. Não foi!
ResponderExcluirInfelizmente atrás do pobre gorila sacrificado, outros tantos virão para servirem de voyeurismo e exibicionismo sádico. Ou seja, o plantel estará garantido em número e espécies apresentadas. Para eles, houve muito pouco de "estrago".
Assim como o caso brasileiro do menino que perdeu o braço na jaula do tigre, a maternidade e a paternidade são incumbências a serem vividas ad eternum no que tange ter filhos. Zelar pela integridade física daquele que foi gerado é norte para qualquer responsável e nesse caso do gorila, eu percebo, entendo que a criança não estava sendo plenamente vigiada.
Que esse caso seja pedagógico às sociedades do Mundo e comecem a questionar se aprisionar animais para exibição é algo salutar, educativo, benéfico à fauna (saliento aqui que não é) e edificante, se é ético a nós humanos cercearmos vidas sencientes em grades a troco de lazer familiar.
Não concordo com o texto, assim como não concordo com a caça, com zoológicos, circos e qualquer lugar que tire a liberdade dos animais na natureza para entreter gente medíocre que desmerece esse planeta.
ResponderExcluirQuando vi a propaganda da arvore andando até a cidade e no final foi dito que infelizmente na Cidade ela é mais protegida do que na floresta, pensei muito nos zoológicos. Não é o melhor lugar para que os animais vivam. O ideal é que vivam na floresta, no habitat natural. Mas, ao mesmo tempo, será que na floresta estão protegidos? Poxa. Se nem nos parques nacionais estão protegidos, menos ainda na floresta. Zoológicos não são ambientes ideais para os animais, mas, quem ali trabalha, preza pela proteção da espécie e investem em programas de reprodução, que essenciais para a preservação das espécies. Não acredito que os funcionários dos zoológicos tenham culpa. Os maiores culpados nessas tristes histórias são os pais ou responsáveis, que não tiveram a cautela de manter sob guarda os menores ou incapazes. O ser humano precisa ainda evoluir muito, para conviver com outra especies no ambiente e, infelizmente, isso está muito longe de acontecer.
ResponderExcluirPela fisionomia da mãe da criança, é possível perceber muita coisa - uma idiota. Como idiotas são - com todo o respeito - todos aqueles que insistem em colocar filhos neste mundo que não comporta mais nenhum humano.
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