Em meio ao caos na África Central caçadores sudaneses matam elefantes

A patifaria da caça rola solta.....
Fonte: Daily Mail
Colaboração: Helô Arruda
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Caçadores sudaneses estão aproveitando o caos na República Central Africana dilacerada por conflitos e estão matando elefantes e outros animais selvagens, declararam os especialistas que monitoram as sanções da ONU, em um relatório confidencial visto pela Reuters.

A República Central Africana (CAR) caiu no caos em março de 2013, quando rebeldes da etnia Seleka predominantemente muçulmanos tomaram o poder provocando represálias por parte das
milícias cristãs que atacaram dezenas de milhares de muçulmanos do sul, que  acabaram cercados.

Embora os grupos armados rivais concordassem em um acordo de paz em maio, o conflito continuou em menor intensidade, e um governo de transição tem sido incapaz de firmar a sua autoridade sobre o vasto território do CAR, país rico em minerais. Um dos principais problemas é o tráfico dos chamados "diamantes de sangue". 

Em maio dois grupos de cerca de 200 caçadores clandestinos do Sudão estavam ativos no leste da CAR, matando elefantes e outros animais selvagens, de acordo com o relatório. "Eles costumam estabelecer um acampamento base, de onde se dividem em pequenos grupos de 20 a 30 caçadores furtivos", disse o painel. "A diminuição drástica na população de paquidermes - cerca de 400 elefantes da savana permanecem no CAR oriental - está obrigando os caçadores ilegais a permanecer mais tempo no carro do que antes, inclusive durante a estação das chuvas", acrescentou.

O painel disse que os caçadores sudaneses são experientes, bem-armados com fuzis de assalto AK-47 e temidos. Houve também casos em que os caçadores atacaram membros do Exército de Resistência do Senhor (LRA), um grupo rebelde que se levantou contra o governo de Uganda em 1980 e é ativo na CAR.

Especialistas disseram que os caçadores furtivos sempre transportam presas de elefante, ouro e outros objetos de valor.

"Mesmo que os caçadores sejam denunciado por roubo e assédio a civis, não houveram mortes ou atos de violência sexual relatados", disse o relatório, acrescentando que os caçadores clandestinos provavelmente querem evitar chamar a atenção de uma força militar da União Africana, buscando neutralizar o temido LRA.

A Missão da ONU no Sudão, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Os especialistas disseram que o LRA "continua a ser uma das principais ameaças à paz e segurança no leste e sudeste da República Centro-Africano, em particular nas províncias que fazem fronteira com o Sudão, Sudão do Sul e Congo." "As operações do LRA ainda são principalmente focadas em gerar receitas com a exploração e comercialização de recursos naturais, especificamente marfim e ouro", disse.