21/06/2016

3 comportamentos péssimos que levam ao abandono de animais, medidos pelo Ibope

A pesquisa revela tudo que já sabemos faz tempo, né mesmo? Mas, que bom que foi feito uma matéria decente sobre o assunto. Recomendo a leitura.....
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Uma pesquisa exclusiva revela: o brasileiro compra animais sem pensar nas implicações, não os castra e os abandona por motivos fúteis

Cerca de 42% dos donos de cães e gatos no Brasil não castram seus animais. Esse é um dos comportamentos do brasileiro que levam à proliferação descuidada desses animais, a seu consequente abandono, vulnerabilidade a maus-tratos e sofrimento desnecessário. Além disso, a
multiplicação descontrolada dos animais aumenta o risco de difusão de doenças entre eles e para seres humanos. A pesquisa Paixão por bichos de estimação foi feita pelo Ibope Inteligência e pelo Instituto Waltham, ligado a fabricantes de ração.

O tema ganha relevância por causa do crescente convívio de bichos estimação com as famílias brasileiras. O IBGE estima que haja ao menos um cão em 30 milhões de domicílios no país, ou 44,3% do total. Há no país 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos domésticos. Essas duas populações vêm se expandindo – a dos cães, cerca de 6% ao ano, e a dos gatos, cerca de 12% ao ano, segundo dois estudos feitos em 2001 e 2009, sob orientação de Ricardo Dias, professor na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP). Ele também colaborou com a pesquisa Paixão por bichos de estimação. Amparado nos dados da nova pesquisa, Dias faz um alerta. “Os sinais são preocupantes. Mostram que o brasileiro procura animal de estimação baseado em modismos de raça e tem baixa propensão a tentar manter o animal, diante de mudanças no estilo de vida”, afirma.

Também é razoável supor que parte das pessoas que abandonam um bicho de estimação fez uma tentativa honesta. Parte dessas pessoas começou a se relacionar com o animal por meio de uma iniciativa correta – a adoção. Quem adota um animal e tenta cuidar dele, mas se vê forçado a abandoná-lo por motivos de força maior, fez um esforço para diminuir o problema e não o tornou pior do que já era. Outra parte, ainda, é obrigada a se separar do animal mas consegue entregá-lo a uma nova família, que cuidará bem dele. O número crescente de animais abandonados nas cidades brasileiras, porém, indica que muita gente não se enquadra nesses casos benignos.

A seguir, os três comportamentos preocupantes do brasileiro ao lidar com animais domésticos.

Cerca de 42% dos donos de cães e gatos no Brasil não castram seus animais. Esse é um dos comportamentos do brasileiro que levam à proliferação descuidada desses animais, a seu consequente abandono, vulnerabilidade a maus-tratos e sofrimento desnecessário. Além disso, a multiplicação descontrolada dos animais aumenta o risco de difusão de doenças entre eles e para seres humanos. A pesquisa Paixão por bichos de estimação foi feita pelo Ibope Inteligência e pelo Instituto Waltham, ligado a fabricantes de ração.

O tema ganha relevância por causa do crescente convívio de bichos estimação com as famílias brasileiras. O IBGE estima que haja ao menos um cão em 30 milhões de domicílios no país, ou 44,3% do total. Há no país 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos domésticos. Essas duas populações vêm se expandindo – a dos cães, cerca de 6% ao ano, e a dos gatos, cerca de 12% ao ano, segundo dois estudos feitos em 2001 e 2009, sob orientação de Ricardo Dias, professor na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP). Ele também colaborou com a pesquisa Paixão por bichos de estimação. Amparado nos dados da nova pesquisa, Dias faz um alerta. “Os sinais são preocupantes. Mostram que o brasileiro procura animal de estimação baseado em modismos de raça e tem baixa propensão a tentar manter o animal, diante de mudanças no estilo de vida”, afirma.

Também é razoável supor que parte das pessoas que abandonam um bicho de estimação fez uma tentativa honesta. Parte dessas pessoas começou a se relacionar com o animal por meio de uma iniciativa correta – a adoção. Quem adota um animal e tenta cuidar dele, mas se vê forçado a abandoná-lo por motivos de força maior, fez um esforço para diminuir o problema e não o tornou pior do que já era. Outra parte, ainda, é obrigada a se separar do animal mas consegue entregá-lo a uma nova família, que cuidará bem dele. O número crescente de animais abandonados nas cidades brasileiras, porém, indica que muita gente não se enquadra nesses casos benignos.

A seguir, os três comportamentos preocupantes do brasileiro ao lidar com animais domésticos.

PROPENSÃO A ABANDONAR O ANIMAL

Apenas 41% dos donos afirmam que levarão o animal consigo, caso tenham de se mudar. Isso significa que seis em cada dez acham duvidoso que consigam fazer isso. “Existem alguns motivos compreensíveis para deixar um animal”, afirma Dias, da USP. “É o que acontece com quem se vê obrigado a se mudar de um imóvel maior para um menor, ou de uma casa para um apartamento”. Mas a pergunta apresentada na pesquisa não incluía esse tipo de circunstância forçada.

HISTÓRICO DE ABANDONO DE ANIMAL

Entre os brasileiros que já tiveram um cão ou gato e não têm mais, 14% justificam a separação alegando mudança de residência. Parte dessas famílias certamente não teve alternativa, como mencionado no tópico anterior. Pelos dados de abandono, porém, grande parte poderia planejar a mudança junto com o animal, e não o fez. E outros 14% explicam a separação alegando motivos que poderiam ter sido evitados com algum planejamento (leia os detalhes abaixo -- em cor-de-laranja estão os motivos questionáveis para tentar justificar a separação do animal). Mesmo as pequenas parcelas de participantes que deram as respostas indicadas em laranja, abaixo, ajudam a piorar significativamente o problema, porque as porcentagens se aplicam sobre os milhões de domicílios que escolhem ter animais. Entre os que já tiveram cães e gatos e não têm mais, 67% responderam que ele morreu, 5%, que foi envenenado, e 2% que foi roubado -- esses motivos estão em cinza.
NEGLIGÊNCIA COM A CASTRAÇÃO

Atualmente, a castração de machos e fêmeas pode ser feita sem dor e sem alteração do comportamento natural dos animais. Há ONGs e escolas de veterinária que prestam o serviço gratuitamente (leia mais a respeito no fim deste texto*). Restam poucas justificativas para que muitos donos ainda permitam a proliferação descontrolada de animais. Cerca de 42% dos donos de cães e gatos no Brasil não os castram.

A pesquisa foi feita pelo Ibope e pelo Instituto Waltham em 2015. Incluiu 13 grupos de discussão em São Paulo, Recife e Porto Alegre, e 900 entrevistas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal. Os 900 entrevistados se dividiam em três grupos de 300 participantes cada um: donos de cães, donos de gatos e não possuidores de bicho de estimação, mas com intenção de ter um.

* Sobre castração e esterilização:

No Rio de Janeiro
O Programa Bicho Rio oferece esterilização gratuita de cães e gatos em nove centros cirúrgicos e aceita agendamento pela internet. O agendamento também pode ser feito pelos telefones (21) 2976-2416 e (21) 3108-1007, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O responsável pelo agendamento deve comparecer com o animal no dia e horário marcados, com original e cópia de carteira de identidade, CPF e comprovante de residência. Somente a pessoa cadastrada pode levar o animal.O agendamento é de um animal por vez. Só é possível fazer um novo agendamento após a castração que foi agendada. Há mais informações no site da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Em São Paulo
Na cidade de São Paulo, deve-se registrar cães e gatos no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) ou em unidades de Supervisão de Vigilância em Saúde (Suvis). Com a emissão do Registro Geral Animal (RGA), o dono recebe uma placa com o número de identificação e os contatos do CCZ, a fixar na coleira do animal. Essas informações ajudam a encontrar o dono em caso de fuga. No momento do cadastro, é possível agendar uma cirurgia de castração em clínicas particulares conveniadas com a prefeitura. O CCZ informa que oito dessas clínicas fazem a cirurgia gratuitamente, por meio do Programa Permanente de Controle Reprodutivo de Cães e Gatos. Podem inscrever seus cães e gatos os donos de animais que vivem no município. Cada pessoa tem direito à castração de 10 animais. O dono do animal deve levar para a inscrição carteira de identidade, CPF e comprovante de residência na capital paulista. Não é necessário levar o animal no dia do cadastramento. Com o Termo de Encaminhamento expedido pelo CCZ ou por uma Suvis, o dono do animal escolhe a clínica mais próxima da sua casa. De posse desse termo, o interessado pode fazer o agendamento por telefone (o contato é fornecido no momento do cadastro). O ideal é que os animais sejam castrados até os seis meses de idade, antes de entrar no cio e produzir ninhadas indesejadas. Os endereços para cadastro estão disponíveis na página do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

FONTE: epoca.globo

3 comentários:

  1. As pessoas não estão tendo responsabilidade nem com seus próprios filhos, o que dirá dos animais?

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  2. Jorge Romano21/06/2016, 20:46

    Pesquisa IBOPE, desculpem, não acredito. 63% não levariam seu cão em caso de mudança? Qual o público alvo dessa pesquisa? Não foi entre as pessoas que conheço. Admito que um percentual realmente não levaria, mas 63% nunca. Pior ainda com relação aos gatos, que pouco espaço ocupam, 56% não levariam o bichano? Me parece que a pesquisa pode vir a trazer "alento ao coração" de quem abandonar seu companheiro.

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  3. Até alguns veterinários recomendam que a fêmea tenha uma cria antes de castrá-la. Acho que eles têm medo de que os clientes acabem, se todos castrarem as fêmeas antes que tenham pelo menos uma cria. O que é uma burrice, já que algumas pessoas não levam seus bichos ao veterinário exatamente porque tem muitos abandonados. Pensam assim: Não tem problema estar doente, se morrer eu arranjo outro. E o pior é que arruma mesmo, cão e gato é muito fácil de se achar. Se fosse difícil conseguir outro, em caso de uma pequena dor de cabeça, corriam para o veterinário.

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