12/05/2014

Após vender passagem, empresa de ônibus se recusa a levar cão - AC

Agora vejam só que patifaria.... agora vão ficar discutindo o sexo dos anjos....
______________________
Animal foi impedido de embarcar em ônibus que faz
linha entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul
Foto: Arquivo Pessoal
O que seria apenas uma viagem de férias para o município de Cruzeiro do Sul, distante 648 km de Rio Branco, se tornou uma dor de cabeça para a estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal do Acre (Ufac), Talita Azevedo, de 25 anos e sua irmã. O motivo é que após a compra da passagem de ônibus e a garantia da empresa Petroacre, o cachorro Frederico não pode embarcar.

A universitária conta que fez a pesquisa junto as três únicas empresas que fazem o percurso com uma semana de antecedência. Duas delas se recusaram a transportar o animal e somente a Petroacre informou que faria a viagem, desde que o cachorro estivesse medicado. Além disso, segundo a consumidora, o animal não seria
transportado no compartimento de bagagens.

"Eles disseram que levavam, desde que o cachorro tivesse tomado remédio calmante e estivesse na casinha. Também questionei se ele iria no compartimento das bagagens ou se iria em cima e me disseram que se ele estivesse dopado e na casinha, não teria problema", explica.

Após a pesquisa, em outro momento, a estudante se dirigiu novamente à rodoviária para comprar as passagens e todas as garantias, anteriormente acordadas para a viagem do animal, foram confirmadas. Em seguida, começaram os preparativos para as férias e a regularização das vacinas e consultas do Frederico na veterinária. "A gente foi no veterinário, teve uma série de gastos como atestado, remédio e comida", diz.

Animal estava com cartão de vacinação e atestado
para transporte expedido por veterinária de Rio Branco
Foto: Talita Azevede/ Arquivo Pessoal
O problema surgiu no momento do embarque nesta quarta-feira (7). Talita conta que o animal estava medicado, apesar de acordado, no entanto, o motorista se recusou a embarcá-lo. "O motorista disse que só levaria se o Frederico estivesse dormindo e lá embaixo, não levaria em cima de nenhuma forma. E a veterinária disse que não era aconselhável porque de Rio Branco para Cruzeiro do Sul são 12 horas de viagem", fala.

Mesmo após conversar com a encarregada pela venda de passagens, não teve jeito. O Frederico não embarcou. "A gente não está questionando se é errado levar ou não o cachorro, mas está questionando a informação, que eles dessem a informação correta, como fizeram as outras empresas. A gente gastou dinheiro, por conta da incompetência deles", reclama.

A estudante oficializou uma reclamação junto à Agência Estadual Reguladora de Serviços Públicos (Ageac) e foi informada que, após notificada, a empresa terá 10 dias para se pronunciar. Além disso, ela pretende entrar com um processo judicial para pedir o ressarcimento do que foi gasto, por constrangimento e danos morais. A Petroacre devolveu o valor das passagens, uma vez que a estudante não queria mais viajar pela empresa.

A veterinária Fabiana Esteves garante que o cachorro estava devidamente medicado e que não causaria problemas na viagem. "O animal estava medicado, ele não estava dopado porque seria uma viagem longa e ele poderia voltar e haveria problemas. A gente faz esse tipo de sedação quando é uma viagem rápida ou no avião, que eles têm a responsabilidade de ficar cuidando.  No caso, a gente preferiu fazer um sedativo mais leve, que o animal ficaria mais calmo e não teria risco nenhum", explica.

Sobre a viagem ser feita no compartimento de carga do ônibus, a veterinária diz que não é o melhor para o animal, uma vez que o ambiente não possui as condições necessárias. "Na verdade, é uma carga viva e ela não deve ser tratada como uma carga comum e tem  falta de ventilação e iluminação. Isso tudo pode causar um estresse no animal que pode até ocasionar o óbito", acrescenta.

Petroacre
Procurada pelo G1, a Petroacre confirmou que, no momento da compra da passagem, foi garantida a viagem do animal e informou que o motivo para o cachorro não ter embarcado foi por ele não estar dormindo e por ser considerado maior que o esperado. Informou ainda que o animal estava agitado e isso poderia causar danos aos outros passageiros.

Ageac
De acordo com o diretor da Ageac, Vanderlei Valente, a autarquia vai averiguar a responsabilidade da empresa na venda da passagem dentro da cabine, uma vez que não é permitido o transporte de animais dessa forma. "Dentro da cabine não é possível. Ele pode ir condicionado dentro do bagageiro, de maneira correta. Em tese, se a empresa disse que vendia na cabine, ela tem que ressarcir a despesa, mas é no campo da hipótese. Nós vamos verificar dentro da lei a responsabilidade por ter vendido", explica.

FONTE: Cbnfoz

6 comentários:

  1. Empresas despreparadas, o raciocínio é bem lógico quanto ao transporte de animais. Se existe a documentação feita por um veterinário e as passagens foram compradas e com a garantia de que o animal pudesse viajar!!! Vou esperar ansiosa pela resoluçao a favor da estudante . O que mais se tem é. Despreparo em empresas neste país!

    ResponderExcluir
  2. Eu acho que, se o dono do animal que o conhece bem se dispõe a levá-lo numa viagem longa, é porque ele sabe que não vai ter nenhum problema. Além disso, o cãozinho ia dentro de uma caixa, que mal poderia acontecer aos outros passageiros?
    Eleonora Abreu

    ResponderExcluir
  3. Fádua Andrade12/05/2014, 16:32

    Olha carinha dele.... que bichinho lindo! Não há como transportar animais no bagageiro, a temperatura lá em baixo é muito alta, sem falar que vai tudo balançando. Quem deu a sugestão de levar o Frederico no bagageiro é muito sem noção, pois com certeza iria prejudicar o cãozinho.

    ResponderExcluir
  4. Porque não leva a mãe do dono da empresa lá embaixo no bagageiro para ver como ela chega depois de uma viagem longa destas???

    ResponderExcluir
  5. Esse motorista é um grande FDP, deve ser dessas pestes que odeiam bichos.

    Por essas e outras que não viajo..

    Se nao puder levar meu cão, diga ao povo que EU FICO.

    ResponderExcluir
  6. Lembro-me bem de uma viagem que faria pela viação 1001 para Cabo Frio, não fiz pq no dia houve manifestação e fecharam a BR, ficamos ainda esperando no ônibus, mas não houve jeito.

    No último banco do ônibus tinha uma senhora sentada com seu cachorrinho no colo, a 1001 (permite animais vacinados e dentro da casinha), mas esse tava no colo. Achei tão bonitinho e pensei: "são bem mais quietos que crianças". Não vejo problema nenhum.

    E não entendi o posicionamento da Ageac: "Dentro da cabine não é possível. Ele pode ir condicionado dentro do bagageiro, de maneira correta".

    Como que não é possível?

    ResponderExcluir

Agradecemos seu comentário, porém, não publicaremos palavrões ou ofensas.
Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.

EM DESTAQUE


RECEBA NOSSOS BOLETINS DIÁRIOS

Licença Creative Commons

"O GRITO DO BICHO"

é licenciado sob uma Licença

Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas

 

SAIBA MAIS


Copyright 2007 © Fala Bicho

▪ All rights reserved ▪