24/09/2015

Associações censuram Governo de Macau por não acabar com corridas de cães

Os números são assustadores..... 30 cães são mortos por mês porque não estão mais aptos para correr..... Em abril de 2012 já denunciávamos a patifaria: Companhia que explora corrida de cães na China desiste de doar cães "inservíveis"
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"O canídromo é a pior pista de corrida de cães do mundo porque nenhum cão sai de lá vivo", acusa a presidente da Grey2K USA, Christine Dorchak.

Organizações internacionais de defesa dos animais criticaram o chefe do Governo de Macau que, na semana passada, disse que "não é justo" encerrar "de um dia para o outro" o canídromo, cujo contrato de
concessão termina em dezembro.

"Compreendo que Chui Sai On tem de ter muitos fatores em consideração, mas a história das corridas de cães em Macau deve, de facto, ser um dos motivos mais fortes para apoiar o encerramento do canídromo", afirmou, em resposta à agência Lusa, Lyn White, representante da Animals Australia, uma das nove organizações envolvidas na campanha para encerrar a pista de corrida de galgos.

Lyn White reagia às palavras do líder do executivo de Macau que, na quinta-feira, sugeriu que o canídromo pudesse não ser encerrado no final do ano, ao fim de 50 anos de funcionamento.

"A indústria de jogo foi sempre a indústria principal de Macau. As corridas de galgos têm a sua história e são uma componente importante para a diversificação do setor. Não é de um dia para o outro que vamos suspender as corridas de galgos, isso também não é justo", disse aos jornalistas, indicando, ao mesmo tempo, que foi encomendado um estudo sobre o assunto a uma universidade local.

A representante da maior organização de defesa dos animais da Austrália, de onde chegam a maioria dos cães que correm em Macau, lembrou que "há mais de quatro décadas que [o canídromo] mantém dezenas de milhares de cães em condições miseráveis e inapropriadas, ao mesmo tempo que matou milhares de animais cujo único 'crime' foi não correrem rápido o suficiente".

Lyn White disse ainda que, mesmo sabendo que o prazo da concessão estava a chegar ao fim, os operadores do canídromo, a Companhia de Corridas de Galgos de Macau (Yat Yuen), "falharam em apresentar uma única razão legítima para que continue a operar" e, assim sendo, "a não renovação da concessão não pode ser vista como súbita ou injusta".

"O facto de o canídromo continuar descaradamente a importar cães, sabendo que as instalações podem vir a fechar, revela como não se importam com as vidas e o bem-estar destes animais. Pedimos a Chui Sai On que suspenda imediatamente a importação de mais galgos para Macau, enquanto os estudos encomendados pelo Governo estão a ser conduzidos", apelou.

Reação semelhante teve a presidente da Grey2K USA, Christine Dorchak: "O canídromo é a pior pista de corrida de cães do mundo porque nenhum cão sai de lá vivo".

Reafirmando os esforços da organização norte-americana para o encerramento do canídromo, Dorchak lembrou a vigília que se realiza no dia 30 deste mês, em homenagem aos galgos de Macau e que vai decorrer em 26 cidades mundiais.

Nestas vigílias, será lida uma carta do presidente da associação local Anima, Albano Martins.

O documento indica que cerca de 30 animais são mortos por mês no canídromo, quando deixam de ser competitivos. "Só nos últimos dez anos, estimamos que o número de animais mortos chegou aos 4.000", lê-se na carta, que termina com um pedido de apoio à petição que insta o Governo de Macau a não renovar a concessão, uma campanha já com 340 mil apoiantes.

Além das questões do bem-estar animal - a Anima estima que só este ano tenham sido abatidos 160 a 170 cães -, Albano Martins invocou ainda motivos de ordem financeira e comunitária.

O canídromo está localizado na zona norte da cidade, a mais densamente populosa do mundo, onde escasseiam espaços públicos. "Qual é a razão para que uma área daquelas, que não tem equipamentos sociais, que não tem zonas verdes, continue a ter às suas portas animais a ganir a noite inteira e, sobretudo, instalações totalmente degradadas, e uma das pistas consideradas das piores do mundo", questionou.

O canídromo paga também menos impostos que os outros espaços de jogo, disse Martins: 25% ao invés de cerca de 40%. Para o presidente da Anima, só com esta benesse é que o espaço pode operar.

FONTE: DN_PT

Um comentário:

  1. A única coisa que realmente importa àqueles desgraçados é o dinheiro das corridas. Ainda bem que o pessoal manda bem lá e não abrem mão de jeito nenhum em encerrá-las de vez.

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