03/07/2015

Cão ajuda a amenizar sofrimento da perda no Memorial de Santos

Não é só no Japão que tem coisas lindas, gente. Olha que espetáculo.... Muito lindo mesmo!!!!! me lembrou o programa APPET que fiz aqui, quando conveniada com a Prefeitura do Rio. Era atendimento de apoio aqueles que sofriam pela perda dos seus animais. Foi um programa maravilhoso e um dos que me roubaram.... fiz um câncer não foi a toa, gente!!!!!
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Três vezes por semana, um profissional baixinho comparece devidamente uniformizado para atender na sala dos velórios do Memorial Necrópole Ecumênica de Santos. Seu nome é Freud e sua função é aliviar a dor de quem passa pela perda. Seu atendimento é gratuito e para todos. O homônimo do pai da psicanálise é o cão da raça Schnauzer, de 11 anos, pioneiro no serviço de apoio a pessoas em velórios.


A terapia começou faz um mês. No bolso da roupinha azul, que lembra o céu, Freud leva frases, como: “às vezes, o apoio e o conforto de que você precisa vêm de onde você menos espera”. De vez
em quando, também encaminha flores a quem mais lhe deu carinho.

A cena, que se repete a cada um de seus atendimentos, é curiosa. O cão funcionário chega devagar. Ao ser percebido, inicialmente causa estranheza – assim como qualquer pessoa desconhecida ao aparecer no velório de alguém. Mas em poucos segundos, algum dos “pacientes” se rende: se agacha e chama o pet para dar e receber carinho e, principalmente, conforto.

A dona do cãozinho é Victoria Girardelli, idealizadora do Dr. Auau – o segundo projeto do Brasil e o primeiro de Santos que utiliza cães no tratamento e recuperação de pessoas doentes, em hospitais. Ela conta que está cientificamente comprovada a melhora nos quadros de doenças quando há interação entre humanos e animais domésticos.

Endorfina

O motivo, segundo a psicóloga Ceres Faraco, diretora científica do Instituto Nacional de Saúde e Psicologia Animal (Inspa), é simples. O amor dispensado no afago ao bicho pode liberar no corpo humano dois tipos de hormônios: a ocitocina e a endorfina, substâncias que provocam relaxamento e prazer.

“Vários estudos tentam entender o que os animais fazem com as pessoas, que mobilizam tantos sentimentos. Mas é fato que, nesse momento, o cão pode deslocar o foco da dor e depressão e ajudar na situação de luto, para amenizar o sofrimento”, explica Faraco.

Pioneira

Sergio Lascane, gerente de Marketing do Memorial, conta que a iniciativa é pioneira no mundo. “A ideia surgiu com o nosso diretor-presidente, Pepe Altstut, que gosta muito de animais. E foi incrível. O cão entra discretamente e as pessoas imediatamente interagem. O impacto do luto diminui”, conta.

A família de Eliete Gouveia, professora de 46 anos que estava no velório do pai, aprovou a ideia. “Um animal sempre traz alegria. Por mais que a gente esteja no sofrimento, conseguimos parar de pensar um minuto nisso. Ele (o cão) só recebe carinho e é disso que a gente precisa. Só com o olhar, já comove”.

Por enquanto, Freud é parceiro do Memorial em Santos e faz visitas três vezes por semana, geralmente às segundas, quintas e sextas-feiras. A ideia é que outros cães, devidamente preparados, sejam inseridos no projeto.

Fonte: A Tribuna

3 comentários:

  1. Muito apropriado se for um cão treinado e tranqüilo sabendo se portar de acôrdo com a gravidade do evento porque não seria conveniente latidos e correrias numa hora dessas por mais que as pessoas presentes amem os animais.

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  2. Gente inteligente entende o motivo de tal programa, mas sei de gente ignorante que escorraçaria o animal do local,achando isso falta de respeito, etc. Lembro-me de quando fazia tratamento contra o câncer, trouxeram cães para ajudar na terapia e enquanto os afagava, ouvi as seguintes frases: "Cachorro em hospital? Era só o que faltava"! - "Isso é um hospital, tem gente doente e bicho trás doenças, credo"! - "Isso não pode continuar, vou reclamar com o responsável. Quem já se viu, cachorro em hospital"?
    O lado bom é que tais pessoas foram ignoradas e os cães continuaram, o outro lado bom é que me curei com a colaboração deles e ainda, aqueles que não gostavam de cachorro foram pro beleléu.

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