14/12/2015

Por que o uso de antibióticos na criação de animais ameaça a saúde humana

Estes exploradores da industria da carne vão matar todo mundo.... idiota é quem continuar a consumir carne de animais.... não fora por pena deles, mas, que seja pela sua saúde..... Abaixo duas matérias sobre o assunto:
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Fazendeiros e criadores precisam cortar drasticamente o uso de antibióticos em seus cultivos e criações de animais, porque essa atividade está se tornando uma ameaça à saúde humana, segundo um relatório publicado no periódico Review on Antimicrobial Resistance.

O uso abusivo destas substâncias tem feito com que algumas doenças sejam atualmente quase impossíveis de serem combatidas.

Mais da metade dos antibióticos no mundo são
usados em animais, muitas vezes para fazer com que cresçam mais rápido.

O relatório científico ainda indica novos parâmetros para o uso de antibióticos em animais.

A administração excessiva destes medicamentos na criação de animais ganharam novo destaque no mês passado, quando, na China, pesquisadores advertiram que estamos à beira de uma "era pós-antibióticos".

Os cientistas descobriram uma bactéria resistente à colistina, antibiótico usado quando outros meios usualmente empregados para combatê-la haviam falhado. Aparentemente, ela surgiu em animais criados por agricultores e também foi detectada em pacientes em hospitais.

Excesso
Em alguns casos, antibióticos são usados para tratar infecções em animais doentes, mas a maioria é usada de forma profilática em animais saudáveis para prevenir infecções ou aumentar seu ganho de peso - uma prática controversa e mais comum em criações intensivas.

A expectativa é de que o consumo de antibióticos no mundo aumente 67% até 2030. Só nos Estados Unidos, são usadas anualmente 3,4 mil toneladas destas substâncias em pacientes e 8,9 mil toneladas em animais.

O economista Jim O'Neill, que liderou o estudo, disse que estes índices são "estarrecedores" e que 10 milhões de pessoas morrerão por causa de infecções resistentes a antibióticos em 2050 se esta tendência não for revertida.

O'Neill destaca em seu trabalho que a maioria das evidências científicas apontam para uma necessidade de redução do uso de antibióticos.

Ele indica que uma meta razoável para o uso de antibióticos pela agricultura seria de 50 mg para cada 1 kg de animais - um nível já colocado em prática por um dos principais países exportadores de carne de porco do mundo, a Dinamarca.

A título de comparação, os Estados Unidos usam quase 200 mg/kg e Chipre emprega mais de 400 mg/kg.

Custo
"Tenho certeza que muitos criadores pensarão 'Bem, se temos que fazer isso, significa que o preço cobrado pelo que produzimos aumentará e não conseguiremos mais concorrer no mercado", disse O'Neill à BBC.

"O exemplo dinamarquês mostra que, após um custo de transição inicial, a longo prazo, os preços não foram afetados, e a Dinamarca manteve sua participação de mercado."

Antibióticos são mais úteis em criações com instalações com muitos animais e sujas, onde as infecções se espalham mais facilmente, então, locais mais espaçosos e higiênicos são uma forma de reduzir a necessidade de aplicar estas substâncias.

Condições ruins de criação favorecem infecções

O relatório também recomenda um maior investimento na pesquisa de vacinas e testes para diagnosticar infecções específicas e afirma que países deveriam adotar uma lista de antibióticos que nunca deveriam ser usados em animais por causa de sua importância no tratamento de humanos.

Jianzhong Shen, da Universidade Agrícola da China e um dos descobridores da resistência à colistina, diz que "todos os países do mundo deveriam usar antibióticos na criação de animais de forma mais prudente e racional".

"Agora é a hora de haver uma reação global para restringir ou proibir o uso de antibióticos para acelerar o crescimento ou prevenir doenças."

FONTE: G1
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Uso exagerado de antibióticos em animais para abate pode induzir infecções resistentes em humanos

Desde 2012 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, vem controlando o uso de antibióticos em humanos, porém, a busca por produtividade nas granjas e fazendas, fazem dos animais os maiores consumidores destes insumos.

Para se ter uma ideia do do tamanho do problema, nos EUA, 70% dos antibióticos comercializados naquele país, são para uso por animais, não somente para tratar, mas principalmente para prevenir infecções que possam retardar o crescimentos dos animais para abate. No mundo, este percentual de antibióticos para uso animal chega a 50%.

No mês passado, cientistas chineses descobriram uma bactéria resistente à colistina, antibiótico usado quando outros meios usualmente empregados para combatê-la haviam falhado. Aparentemente, ela surgiu em animais criados por agricultores e também foi detectada em pacientes em hospitais. Já chega a se falar em uma era em que os antibióticos serão totalmente ineficazes em humanos, o que poderá ser responsável por mais de 10 milhões de mortes até 2050.

A Dinamarca, um dos principais exportadores de carne de porco no mundo, conseguiu reduzir o uso de antibióticos na agricultura para no máximo 50 mg para cada 1 kg de animais. A título de comparação, os Estados Unidos usam quase 200 mg/kg e Chipre emprega mais de 400 mg/kg.

É necessário que a Anvisa inicie imediatamente um controle maior dos antibióticos utilizados nas agricultura e o Ministério da Agricultura estabeleça técnicas de manejo mais adequado dos animais. Antibióticos são mais úteis em criações com instalações com muitos animais e sujas, como galinheiros e pocilgas de criação intensiva. Neste as infecções se espalham mais facilmente.

Alguns criadores no Brasil já vem adotando locais mais espaçosos e higiênicos como forma de reduzir o stress nos animais e a necessidade de aplicar estas substâncias.

FONTE: 180graus

3 comentários:

  1. Quando eu digo todo mundo ri da minha cara,como é dificil o ser humano parar com certos hábitos.

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  2. Gostaria que noventa por cento da população mundial desaparecesse - seria maravilhoso que o mundo pudesse respirar novamente.

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