12/01/2015

Santa-cruzense espera quatro meses para reaver seu gato em Londres

Tenho uma amiga que, apesar de casada com um inglês, sempre se negou a morar naquele país por causa destes problemas..... A coisa lá é bastante rígida.... uma quarentena exagerada para meu gosto.... e há anos que isto e assim.....
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Em poucos dias, Bóris finalmente vai voltar para a família
Após se mudar em setembro, casal foi obrigado a deixar pet em empresa de realocação de animais

Prepare-se. A história a seguir reserva fortes emoções para os amantes dos bichos de estimação. Em especial, os intitulados “gateiros”. O motivo? Os quatro meses em que Bóris, o gatinho mais novo de Sabrina Schneider e Daniel Flavio Schuh, está longe dos donos, que se mudaram do Brasil ao Reino Unido. O que era para ser uma transição calma, porém, se transformou em dor de cabeça para
os santa-cruzenses. Isso porque nesse país, as regras para a entrada de animais são extremamente rígidas. Se não forem executadas à risca, fica extinta qualquer possibilidade de criar os bichinhos em solo britânico.

Conforme Sabrina, que é jornalista e professora de Literatura, a partir do momento em que a possível transferência do marido à Europa começou a obter contornos mais definidos, eles iniciaram o planejamento para o transporte dos pets Bóris e Thomas – dois meses mais velho. O passo inicial foi entrar em contato com a agência Animal and Plant Health Agency (Apha), órgão do governo britânico que estabelece as normas, por meio do Pet Travel Scheme. 

O primeiro susto foi descobrir que o Brasil estava na categoria dos “países não listados”, ou seja, que não têm acordo com o Reino Unido para essa questão. Mau sinal. Mais tarde, souberam que os pets devem ser encaminhados com microchip de identificação, estar em dia com a vacinação antirrábica e ter passaporte. Soma-se a isso a comprovação, por meio de exame, de que o bichinho tem níveis adequados de anticorpos contra a raiva. “O problema é que, por considerarem as leis do Brasil em termos de vigilância sanitária ‘frouxas’, mais questões são exigidas, como outra espécie de passaporte animal, emitido por veterinários do Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro)”, explica Sabrina. 

Embora correr atrás de todos esses requisitos tenha tomado tempo e, como era de se esperar, resultado em custos para o casal, tudo corria dentro do normal. Afinal, as normas haviam sido cumpridas. O transtorno maior, no entanto, começou no momento do transporte. Os pets não poderiam viajar na cabine, muito menos serem despachados como bagagem. Precisaram viajar em um voo exclusivo de carga e, para complicar, ainda era necessário contratar agentes para resolver os trâmites na partida e na chegada. Uma dor no coração dos “pais”, que não puderam se deslocar junto com os pequeninos. Mas, para não se separar em definitivo dos pets, Sabrina e Daniel acolheram todas as medidas. 

Muita burocracia depois, todos estavam em Londres no dia 17 de setembro. Um dia após a chegada, porém, descobriram que a leitura do chip de Bóris não havia sido feita com sucesso. Foi então que o casal se dirigiu ao terminal onde os animais estavam abrigados e tomou conhecimento de que Thomas fora liberado, mas o companheiro, não. “Não tínhamos prova de que o Bóris era o Bóris, aquele gatinho fofo, que estava com todas as vacinas em dia e vendendo saúde”, lembra Sabrina. A solução do caso teve apenas uma alternativa: “pena” de quatro meses longe dos donos, em uma empresa especializada na realocação de animais. “Foi uma choradeira, mas o que nos consolou é que ele era – e ainda é – muito bem tratado. Todos os profissionais são aptos e extremamente cuidadosos “, comenta ela, que conta os dias para poder se juntar novamente ao felino.

História repercute em rede social
Como forma de dar vazão à tristeza, a professora Sabrina Schneider relata as peripécias envolvendo o gato Bóris via Facebook. De início, a ideia era retratar a história aos amigos que se mostraram preocupados com a situação. Mas, para sua surpresa, as atualizações de status acabaram sendo as mais curtidas. “Não houve nenhum desejo de dar visibilidade a isso, até porque não tivemos indignação a manifestar”, comenta. A vontade de externar a situação via rede social ganhou mais força, porém, quando a clínica responsável por implantar o microchip – vendido com garantia de 25 anos – e a empresa que comercializou a tecnologia se eximiram da responsabilidade de ressarcir o casal.

Contagem regressiva
Faltam menos de dez dias para que Sabrina e Daniel possam levar Bóris à nova casa. Até lá, se dividem para visitar o bichinho, que, confessa a dona, é todo mimado pelas cuidadoras do local. Outro contratempo, porém, impediu que a professora fosse visitar seu estimado bichinho. Em 14  de dezembro ela quebrou o tornozelo e, agora, os períodos de carinho ficam apenas sob responsabilidade do maridão. “Logo tudo vai passar, ele vem para casa no dia 19 de janeiro, mesma data em que vou retirar o gesso”, comemora. E se as adversidades causaram estresse, custo e, o pior, separaram donos e animal de estimação, a expectativa para afofar e encher o gatinho de cafuné quase não cabe no coração de Sabrina e Daniel. “Estamos loucos para vê-lo explorando a casa nova, correndo escada acima e abaixo. E não só nós, Thomas também conta os minutos. Inseparáveis, vão voltar a brincar de “luta” e a dormir amontoadinhos”, finaliza.

FONTE: Gaz

5 comentários:

  1. O mo deuso, que gracinha. Tomara que eles se reencontrem logo, logo. Como é gratificante quando nos deparamos com pessoas que, realmente, se importam com seus "filhos". Amo gatos!

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  2. Desejo q Sabrina, Daniel, Thomas e Boris possam viver juntos e felizes novamente logo!

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  3. Torcendo por essa família linda. Sempre juntos.

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  4. Pelo fato de ficar longe do peludinho eu processava a empresa que vendeu o chip. Se tem garantia, a responsabilidade é deles. Meu coração está na boca só de pensar em ficar longe do gatinho. Quando um dos meus tem que ficar internado eu sofro demais. Não gosto de me separar deles... Que trauma para o gatinho!

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  5. Excessivo rigor para a entrada de animais geneticamente puros e bons num país que não tem como impedir a entrada de terroristas potencialmente impuros e maus.

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